quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SANTO AGOSTINHO




A vida de Santo Agostinho

Religioso e teólogo cristão. Doutor da Igreja, sistematizou a doutrina cristã com enfoque neoplatônico.

“O último dos antigos” e o “primeiro dos modernos”, santo Agostinho foi o primeiro filósofo a refletir sobre o sentido da história, mas tornou-se acima de tudo o arquiteto do projeto intelectual da Igreja Católica.

Aurélio Agostinho, em latim Aurelius Augustinus, nasceu em Tagaste, atualmente Suk Ahras, na Argélia, em 13 de novembro de 354, filho de Patrício, homem pagão e de posses, que no final da vida se converteu, e da cristã Mônica, mais tarde canonizada. Agostinho estudou retórica em Cartago, onde aos 17 anos passou a viver com uma concubina, da qual teve um filho, Adeodato. A leitura do Hortensius, de Cícero, despertou-o para a filosofia. Aderiu, nessa época, ao maniqueísmo, doutrina de que logo se afastou. Em 384 começou a ensinar retórica em Milão, onde conheceu santo Ambrósio, bispo da cidade.


Cada vez mais interessado pelo cristianismo, Agostinho viveu longo conflito interior, voltou-se para o estudo dos filósofos neoplatônicos, renunciou aos prazeres físicos e em 387 foi batizado por santo Ambrósio, junto com o filho Adeodato. Tomado pelo ideal da ascese, decidiu fundar um mosteiro em Tagasta, onde nascera. Nessa época perdeu a mãe e, pouco depois, o filho.
Ordenado padre em Hipona (391), pequeno porto do Mediterrâneo, também na atual Argélia, em 395 tornou-se bispo-coadjutor de Hipona, passando a titular com a morte do bispo diocesano Valério. Não tardou para que fundasse uma comunidade ascética nas dependências da catedral.

Em sua vida e em sua obra, santo Agostinho testemunha acontecimentos decisivos da história universal, com o fim do Império Romano e da antiguidade clássica.
O poderoso estado que durante meio milênio dominara a Europa estava a esfacelar-se em lutas internas e sob o ataque dos bárbaros. Em 410 santo Agostinho viu a invasão de Roma pelos visigodos e, pouco antes de morrer, presenciou o cerco de Hipona pelo rei dos vândalos, Genserico. Nesse clima, em que os cismas e as heresias eram das poucas coisas a prosperar, ele estudou, ensinou e escreveu suas obras.

Pensamento. As obras mais importantes de santo Agostinho são De Trinitate (Da Trindade), sistematização da teologia e filosofia cristãs, divulgada de 400 a 416 em 15 volumes; De civitate Dei (Da cidade de Deus), divulgada de 413 a 426, em que são discutidas as questões do bem e do mal, da vida espiritual e material, e a teologia da história; Confessiones (Confissões), sua autobiografia, divulgada por volta de 400; e muitos trabalhos de polêmica (contra as heresias de seu tempo), de catequese e de uso didático, além dos sermões e cartas, em que interpreta minuciosamente passagens das Escrituras.

No pensamento de santo Agostinho, o ponto de partida é a defesa dos dogmas (pontos de fé indiscutíveis) do cristianismo, principalmente na luta contra os pagãos, com as armas intelectuais disponíveis que provêm da filosofia helenístico-romana, em especial dos neoplatônicos como Plotino. Para pregar o novo Evangelho, é indispensável conhecer a fundo as Escrituras, que só podem ser bem interpretadas através da fé, pois apenas esta sabe ver ali a revelação de verdades divinas. Compreender para crer e crer para compreender, tal é a regra a seguir.

Baseado em Plotino, santo Agostinho acha que o homem é uma alma que faz uso de um corpo. Até naquele conhecimento que se adquire pelos sentidos, a alma se mantém em atividade e ultrapassa o corpo. Os sentidos só mostram o imediato e particular, enquanto a alma chega ao universal e ao que é de pura compreensão, como os enunciados matemáticos. Mas se não é através dos sentidos, por qual via a alma consegue alcançar as verdades eternas? Será através do sujeito particular e contingente, ou seja, o homem que muda, adoece e morre?

Tudo indica que, se o homem mutável, destrutível, é capaz de atingir verdades eternas, sua razão deve ter algo que vai além dela mesma, não se origina no homem nem no mundo externo, mas em Deus. Portanto, Deus faz parte do pensamento e o supera o tempo todo. Desse modo só pode ser achado e conhecido no fundo de cada um, no percurso que se faz de fora para dentro e das coisas inferiores para as coisas superiores. Ele não pode ser dito ou definido: é o que é, em todos os tempos e em qualquer lugar (é clara, nessa concepção, a influência de Platão, que santo Agostinho assume em vários pontos de sua obra).

Outra contribuição decisiva é sua doutrina sobre a Santíssima Trindade. Para Agostinho a unidade das três pessoas é perfeita: não se podem separar, nem uma se subordina à outra, como defenderam Orígenes e Tertuliano, mas a natureza divina seria anterior ao aparecimento das três pessoas; estas se apresentam como os três modos de se revelar o mistério de Deus.
A alma, para santo Agostinho, se confunde com o pensamento, e sua expressão, sua manifestação é o conhecimento: por meio deste a alma — ou o pensamento — se ama a si mesma. Assim, o homem recompõe nele próprio o mistério da Trindade e se vê feito à imagem e semelhança de Deus: se ele ama e se conhece dessa maneira, ele conhece e ama a Deus, conseqüentemente mais interior ao ser humano do que este mesmo.

O famoso cogito de Descartes (“Penso, logo existo”), em que a evidência do eu resiste a toda dúvida, é genialmente antecipado por santo Agostinho em seu “Se me engano, sou; quem não é não pode enganar-se”. Ele valoriza, pois, a pessoa humana individual até quando erra (o que, neste aspecto, não a torna diferente da que acerta). Talvez por isso dê o mesmo peso à parte humana e à parte divina no que diz respeito à encarnação do Cristo.
A salvação do homem, na teologia agostiniana, é algo completamente imerecido e que depende tão só da graça de Deus; graça que, no entanto, se manifesta aos homens por meio dos sacramentos da igreja visível, católica. Importantes para a salvação, esses sacramentos compreendem todos os símbolos sagrados, como o exorcismo e o incenso, embora a eucaristia e o batismo sejam os principais para ele.

Da mesma forma que concebe a natureza divina, santo Agostinho concebe a criação, idéia pouco tratada pelos gregos e característica dos cristãos. As coisas se originaram em Deus, que a partir do nada as criou. Pois o que muda e se move, o que é relativo e passa ou desaparece requer o imutável e o absoluto, essência do próprio Deus, que criou as coisas segundo modelos eternos como ele mesmo. Assim, o que o platonismo chamava de lugar do céu passa a ser, no pensamento agostiniano, a presença de Deus. Tudo o que existe no mundo foi criado ao mesmo tempo, em estado de germe e de semente. Como estes existem desde o início, a história do mundo evolui continuamente, mas nada de novo se cria. Entre os seres da criação existe uma hierarquia, em que o homem ocupa o segundo lugar, depois dos anjos.
Santo Agostinho afirma-se incapaz de solucionar a questão da origem da alma e, embora tão influenciado por Platão, não acha a matéria por si mesma condenável, assim como não encara como castigo a união da alma com o corpo.
Não seria este, como se disse tanto, a prisão da alma: o que faz do homem prisioneiro da matéria é o pecado, do qual deve libertar-se pela vida moral, pelas virtudes cristãs.
O pecado leva o corpo a dominar a alma; a religião, porém, é o contrário do pecado, é a dominação do corpo pela alma, que se orienta livremente para Deus, assistida pela graça.

