FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA


Festa da Divina Misericórdia Igreja Católica

Festa da Misericórdia é uma iniciativa de Jesus, pois Ele comunica a Santa Faustina o seu firme desejo: Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia, (D. 49) e, diz que esta Festa, é seu desejo que seja, no Iº Domingo depois da Páscoa: Desejo que o primeiro Domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia(D. 299). A Festa da Misericórdia é, pois, a Festa de Cristo ressuscitado que, pela Sua Morte e Ressurreição, nos justifica (nos perdoa os pecados), pelo sacramento do Batismo (e da reconciliação), e nos alimenta, pelo sacramento da Eucaristia. Jesus, no Diário de Santa Faustina, não diz que a Água simboliza o Batismo, e que o Sangue simboliza a Eucaristia. Rezemos juntos: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós!

A Festa da Misericórdia inicia-se no perdão dos pecados e culmina no banquete da Eucaristia. Ao tema da Misericórdia de Jesus está intimamente ligado o tema da confiança. As graças da Minha Misericórdia, colhem-se com o único vaso, que é a confiança (D. 1578). Toda alma que crê e confia na Minha Misericórdia irá alcançá-la (D.420).
A Imagem que Jesus mandou pintar e quer que se venere solenemente no dia da Festa, Ele deseja através dela, sobretudo, incutir confiança nele, como se pode facilmente apreender pela inscrição: Jesus, eu confio em Vós! (D. 47) A Festa da Misericórdia é uma Festa com três dimensões distintas: o amor misericordioso, a expiação e a aliança. Deve enfocar a contínua atuação misericordiosa de Deus através da história da salvação, como a vemos registrada na carta aos romanos, capítulos 9, 10, 11, culminando com o seu plano amoroso de demonstrar a misericórdia a todos!(cf. Rm 11,32)

A Festa da Misericórdia deve ser um dia de perdão dos pecados para aqueles que se aproximam da Eucaristia e do Sacramento da Reconciliação. Deve ser uma celebração anual como o Dia da Expiação - em que todos os pecados e castigos são lavados pela Sua infinita Misericórdia. O ponto de convergência desse acontecimento pascal deve ser a misericórdia de Deus por nós pecadores e a Sua livre doação àqueles que recorrem a Ele com confiança. Sangue e Água! O pensamento corre rumo ao testemunho do evangelista João de que, quando um soldado no Calvário atingiu com a lança o lado de Cristo, viu jorrar dali “sangue e água” (cf. Jo 19,34). Se o Sangue evoca o sacrifício da cruz e o dom eucarístico, a água, na simbologia joanina, recorda não só o batismo, mas também o Dom do Espírito Santo (cf. Jo 3,5;4,14;7,37-39).

A Misericórdia Divina atinge os homens através do Coração de Cristo Crucificado: “Minha Filha, dize que sou o Amor e a Misericórdia em pessoa”, pedirá Jesus a Irmã Faustina (Diário, pág. 374). Cristo derrama esta misericórdia sobre a humanidade mediante o envio do Espírito que, na Trindade, é a Pessoa-Amor. E porventura não é a misericórdia o “segundo nome” do amor (cf. Dives in Misericordia, 7), cultuado no seu aspecto mais profundo e terno, na sua atitude de cuidar de toda a necessidade, sobretudo na sua imensa capacidade de perdão.