Uma das mais belas concepções de santo Agostinho é a da cidade de Deus. Amando-se uns aos outros no amor a Deus, os cristãos, embora vivam nas cidades temporais, constituem os habitantes da eterna cidade de Deus. Na aparência, ela se confunde com as outras, como o povo cristão com os outros povos, mas o sentido da história e sua razão de ser é a construção da cidade de Deus, em toda parte e todo tempo. A obra de santo Agostinho, em si mesma imensa, de extraordinária riqueza, antecipa, além disso, o cartesianismo e a filosofia da existência; funda a filosofia da história e domina todo o pensamento ocidental até o século XIII, quando dá lugar ao tomismo e à influência aristotélica. Voltando à cena com os teólogos protestantes (Lutero e, sobretudo, Calvino), hoje é um dos alicerces da teologia dialética.
Santo Agostinho morreu em Hipona, em 28 de agosto de 430. E nessa data, 28 de agosto, é festejado como doutor da igreja.


Fonte:A bíblia católica

domingo, 26 de agosto de 2012

CATÓLICOS E PROTESTANTES



Por que os católicos comungam somente sob as espécies do Pão, e os protestantes sob espécie de Pão e Vinho,como Jesus fez na última ceia?


" A diferença entre católicos  e

 protestantes é essencial,e bem maior

do que parece!"

Os Protestantes desligaram-se da sucessão dos Apóstolos,por isso seus pastores não recebem o sacramento da ordenação sacerdotal e não têm nenhum poder espiritual a mais do que seus fiéis.Portanto, eles "presidem" apenas "a ceia", como memória - recordação da Última Ceia de Jesus.E nela comem simples pão e bebem simples vinho, acreditando que, por esta piedosa recordação, Cristo lhes comunica sua graça e o seu amor.

Os Sacerdotes Católicos receberm no Sacramento da Ordem,o sacerdócio ministerial,(realmente distinto do sacerdócio comum dos fiéis,recebido no batismo), pelo qual realizam na Santa Missa o duplo efeito:
1º- celebram a última Ceia de Jesus;
2º- ( Dentro desta comemoração,fazem o que Jesus fez nela antecipadamente): tornam, presente ( aqui e agora) o sacrifício de Jesus na Cruz, consumado pela separação do sangue esgotejado do corpo, simbolizado pela consagração separada de pão e de vinho, É isto que Jesus ordenou aos Apóstolos e seus legítimos sucessores no sacerdócio,com as palavras:
" FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM! " (Lc 22,19) Este sacrifício de Jesus na cruz, perpetuado em cada Santa Missaque(que falta aos protestantes) - sendo a principal fonte de todas as graças - é de máxima impotância.Por isso todos os católicos têm a grave obrigação,pelo 1º Mandamento da Lei da Igreja,departicipar da Missa inteira nos Domingos e festas de guarda ( quando há possibilidade).
As provas bíblicassobre a real presença de Jesus na Eucaristia são as seguintes:

a) Os Evangelhos foram escritos na língua grega, de alta cultura,em que existem muitas expressões para os verbos "simbolizar, significar, representar,lembrar,etc." No entanto, os três Evangelistas e S.Paulo, ao descreverem a Última Ceia de Jesus,usam exclusivamente a palavra "é": 
"Isto é o meu Corpo;este é o cálice do meu sangue".( Mt 26,26s; Mc 14,22s; Lc 22,19s; I Cor 11,23s ).

b) Jesus falava ao povo simples, com palavras claras e compreensíveis. Quando usava comparações, por exemplo.:" Vós sois o sal da terra; Vós sois a luz do mundo"; - ninguém reclamava, e não esperava ver os Apóstolos transformados em imagens de sal ou de luz. Quando porém,Jesus lhes:" Este é o pão que desceu do céu, se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu vos darei é a minha carne (imolada) pela vida do mundo".(Jo 6,50-51) - então os judeus o entendem verbalmente e reclamam dizendo:
"Como pode Ele dar-nos a comer sua carne?" E Jesus reafirma: " Em verdade,em verdade Eu vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem,e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós...pois a minha carne é um verdadeiro alimento e o meu sangue é uma verdadeira bebida. 
Quem come deste pão viverá eternamente";
(Jo 6,52-58). Até muitos discípulos seus o entenderam assim verbalmente, e por isso murmuraram e se retiraram dizendo: " É dura tal linguagem;quem pode escutá-la? (Jo 6,60-66). Mas Jesus não se retrata, para os recuperar.  Pelo contrário, pergunta aos doze Apóstolos: " Também vós quereis partir? ".
E então Simão Pedro dá a bela resposta da fé, em nome dos Apóstolos e de todos os fiéis católicos: "
Para quem iremos nós,Senhor?
Tu tens as palavras da vida eterna,e nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus ". (Jo 6,67-71).
Porém, somente na Última Ceia foi lhes revelada a maneira de alimentar-se com o Corpo e o Sangue de Jesus, velado sob espécies de pão e vinho consagrados.

c) Outra prova bíblica sobre a verdadeira presença de Jesus na Eucaristia,  são as admoestações de S.Paulo aos Coríntios: " E por isso, todo aquele que comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, torna-se culpado do corpo e do sangue do Senhor ... Pois quem come e bebe sem fazer distinção de tal corpo,come e bebe a própria condenação ".

d) A comunhão sob uma ou duas espéciesnão constitui essencial diferença já que em cada pedacinho de pão e em gota de vinho consagrados recebemos Jesus inteiro, vivo e ressucitado; como consta claramente de suas palavras (Jo 6,51-56): " Eu sou o pão vivo que desceu do céu...e o pão que Eu hei de dar é a minha carne ... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em Mim e Eu nele". Claro, não é um pouquinho de carne ou sangue que recebemos na santa Comunhão, mas o "EU" de Jesus: a Pessoa do filho de Deus Encarnado - nosso Salvador.
Por isso os primeiros cristãos costumavam levar aos encarcerados pela fé, somente o pão consagrado; e aos doentes que não conseguem engolir um pedacinho da hóstia consagrada, a Igreja recomenda administrar algumas gotas do vinho consagrado.
E em grupos, menores e bem preparados, pode-se administrar a Santa Comunhão sob duas espécies.
O que mais importa é a viva fé,humildade e piedade diante deste Santíssimo Sacramento de Amor! Daí,o 3º Mandamento da Lei da Igreja nos obriga: Comungar ao menos uma vez por ano,pela Páscoa da Ressurreição; e recomenda fazê-lo em cada santa Missa!

Que pena que falta de fé no poder e no amor infinitos de Jesus,tantos "crentes" se afastaram desta "árvore da vida",presente entre nós até ao fim do mundo - na Eucaristia;apesar de suas palavras claras:
"Se não comerdes a carne do Filho do homem,e não beberdes o seu sangue,não tereis a vida em vós" (Jo 6,53).

 Fonte: trecho extraído do livro, respostas da bíblia.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

VESTES



Vestes Litúrgicas - Sacras


 “Apresentaram o tabernáculo a Moisés: [...]41. as vestes litúrgicas para o serviço do santuário, os ornamentos sagrados para o sacerdote Aarão e as vestes de seus filhos para as funções sacerdotais.42.Os israelitas tinham executado toda essa obra conformando-se exatamente às ordens dadas pelo Senhor a Moisés”.Ex. 39, 33-42.

Muitos católicos, não fazem idéia do motivo pelo qual nossos ministros ordenados (diáconos, presbíteros e bispos) usam vestes apropriadas, chamadas vestes litúrgicas ou vestes sacras. E menos ainda o nome de cada peça. Por este motivo, neste artigo começamos a apresentar essas vestes, de acordo com o grau do ministro.

Antes de vestir cada peça o padre proclama uma pequena oração, mostrando o valor e o sentido de cada uma dessas peças.

A estola: é aquela faixa que o padre coloca sobre os ombros, caindo sobre o pescoço, formando duas faixas paralelas. Significa a dignidade, a autoridade do sacerdote. As duas faixas paralelas significam o Antigo e o Novo Testamento: as duas grandes alianças que Deus fez com a humanidade.

O padre jamais pode celebrar a missa sem estola, pois um padre sem estola é um padre sem o poder sacerdotal investido por Cristo.

O amito: é uma peça que envolve o pescoço e fica debaixo da Alva ou da túnica. Ele serve para encobrir as vestes usuais do padre. Representa o elmo da salvação que defende o Sacerdote das insídias de Satanás.


A alva: é a roupa branca que o sacerdote veste sobre o amito que também é conhecida como túnica, e sua cor deve ser somente branca. Simboliza a pureza de coração com que o Sacerdote deve se aproximar do altar e representa também a túnica branca com que Cristo foi vestido, por ordem de Herodes, para designá-lo como louco.

O cíngulo: é um “cordão grosso” que o padre amarra na cintura, sobre a alva e sobre a estola. O cíngulo é símbolo da Consagração Sacerdotal: o padre não pertence mais a si mesmo, mas está reservado para Deus. Representa a mortificação necessária para a conservação da castidade. Representa também a corda com que Nosso Senhor foi amarrado, quando foi preso.Pode ser branco ou assumir a cor do tempo litúrgico.


A casula: é a última peça sacerdotal a ser vestida. Tem a mesma cor da estola e significa o poder de rei que Cristo tem. Antes, simbolizava o isolamento do sacerdote em relação ao mundo. Hoje é tida como uma veste de luxo, que quando utilizada representa todo esplendor de Cristo.


Pluvial: é um grande manto utilizado em Missas solenes, no qual muitas vezes há procissões. Sua origem remonta ao uso de uma capa para proteger o sacerdote da chuva.


Véu Humeral: é utilizado pelo Sacerdote nas bênçãos, transladações e procissões do Santíssimo Sacramento. É de seda, branca quando se trata do Santíssimo Sacramento, e da cor dos paramentos, na Missa solene.


Barrete: Tem uma função de autoridade. Todo clérigo pode utiliza-lo, no entanto sua cor varia de acordo com a posição do mesmo.


Fonte: doutrina católica

domingo, 19 de agosto de 2012

COMUNHÃO



COMUNHÃO FREQUENTE - COMUNHÃO ESPIRITUAL

Como Comunhão frequente entende-se a Comunhão que se faz todas as vezes que é possível e de harmonia com os desejos e possibilidades de cada um.

Primitivamente a Comunhão recebia-se muito raramente, muito poucas vezes ao ano e, quando se pensou que seria possível e bom recebê-la mais vezes, vieram os Jansenistas com as suas heresias, a dizerem que ninguém era digno de comungar, e poucas pessoas o poderiam fazer mais que uma ou duas vezes por ano.

Esta heresia afetou profundamente os católicos de toda a Europa e até das Américas.

A Igreja então pregou aos católicos de todo o mundo que a Comunhão nos dá um alimento que fortalece a nossa vida nesta peregrinação até à vida eterna.

A Comunhão não é apenas um prémio para uma vida de santidade, mas uma força contra o pecado e uma garantia de vida de santidade.

Nos nossos tempos, a par de uma maior possibilidade de Comunhão frequente, graças às facilidades da Igreja e à fé e amor do Povo de Deus, estamos a cair no risco de uma heresia oposta à dos Jansenistas, segundo a qual toda a gente se julga digna e capaz de comungar sem um mínimo de conhecimento, de preparação e de fé, talvez por uma grande falta de pregação da Igreja acompanhada de estímulo Eucarístico.

Há cerca de meio século, havia frequentes Congressos Eucarísticos, a nível mundial e outros a nível nacional e diocesano, com óptimas oportunidades de pregação insistente e prática de vida íntima Eucarística.

Talvez fosse bom retomar estas práticas, a nível diocesano ou nacional, pela sua necessidade e utilidade e, sobretudo, como contra força para a corrente de leviandade e de corrupção dos costumes dos nossos jovens, a quem falta sobretudo o bom exemplo e as boas ocasiões para uma mentalização espiritual e Eucarística.

Mas, numa linha de Comunhão frequente vem a propósito lembrar que, ordinariamente, a Comunhão frequente só é permitida uma vez por dia, segundo a tradicional lei da Igreja.

Todavia, pode haver circunstâncias em que se pode comungar uma segunda vez no mesmo dia.

Sem contar o caso dos sacerdotes que têm que celebrar mais que uma missa e, portanto, comungar mais que uma vez, também os fiéis podem comungar uma segunda vez nas seguintes circunstâncias :

- Em Missas com um rito especial, como é a Missa de casamento, de baptizado ou dos doentes com especial cerimónia de unções, e Missa Vespertina.

Assim, quem tomar parte numa destas missas num sábado de manhã, poderá voltar a comungar nesse mesmo dia na Missa Vespertina.

E quem comungou de manhã pode voltar a comungar de novo numa missa de casamento à tarde.

- Se alguém for desempenhar qualquer papel ministerial, como por exemplo o de Leitor, ou Ministro da Eucaristia numa segunda Missa, também pode comungar uma segunda vez.

E o Direito Canónico diz apenas que aquele que recebeu a Comunhão, só pode recebê-la outra vez no mesmo dia, dentro da celebração eucarística. (Cân.917).

Em 1984 a Comissão do Vaticano para a interpretação do Direito Canónico, estabeleceu que mesmo a Comunhão na Missa, não pode ser recebida mais de duas vezes por dia.

Portanto, os Católicos devem entender que a Comunhão faz parte integral da Celebração Eucarística.

Se isto é verdade para toda a gente, torna-se mais importante para todos aqueles que têm algum papel na liturgia ministerial.

A Igreja, todavia, está muito alerta para que este privilégio da Comunhão frequente não se converta numa superstição de coleccionar Comunhões.

Comungar frequentemente deve gerar naqueles que o fazem, um maior amor e maior intimidade com Deus e, consequentemente, uma reforma na sua vida e um grande amor ao próximo.

Os confessores e diretores espirituais, têm a seu cargo, a formação das pessoas, especialmente nesta linha de Comunhão Frequente.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

A Comunhão Espiritual é um ato interior, consciencioso e sério, de desejar receber a Sagrada Comunhão, ou, mais especificamente, de se unir ao Senhor, e que normalmente deve acompanhar a própria Comunhão Sacramental.

Todavia a Comunhão Espiritual pode ser feita sem a Comunhão sacramental, apenas por palavras, ou pensamentos interiores de uma íntima união com Cristo, em qualquer momento, que não deixará de conceder as Suas bênçãos.

A Comunhão Espiritual, não é tão divulgada hoje, em virtude da facilidade e frequência da Comunhão Sacramental.

Mas, em tempos passados, há 800 ou 900 anos atrás, era mais comum.

E ainda não vai muito longe o tempo em que a Comunhão Sacramental, para algumas pessoas, era recebida algumas vezes na vida, para outras, apenas no tempo da Páscoa.

Nesses tempos, uma Comunhão Espiritual tinha muito mais sentido.

Todavia, nos nossos tempos de hoje ainda se pode fazer com frequência a Comunhão Espiritual como desejo de maior união e intimidade com Deus, ao longo dos dias da nossa vida.

Noutras circunstâncias, até a Comunhão Espiritual é o único meio de união e intimidade com Deus, por exemplo, para quem não guardou uma hora de jejum eucarístico, para quem vive numa situação de irregularidade perante a Igreja, que o mesmo é dizer para com alguns dos Sacramentos, ou até para quem pratica outra religião.

Mas uma coisa não substitui a outra, isto é, a Comunhão Espiritual não substitui ou dispensa a Comunhão sacramental, sempre que esta é possível.

Uma visita ao Santíssimo Sacramento é uma boa oportunidade para se fazer uma Comunhão Espiritual.


Fonte: Universo Católico

CATEQUESE



Catequese: lugar de encontro com Jesus Cristo vivo

Catequese: Lugar de encontro com Jesus Cristo vivo
O Projeto Nacional de Evangelização, Queremos Ver Jesus -
Caminho, Verdade e Vida quer, de fato, ajudar os cristãos de
todo o Brasil a fazerem a experiência pessoal e na
comunidade, com o Cristo ressuscitado.

A catequese, principalmente a partir do documento Catequese
Renovada, acentua fortemente a centralidade de Jesus Cristo
na educação da fé. "A catequese sempre foi considerada pela
Igreja como uma das suas tarefas primordiais, porque Cristo
ressuscitado, antes de voltar para junto do Pai, deu aos
apóstolos uma última ordem: fazerem discípulos de todas as
nações e ensinarem-lhes a observar tudo aquilo que ele lhes
havia mandado"(CT 1).

O encontro com o Cristo vivo leva, necessariamente, o
catequizando à conversão, a uma mudança de vida. De fato, a
catequese, procura favorecer este encontro pessoal e
comunitário com Jesus. "No centro da catequese nós
encontramos especialmente uma pessoa: é a Pessoa de Jesus de
Nazaré, Filho único do Pai, cheio de graça e de verdade, que
sofreu e morreu por nós, e que agora, ressuscitado, vive
conosco para sempre. É este mesmo Jesus que é o Caminho, a
Verdade e a Vida e a vida cristã consiste em seguir a
Cristo"(CT 5).

É missão da catequese o acompanhamento das pessoas nas
diversas fases da vida. O Projeto de Evangelização comunga da
mesma idéia ao afirmar que: "as pessoas precisam ser
acompanhadas nas diversas fases da vida, num clima de
solidariedade fraterna, de companheirismo, com um
relacionamento que seja o próprio retrato da atenção que
Jesus dava às pessoas e do amor com que Deus vê cada um dos
seus filhos e filhas"(Documentos da CNBB, nº 72, p. 17). A
formação catequética não se limita somente a crianças,
adolescentes e jovens, mas é uma formação permanente.

A catequese é um itinerário de formação na fé, esperança e
caridade. Forma o catequizando para acolher com alegria a
mensagem evangélica e ajudar a outros a encontrarem
pessoalmente o Senhor. "O desejo ardente de convidar os
outros para se encontrarem com aquele que nós encontramos
está na raiz da missão evangelizadora a que é chamada toda a
Igreja, mas que é sentida com particular urgência
hoje..."(Ecclesia in America, 68).

Nós, como Comissão para a Animação Bíblico Catequética, a
partir do Projeto Nacional de Evangelização, procuraremos:
1. Anunciar e testemunhar a Pessoa de Jesus Cristo vivo;
2. Proporcionar aos catequistas e catequizandos o encontro
pessoal com Jesus Cristo, a fim de que todos possam segui-lo
com convicção;
3. Investir na formação dos catequistas a partir dos três
passos pedagógicos de Jesus:
a) Conversão: Jesus converteu as pessoas, chamou-as
pessoalmente pelo nome. A catequese também é um processo de
conversão, procura despertar e educar na fé em nível pessoal
e comunitário;
b) Vivência comunitária. A exemplo do ensinamento de Jesus
aos apóstolos, despertar a prática do amor fraterno;
c) Construção de uma sociedade justa e solidária. Jesus
inseriu-se no contexto social de sua época e ensinou como se
constrói uma sociedade igualitária e anunciou a conversão
como meio e instrumento pedagógico na construção de um mundo
mais justo e fraterno.
4. Através do Ministério da Palavra, da Liturgia e da
Caridade, proporcionar aos catequistas a experiência profunda
com Jesus Cristo, Caminho, Verdade e vida;
5. Possibilitar aos catequistas e catequizandos a
descobrirem, na Sagrada Escritura, os lugares da experiência
e do encontro de Jesus com as pessoas;
6. Fomentar e fortalecer a Animação Bíblica, como itinerário
de crescimento e amadurecimento na fé que leva a um
compromisso comunitário, impulsionando para a missão;
7. Investir na criação dos círculos bíblicos e grupos de
reflexão, onde ainda não existe, como espaço do encontro
pessoal e comunitário com a Palavra;
8. Intensificar a catequese com adultos, com especial atenção
à iniciação cristã.

Conclamamos a todos os catequistas e animadores dos círculos
bíblicos, a abraçarem com alegria e entusiasmo a missão de
fazer ecoar a Palavra de Deus em todos os cantos do nosso
querido país.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

IGREJA MISSIONÁRIA



Quando a Igreja deixa de ser missionária, perde sua razão de ser!

Seria demasiado óbvio destacar o fato de que o cristianismo teve início como uma missão por excelência. Precisamos somente remeter às últimas palavras do Senhor logo após sua Ressurreição: «Ide, pois, de todas as nações fazei discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santos...»

A Boa Nova transformou a antiga religião de uma nação, na nova religião de uma Pessoa: Jesus Cristo, por meio de quem e em quem as pessoas de todas as nações puderam encontrar a resposta, o significado da vida e puderam receber a revelação da chegada de Deus.

Esta ênfase na Boa Nova é fundamental para a missão. E, ao mesmo tempo, extremamente importante é a inevitável luta do Reino de Deus e deste mundo. A vida inteira de Cristo pode ser considerada como «reprovada», no sentido de que o mundo o recusou e finalmente foi condenado à morte. Cristo, porém, ressuscitou da morte pelo poder de Deus, não pelo poder do homem; e a verdade da Ressurreição é um mistério revelado somente àqueles que crêem n'Ele e, por conseguinte, àqueles que «não são deste mundo.» O anúncio da verdade do Evangelho deverá "fazer frente" aos que se opõem e acarretará divisões.

Para ser mais concreto, vou citar uma breve passagem do prólogo ao Evangelho de São João, escrita, ao que parece, por São Cirilo, o Constantino de Salônica, quando foi a Morávia em missões e lá pregar a Boa-nova. Uma de suas primeiras tarefas foi traduzir as Sagradas Escrituras para a língua eslava para dar aos convertidos a possibilidade de escutar e entender a palavra de Deus em sua própria língua. O prólogo ao qual me refiro reza: «Como os profetas da Antiguidade, Cristo veio para reunir todas as nações e línguas, posto que é a vida deste mundo.»

O prólogo prossegue com o tema de Pentecostes, que deve ser entendido biblicamente em contraposição a origem da «torre de babel», no livro do Gênesis, no qual o conceito de multiplicidade de línguas se converteu em uma maldição. Mas em Pentecostes, quando veio o Espírito Santo, todas as pessoas começaram a falar diferentes línguas, porém, a dizer «as mesmas coisas, no mesmo espírito.»

Em outras palavras, na torre de babel, o pluralismo de línguas se converteu em uma maldição, em Pentecostes, porém, a multiplicidade de línguas se converteu em uma bênção, porque permitiu que todas as pessoas entendessem: o Evangelho, a mesma verdade e o mesmo Espírito, com a finalidade de torná-lo conhecido de todo o mundo. Cristo veio para reunir todas as nações e línguas.

Este é o primeiro aspecto no conceito de missão de São Cirilo e São Metódio, no qual a ortodoxia ao longo dos séculos tem permanecido fiel: a idéia de que cada nação tem direito a escutar e entender a palavra de Deus em sua própria língua. Esta foi uma das chaves do êxito bizantino na idade média, como a palavra de Deus e a Santa Liturgia foram traduzidas a língua de cada nação.

A missão na Igreja Ortodoxa foi sempre inseparável da vida dos que pregaram, por exemplo, ao largo do Oriente cristão, as comunidades monásticas foram agentes de evangelização. Isto se aplica as primitivas missões cristãs, ainda nos séculos IV e V na Etiópia, ou as missões bizantinas dos séculos VII e IX e de muitas outras das missões russas em períodos posteriores. Seu êxito no foi o trabalho de missões bem pagas em base a um contrato, pregando algo para logo regressarem a seus lugares, senão de homens que amavam a Deus e as pessoas a quem queriam transmitir sua fé. Este testemunho de amor fraterno é a verdadeira solução para os nossos dias e época em que, freqüentemente vemos o fracasso do cristianismo "profissional" organizado.

Precisamente porque a missão é inseparável da vida é também inseparável do progresso do pensamento teológico, do pensamento cristão e da vida. O missionário, o teólogo, o cristão, devem então entender o que os santos Padres ensinaram, de que o mesmo Senhor pode proclamar a Boa Nova de um modo que seja claro para as gentes de todo mundo, em seu próprio tempo.

A missão cristã é fundamentalmente o anúncio da verdade de Cristo a todos. Como membros da Igreja Ortodoxa, afirmamos que a nossa é a Igreja de Deus. Porém, significa isto que pensamos nós que a verdadeira fé e verdade no mundo são monopólio formal da ortodoxia? De nenhuma maneira afirmamos isto. A verdade pode existir em qualquer parte e, a verdadeira catolicidade da Igreja implica a alegria em descobrir a verdade quando e onde aparece.

Finalmente, um aspecto fundamental de como a Igreja Ortodoxa entende a missão foi expressada pelo grande santo russo, São Serafim de Sarov: «Salva-te a ti mesmo e, em tua volta, milhares serão salvos.» Penso que até certo ponto, pessoalmente, a experiência de acercar-se do conhecimento de Deus, da fé cristã, é a chave para uma aproximação cristã da missão.

Podemos ter todas as organizações no mundo. Podemos ter todos os meios para pregar o Evangelho e, ainda podemos falar no que nos concerne pessoalmente ao conhecimento de Deus. Esta é a verdadeira condição para fazer nossas palavras significativas e plenas de sentido.


Fonte: Pe. João Meyendorff

traduzido para o espanhol por Naim Ganudo
do espanhol para o português por Hier.
Pe. André
Comunidade Monástica São João, o Teólogo
São José - Santa Catarina.

ALIANÇAS



O SIGNIFICADO DAS ALIANÇAS

As alianças que marido e mulher usam na mão são sinal de felicidade um do outro. Amando-se os esposos estão amando a Deus. Na Bíblia existe uma passagem importante a esse respeito. É o dilúvio. Nele, Noé é salvo com sua família.

Depois do dilúvio, Deus abençoa a humanidade renovada e renova a aliança com a família de Noé. O arco-íris é o sinal da grande aliança do Criador com suas criaturas. O arco era uma arma de guerra. Mas Deus não usa arma que mata. Seu arco, sua aliança é um sinal de paz e reconciliação. É sinal de vida nova. O arco-íris significa que a humanidade não sofrerá um novo castigo, como no Dilúvio. As armas de Deus são o amor e a fidelidade. Ao ver o arco-íris, Deus se recorda de sua “Aliança” e tem piedade de Seu povo.

As alianças que os esposos usam são um pequeno arco-íris. Quando Deus olha as alianças de marido e mulher Ele se lembra de sua aliança, com a humanidade. As alianças que os esposos usam querem significar todo o amor que Deus sente pelos homens. As ALIANÇAS são um selo de fidelidade. Quando o sacerdote benze as alianças, representa que Deus está se “lembrando” de Seu contrato de amor para conosco. O cônjuge que é fiel ao seu companheiro está sendo fiel ao seu Criador e tornando concreto e atual o contrato amoroso de Deus com Seu povo. Aquele que é infiel, quebra a “Aliança com Deus”. O mais importante é ser fiel a quem se jurou fidelidade sob as bençãos de Deus através do Sacramento do Matrimônio.

Fonte: Paróquia São Francisco Xavier “Círculo Felicidade”-

NOSSA SENHORA DESATADORA



A desatadora dos nós - Data Comemorativa: 15 de Agosto

Nossa Senhora Desatadora dos Nós é apenas um entre os 2.000 títulos de Maria. Ela nasceu na Alemanha, em 1700, como Maria Knotenlöserin (do alemão knot, “nó”, e löser, “desatar”).
Na época, o presbítero da capela de St. Peter Am Perlach, na cidade de Augsburg, encomendou ao pintor Johann Schmittdner um quadro de Nossa Senhora. Para compor o painel foi buscar inspiração nos dizeres de Santo Irineu, Bispo de Lyon, no Século III: “Eva atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria por sua obediência o desatou”.

Maria é representada como a Imaculada Conceição e encontra-se entre o céu e a terra. O Espírito Santo derrama sua luzes sobre a Virgem. Em sua cabeça vemos 12 estrelas. Um dos anjos entrega-lhe uma faixa com nós grandes e pequenos, separados e juntos. Estes nós simbolizam o pecado original e nossos pecados cotidianos, que impedem de a graça frutificar em nossas vidas. Na parte inferior do quadro vemos que a faixa cai livremente e que um nó está desatado. Há um anjo, um homem e um cachorro que dirigem-se à uma igreja. Parece ser uma referência ao livro de Tobias (6,13) onde este empreende uma longa e penosa viagem quando conhece Sara que já casara sete vezes e que na noite de núpcias seus maridos morriam devido a um demônio que dela se enamorara. Tobias casa-se com ela e volta à casa de seu pai. Isto significa que há de se desatar primeiro os nós para que dois corações venham se encontrar.

Assim, Nossa Senhora Desatadora dos Nós é invocada como aquela que nos ajuda a tirar todos os males de aflições que nos escravizam e nos tornam infelizes e pessimistas, dando-nos a verdadeira liberdade que só seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo pode nos dar.

A pintura não demorou a se tornar objeto de culto dentro dos limites de Augsburg e depois se espalhando pelo mundo.

Uma cópia desta pintura é venerada em Buenos Aires, Argentina, para onde foi levada pelo bispo Dom Bergoglio. Maria é representada como a Imaculada Conceição.

* Devoção da N. Sra. Desatadora dos Nós: Invocada em casos de desespero e necessidades (saúde, emprego, Reconciliação conjugal, dívidas, ETC). .


Fonte: Publicado por eribelton em A Medianeira, A Onipotência Suplicante, Devoções em janeiro 5, 2011

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CARTA DE PUPLICAÇÃO

CARTA DE PUBLICAÇÃO - COMPÊNDIO DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA


MOTU PROPRIO
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
PARA APROVAÇÃO E PUBLICAÇÃO DO
COMPÊNDIO
DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA


Aos Veneráveis Irmãos Cardeais,
Patriarcas, Arcebispos, Bispos, Presbíteros,
Diáconos e a todos os Membros do Povo de Deus
Há já vinte anos que se iniciou a elaboração do Catecismo da Igreja Católica, pedido pela Assembleia Extraordinária do Sínodo dos
Bispos, por ocasião do vigésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.
Agradeço muito a Deus Nosso Senhor por ter dado à Igreja tal Catecismo, promulgado, em 1992, pelo meu venerado e amado
Predecessor, o Papa João Paulo II.
A utilidade e preciosidade deste dom obteve confirmação, antes de mais, na positiva e larga recepção por parte do episcopado, ao qual
primeiramente se dirigia, sendo aceite como texto de referência segura e autêntica em ordem ao ensino da doutrina católica e à elaboração
dos catecismos locais. Foi também confirmado por todas as componentes do Povo de Deus que o puderam conhecer e apreciar nas mais
de cinquenta línguas, em que até agora foi traduzido.
Agora com grande alegria aprovo e promulgo o Compêndio de tal Catecismo.
Ele tinha sido intensamente desejado pelos participantes no Congresso Internacional de Catequese de Outubro de 2002, que, deste modo,
se fizeram intérpretes duma exigência muito difundida na Igreja. Para acolher este desejo, o meu saudoso Predecessor, em Fevereiro de
2003, decidiu a sua preparação, confiando a sua redacção a uma Comissão restrita de Cardeais, presidida por mim, apoiada pela
colaboração de alguns especialistas. No decorrer dos trabalhos, um projecto do Compêndio foi submetido à apreciação de todos os
Eminentíssimos Cardeais e dos Presidentes das Conferências Episcopais, que, na sua grande maioria, o acolheram e apreciaram
positivamente.
O Compêndio, que agora apresento à Igreja universal, é uma síntese fiel e segura do Catecismo da Igreja Católica. Ele contém, de
maneira concisa, todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja, de forma a constituir, como desejara o meu Predecessor,
uma espécie de vademecum, que permita às pessoas, aos crentes e não crentes, abraçar, numa visão de conjunto, todo o panorama da fé
católica.
Ele espelha fielmente na estrutura, nos conteúdos e na linguagem o Catecismo da Igreja Católica, que encontrará nesta síntese uma ajuda
e um estímulo para ser mais conhecido e aprofundado.
Em primeiro lugar, confio esperançoso este Compêndio a toda a Igreja e a cada cristão para que, graças a ele, se encontre, neste terceiro
milénio, novo impulso no renovado empenhamento de evangelização e de educação na fé, que deve caracterizar cada comunidade
eclesial e cada crente em Cristo, em qualquer idade e nação.
Mas este Compêndio, pela sua brevidade, clareza e integridade, dirige-se a todas as pessoas, que, num mundo caracterizado pela
dispersão e pelas múltiplas mensagens, desejam conhecer o Caminho da Vida, a Verdade, confiada por Deus à Igreja do Seu Filho.
Lendo este instrumento autorizado que é o Compêndio, possa cada um, em especial graças à intercessão de Maria Santíssima, a Mãe de
Cristo e da Igreja, reconhecer e acolher cada vez mais a beleza inexaurível, a unicidade e actualidade do Dom por excelência que Deus
concedeu à humanidade: o Seu único Filho, Jesus Cristo, que é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6).
Dado aos 28 de Junho de 2005, vigília da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, ano primeiro de Pontificado

CATECISMO DA IGREJA

Compêndio do Catecismo da Igreja Católica

Introdução:

1. No dia 11 de outubro de 1992, o Papa João Paulo II entregava aos fiéis de todo o mundo o Catecismo da Igreja Católica, apresentandoo como "texto de referência"(1) para uma catequese renovada nas fontes da fé. Trinta anos depois do Concílio Vaticano II (1962-1965),
era assim levado à feliz realização o desejo expresso, em 1985, pela Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, para que fosse
composto um catecismo de toda a doutrina católica, quer para a fé, quer para a moral.
Cinco anos mais tarde, no dia 15 de agosto de 1997, publicando a edição típica do Catecismo da Igreja Católica, o Sumo Pontífice
confirmava a finalidade fundamental da obra: "ser uma exposição completa e íntegra da doutrina católica, que dá a todos a possibilidade
de conhecer aquilo que a Igreja mesma professa, celebra, vive, prega na sua vida cotidiana"(2).
2. Para uma valorização maior do Catecismo, e para vir ao encontro de um pedido surgido no Congresso Catequético Internacional de
2002, João Paulo II instituía, em 2003, uma Comissão especial, presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a
Doutrina da Fé, com a tarefa de elaborar um Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que contivesse uma formulação mais sintética
dos mesmos conteúdos da fé. Depois de dois anos de trabalho, foi preparado um projeto de Compêndio e enviado para a consulta aos
Cardeais e Presidentes das Conferências Episcopais. O projeto, no seu conjunto, teve a avaliação positiva da maioria absoluta daqueles
que responderam. A Comissão passou, portanto, à revisão do citado projeto e, levando em conta as propostas para o seu aperfeiçoamento,
completou a elaboração da obra.
3. Três são as características principais do Compêndio: a estreita dependência do Catecismo da Igreja Católica; o género dialógico; e a
utili zação de imagens na catequese.
Antes de tudo, o Compêndio não é uma obra fechada sobre si mesma e não pretende, de maneira nenhuma, substituir o Catecismo da
Igreja Católica; pelo contrário, remete continuamente ao Catecismo, quer pela indicação específica dos números de referência, quer pela
contínua rela ção com a sua estrutura, seu desenvolvimento, seus conteúdos. O Compêndio, além disso, se propõe a despertar um
renovado interesse e fervor para o Catecismo, que com sua sabedoria expositiva e com sua unção espiritual permanece sempre o texto de
base da catequese eclesial hoje.
Como o Catecismo, também o Compêndio se articula em quatro partes, em correspondência com as leis fundamentais da vida em Cristo.
A primeira parte, intitulada "A profissão de fé", contém uma oportuna síntese da "lex credendi", isto é, da fé professada pela Igreja
Católica, retirada do Símbolo Apostólico ilustrado com o Niceno-Constantinopolitano, cuja constante proclamação nas assembleias
cristãs mantém viva a memória das principais verdades da fé.
A segunda parte, intitulada "A celebração do mistério cristão", apresenta os elementos essenciais da "lex celebrandi". O anúncio do
Evangelho encontra, de fato, a sua resposta privilegiada na vida sacramental. Nela, os fiéis experimentam e testemunham em cada
momento de sua existência a eficácia salvífica do mistério pascal, por meio do qual Cristo realizou a obra da nossa redenção.
A terceira parte, intitulada "A vida em Cristo", evoca a "lex vivendi", isto é, o esforço que os balizados fazem para manifestar nos seus
comportamentos e nas suas escolhas éticas a fidelidade à fé professada e celebrada. Os fiéis, de fato, são chamados pelo Senhor Jesus a
realizar as obras próprias de sua dignidade de filhos do Pai na caridade do Espírito Santo.
A quarta parte, intitulada "A oração cristã", oferece uma síntese da "lex orandi", isto é, da vida de oração. A exemplo de Jesus, o modelo
perfeito de orante, também o cristão é chamado ao diálogo com Deus na oração, cuja expressão privilegiada é o Pai-Nosso, a oração
ensinada pelo próprio Jesus.
4. Uma segunda característica do Compêndio é a sua forma dialógica, que retoma um antigo género literário catequético feito de
perguntas e respostas. Trata-se de propor um diálogo ideal entre o mestre e o discípulo mediante uma sequência instigante de perguntas
que envolvem o leitor, convidando-o a prosseguir na descoberta dos aspectos sempre novos da verdade sobre a fé. O gênero dialógico
ajuda também a abreviar notavelmente o texto, reduzindo-o ao essencial. Isso poderia favorecer a assimilação e a eventual memorização
dos conteúdos.
5. Uma terceira característica é dada pela presença de algumas imagens, que marcam a articulação do Compêndio. Elas provêm do rico
património da iconografia cristã. A partir da secular tradição conciliar, aprendemos que também a imagem é pregação evangélica. Os
artistas de todos os tempos ofereceram à contemplação e à admiração dos fiéis os fatos salientes do mistério da salvação, apresentando-os
no esplendor da cor e na perfeição da beleza. Isso é um indício de como hoje, mais que nunca, na civilização da imagem, a imagem
sagrada pode exprimir muito mais que a própria palavra, uma vez que é muito eficaz o seu dinamismo de comunicação e de transmissão
da mensagem evangélica.
6. Quarenta anos depois da conclusão do Concílio Vaticano II e no Ano da Eucaristia, o Compêndio pode representar um ulterior subsídio
para satisfazer tanto a fome de verdade dos fiéis de todas as idades e condições como também a necessidade de todos aqueles que, sem
serem fiéis, têm sede de verdade e de justiça. A sua publicação acontecerá na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, colunas da
Igreja universal e evangelizadores exemplares do Evangelho no mundo antigo. Estes apóstolos viram aquilo que pregaram, e
testemunharam a Verdade de Cristo até o martírio. Imitemo-los no seu impulso missionário e rezemos ao Senhor para que a Igreja siga
sempre o ensinamento dos Apóstolos, dos quais recebeu o primeiro jubiloso anúncio da fé.

20 de março de 2005, Domingo de Ramos.

CARDEAL JOSEPH RATZINGER

Presidente da Comissão Especial


Notas __________________________________________
1. João Paulo II, Const. Apost. Fidei depositum, 11 de outubro de 1992.
2. João Paulo II, Carta Apostólica Laetamur magnoepre, 15 de agosto de 1997

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SEITA PERIGOSA

Critérios para determinar se um grupo é uma Seita perigosa

A proliferação de seitas na América Latina incrementou-se nos últimos anos. Muitas das seitas têm uma origem religiosa gerando confusão e polêmica entre os fiéis para distinguir corretamente se um determinado grupo mantém-se fiel aos ensinamentos do Evangelho e da Igreja ou se pelo contrário distorcem estes ensinamentos e constróem sua própria verdade. Aqui seguem alguns critérios. 

• O grupo é autoritário em sua estrutura de poder. O líder tem a autoridade suprema. Ele ou ela pode delegar certos poderes em uns poucos subordinados com o propósito de que os membros se adiram aos desejos e ordens do líder. Não há apelação possível fora de seu sistema a outros sistemas de justiça que estejam acima. Por exemplo, se um professor de escola se sente injustamente tratado pelo diretor do colégio, pode se queixar, mas em uma seita o líder sempre tem a última palavra (e única) em todos os assuntos.
• Os líderes sectários tendem a ser carismáticos, decididos e dominantes. Eles persuadem seus seguidores a abandonar suas famílias, trabalhos e amizades para seguí-los. O grupo, e não o indivíduo, controla as propriedades de seus seguidores, seu dinheiro, e suas vidas.
• Os líderes sectários são messias autoproclamados que presumem ter uma missão especial na vida.
• O líder sectário centra a veneração de seus adeptos sobre si mesmo. Sacerdotes, rabinos, ministros, líderes democráticos e de movimentos realmente altruístas dirigem a veneração de seus seguidores para Deus, princípios abstratos, ou o bem comum. Os líderes sectários, ao contrário, propõem a si mesmos como o objetivo do amor, devoção e adesão de seus seguidores.
• A seita tende a ser totalitária no controle do comportamento de seus membros. As seitas costumam ditar com grande detalhe como devem vestir-se seus membros, o que comer, quando e onde trabalhar, dormir, tomar banho, assim como o que devem crer, pensar e dizer.
• A seita costuma ter uma dupla moral. Por um lado os membros devem ser abertos e honestos com o grupo, e confessar tudo a seus líderes. Por outro, são animados a mentir e manipular aos não-membros.
As religiões estabelecidas ensinam seus membros a ser honestos com todo o mundo, e reger-se por uma só moral.
• A seita tem dois objetivos básicos; recrutar novos membros e conseguir dinheiro.
As religiões estabelecidas e movimentos altruístas podem também recrutar e conseguir dinheiro, mas seu único objetivo não é seu próprio crescimento mas melhorar as vidas de seus membros e semelhantes.
As seitas podem presumir-se de fazer contribuições sociais, mas em realidade ficam apenas na presunção, ou em meros gestos. Seus objetivos sempre estarão encaminhados ao recrutamento e fazer dinheiro.
• A seita aparenta ser inovadora e exclusiva. O líder afirma romper com a tradição, oferecendo algo novo, e instituindo o único sistema viável de mudança que solucionará os problemas da vida ou do mundo.
Enquanto afirma isto, veladamente utiliza a coerção psicológica sobre seus membros para inibir sua capacidade de examinar a validade das presunções do líder e sua seita. Mais critérios Este critério define outros elementos comuns dos sistemas de coerção psicológica. Baseado no modelo de Robert Jay Lifton, consta de oito pontos de reforma do pensamento tal como se usa em uma organização sectária. São os seguintes:

1. CONTROLE DO MEIO Limitação de todas ou algumas das formas de comunicação com aqueles ao grupo. Livros, revistas, cartas e visitas aos amigos são tabu. "Vem e isole-se"
2. MANIPULAÇÂO MÍSTICA Converso potencial ao grupo chega a ser convencido além da dúvida do elevado propósito, do destino especial do grupo, através de um profundo encontro/experiência. Por exemplo, através de um suposto milagre ou palavra profética daqueles no grupo.
3. DEMANDA DE PUREZA Um objetivo explícito do grupo é produzir certa forma de mudança, seja de forma global ou pessoal. "A perfeição só será possível se permanecer no grupo e entregar-se a ele"
4. CULTO DE CONFISSÃO A pouco saudável pratica de expor-se aos membros do grupo, freqüentemente no contexto de uma reunião pública, admitindo pecados passados e imperfeições, inclusive dúvidas sobre o grupo e pensamentos críticos sobre a integridade dos líderes.
5. CIÊNCIA SAGRADA A perspectiva do grupo é a verdade absoluta e completamente capaz de explicar TUDO. A doutrina não está sujeita a melhoras ou críticas.A conformidade ABSOLUTA com a doutrina é necessária.
6. CARGA DA LINGUAGEM Um novo vocabulário emerge no contexto do grupo. Os adeptos 'pensam' em parâmetros estreitos e muito abstratos, próprios da doutrina do grupo. A terminologia previne suficientemente o pensamento crítico reforçando uma mentalidade em 'branco e preto'. Os clichês e respostas preparadas introduzem preconceitos mentais.
7. DOUTRINA SOBRE A PESSOA A experiência prévia ao grupo e dentro do grupo é interpretada de forma rígida e decisiva por meio da doutrina absoluta, inclusive quando a experiência contradiz a doutrina.
8. DISPENSA DA EXISTÊNCIA A salvação só é possível dentro do grupo. Aqueles que o abandonem estão condenados.

Fonte: Padre Chrystian Shankar

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

AGOSTO MÊS DO PADRE

Celebrando o Dia do Padre

 Agosto é, para a Igreja no Brasil, o Mês Vocacional. Em 1981 iniciou-se essa celebração, com o objetivo de se refletir, a cada domingo, uma vocação específica dentro da Igreja.
O primeiro domingo deste mês é dedicado à vocação do padre.
E no próximo dia 4 de agosto, quando se faz memória litúrgica de São Cura D’Ars, celebra-se o Dia do Padre.

Este ano, essa comemoração tem um sentido especial, pois a Igreja está celebrando o Ano Sacerdotal, proclamado pelo Papa Bento XVI, em memória dos 150 anos da morte do Santo Cura D’Ars, apresentado pelo papa como modelo para todos os sacerdotes.

É muito oportuno celebrar o Dia do Padre, pois acredito que nós católicos algumas vezes ainda não compreendemos bem a grandeza, a positividade e a preciosidade desta presença nas comunidades. Deixemos claro, de antemão, que não se trata aqui de fazer elogios ingênuos, valorizações forçadas ou ufanismo sectário. Sem dúvida, o padre se apresenta a nós dentro da fragilidade de todo ser humano.
Nisso ele não é nem melhor nem pior que os outros.

Mas já nisso, talvez, se possa ressaltar no padre um quê de sensibilidade, de elaboração do caráter, de intelectualidade, de humanização, afinal, não tão comuns por aí. É o fruto de um longo período formativo de oito anos. Nós, Igreja Católica, somos um povo, o povo de Deus. Não somos um bando; todo povo que se preze tem uma "alma" (o Deus de Jesus Cristo, no Espírito Santo) da qual surge sua organização.

O vigor desta combinação de alma e organização permitiu à Igreja percorrer mais de 2.000 anos de história, passando por épocas, vicissitudes, civilizações e culturas as mais diferentes e desafiadoras.
A ponta mais visível desta alma e organização em nossas comunidades é o padre.

Há os padres que pertencem a ordens e congregações religiosas, nas quais eles encontram segurança, afeição e solidariedade; a comunidade paroquial complementa esta experiência fundamental para todo ser humano.
E há os padres "diocesanos".
Eles precisam encontrar, na diocese, segurança, afeição e solidariedade.
Quando se diz "diocese" se entende o bispo que deve ter verdadeira afeição pelos seus padres, deve lhes transmitir segurança e deve ter para com eles um profundo senso de justiça em todas as vicissitudes da vida eclesial e paroquial.
Quando se diz "diocese" entende-se também "comunidade paroquial".

Nossas comunidades precisam acolher, amar e respeitar os nossos padres, inclusive diante dos limites e fragilidades que eles possam ter. E quem não tem limites e fragilidades que lance a primeira pedra! Há pessoas e grupinhos que, com mil pretextos, antipatizaram com este ou com aquele padre, infernizam-lhe a vida e dividem a comunidade, com grave prejuízo para o Reino de Deus.

Nossas comunidades e lideranças precisam ter comunhão com o seu padre, oferecer-lhe colaboração e participação na vida da comunidade local, ainda mais quando estas lideranças exercem funções importantes no âmbito eclesial e diocesano. Esta comunhão é exercício bem concreto de fraternidade e amor ao próximo, conforme significa a Eucaristia da qual participamos.

Nossas comunidades precisam ser solidárias com o seu padre. Há quem se dispõe a fazer doações em material e dinheiro para as obras paroquiais e para os necessitados, mas não se dispõe a colaborar para o sustento de seu padre. Conheço padres em nossa diocese que passaram (e passam?!) aperto para a sua subsistência!

Os padres dependem de nossa ajuda; como todo operário, eles merecem salário (o salário do padre se chama "côngrua") justo e digno, conforme estabelecido pela diocese. Pelo padre mantemos a unidade eclesial, crescemos na fé e no conhecimento da Palavra de Deus.
Ele é indispensável para celebrarmos a Eucaristia e os demais sacramentos, sinais visíveis de nossa salvação em Jesus Cristo.
O padre é um dom para as nossas comunidades!

Fonte: Por: Dom Fernando Mason

VOCAÇÕES

Agosto, mês das vocações

 Para alguns, agosto é um mês de que se cuidar, pois ele seria nefasto... Mas para os participantes assíduos da comunidade católica, agosto, além de ser um mês abençoado como todos os demais, é desde 1981 o mês vocacional.
 Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo.
Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.

E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra. Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14).

Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos:
"Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)

Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano.
Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.

Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.

Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.

As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.

O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.

 E no domingo de agosto, quando refletimos sobre a vocação leiga, somos convidados a homenagear nossos catequistas, aquelas pessoas que, num testemunho de fé e generosidade, dedicam-se ao sublime ministério de transmitir as verdades divinas a nossas crianças, adolescentes e jovens