terça-feira, 29 de outubro de 2013

JUVENTUDE



Dia Nacional da Juventude

Todos os anos, a Igreja Católica dedica um dia para lembrar o papel e a importância dos jovens na continuidade da missão religiosa: o Dia Nacional da Juventude (DNJ).

Com o tema “Juventude e missão” e o lema, “Jovem: levante-se, seja fermento!”, o DNJ e lembrado em muitas dioceses do país no último domingo de outubro, portanto foi comemorando em muitos lugares ontem, domingo; em outras dioceses será no próximo domingo, dia 3 de novembro.

De acordo com o Assessor da Comissão Episcopal de Pastoral para a Juventude, Padre Antônio Ramos do Prado, SDB, conhecido pelos jovens como Padre Toninho, o DNJ deste ano tem a intenção de fazer com que a juventude reflita sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2013 e a realidade em que vivem.

“A proposta do DNJ é celebrar a caminhada da vida e ações de evangelização que os jovens realizaram ao longo do ano. O segundo enfoque é que durante os meses de setembro, outubro e novembro os jovens se reúnam em torno do subsídio para aprofundar uma temática (a maioria das temáticas estão ligadas a Campanha da Fraternidade)”, afirmou.

O Assessor da Comissão Pastoral para Juventude acrescentou, ainda, que nesse ano a temática está mais ligada a dimensão missionária: “Os jovens são convidados a realizar missões populares nas paróquias, presídios, escolas, hospitais, etc.”.

No Rio de Janeiro, seu foi sede da JMJ no último mês de julho a DNJ será comemorado no próximo fim de semana. Na cidade maravilhosa o dia contará com momentos de oração, celebração eucarística presidida por Dom Orani Tempesta, muita música, Adoração Eucarística, pregação e testemunhos de jovens missionários. Este ano uma Feira Missionária será montada durante o evento, movimentos, novas comunidades e pastorais divulgarão seus trabalhos missionários para a juventude, para que cada jovem possa conhecer as distintas realidades. A juventude também encontrará espaços para aconselhamento e confissões.

Sobre as atividades que envolvem a juventude no Rio, após a JMJ, eis o que nos disse o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. (SP)

sábado, 19 de outubro de 2013

CATÓLICO É CATÓLICO




"Não Existe Católico Praticante....Existe Católico"


Até mesmo porque Católico que é Católico, Professa sua Fé à Defende se preciso for, Vive em comunhão com Deus e a Igreja, e principalmente nunca se volta contra Ela!
Católico que é Católico nunca compartilha posts protestantes, até mesmo porque conhece a história da Igreja e entende o quão má são as intenções protestantes, e que eles Visam apenas a destruição da Igreja de Cristo.
Portante não se engane com esses falsos sorrisos, com a aparente simpatia e atenção, porque no fundo, bem lá no fundo do "coração" a única coisa que os protestantes querem, é arranca-lo (a) da Igreja de Cristo, para arrastar sua Alma até o Inferno e desfilar ao seu lado, como se você fosse um troféu para eles, e de certa forma você acaba sendo, e isso é fato!!
Católico que é Católico vive verdadeiramente a sua FÉ e jamais a "fé" dos outros, não se vende por uma falsa liberdade e jamais se deixa seduzir com balelas protestantes, pois têm sua FÉ Cravada e Gravada na Igreja de Cristo, com Sucessão Apostólica e Tradição e nunca, jamais, baseada em um qualquer, tão pouco na leitura FUNDAMENTALISTA, do "eu acho"

"Não Existe Católico Praticante...Existe Católico."

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A NOVA EVANGELIZAÇÃO




A nova evangelização se faz mais com gestos do que com palavras, afirma o Papa

O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã, no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. Entre inúmeras funções, este organismo é responsável por organizar os eventos neste Ano da Fé que a Igreja está vivendo.

O Pontífice resumiu seu discurso em três pontos: a primazia do testemunho; a urgência de ir ao encontro; e o projeto pastoral centralizado no essencial.

Nova evangelização, disse o papa, significa despertar no coração e na mente de nossos contemporâneos a vida da fé, num tempo em que esta é considerada irrelevante na vida do homem. “A fé é um dom de Deus, recordou o Papa, mas é importante que os cristãos demonstrem vivê-la concretamente, através do amor, da concórdia, da alegria e do sofrimento. O coração da evangelização é o testemunho da fé e da caridade.”

Muitas pessoas se afastaram da Igreja. É errado atribuir as culpas a um lado ou a outro, ou melhor, não é o caso de falar de culpas. Como filhos da Igreja, devemos continuar o caminho do Concílio Vaticano II, espoliar-nos de coisas inúteis e danosas, de falsas seguranças mundanas que sobrecarregam a Igreja e prejudicam sua verdadeira face.

A crise da humanidade contemporânea, disse ainda Francisco, não é superficial, mas profunda. Por isso, a nova evangelização, enquanto nos chama a ter a coragem de ir contracorrente, só pode usar a linguagem da misericórdia, feita de gestos e de atitudes antes mesmo do que de palavras.

Esses gestos e atitudes levam ao segundo ponto: o dinamismo de ir ao encontro dos outros. “A nova evangelização é um movimento renovado dirigido a quem perdeu a fé e o sentido profundo da vida. A Igreja e cada cristão é chamado a ir ao encontro dos outros, a dialogar com os que não pensam como nós. Podemos ir ao encontro de todos sem medo e sem renunciar à nossa pertença.”

De modo especial, ressaltou o Pontífice, a Igreja é enviada a despertar a esperança sobretudo onde existem condições existenciais difíceis, às vezes desumanas, onde a esperança não respira. A Igreja é a casa em que as casas estão sempre abertas.

Todavia, advertiu o Papa falando terceiro e último aspecto, todo este dinamismo não pode ser improvisado. Exige um compromisso comum para um projeto pastoral que evoque o essencial, ou seja, Jesus Cristo.

Não é preciso disperde-se em tantas coisas secundárias ou supérfluas, mas concentrar-se sobre as realidade fundamentais, que é o encontro com Cristo, com a sua misericórdia, com o seu amor e o amar os irmãos como Ele nos amou. Um projeto animado pela criatividade e pela fantasia do Espírito Santo, que nos leva a percorrer novos caminhos, sem nos fossilizar!

Devemos nos questionar como é a pastoral de nossas dioceses e paróquias, disse o Papa, destacando a importância da catequese como momento da evangelização para combater o analfabetismo dos nossos dias em matéria de fé.

Várias vezes lembrei de um fato que me impressionou no meu ministério: encontrar crianças que não sabiam nem mesmo fazer o sinal da Cruz! Os catequistas desempenham um serviço precioso para a nova evangelização, e é importante que os país sejam os primeiros catequistas, os primeiros educadores à fé na própria família com o testemunho e com a palavra.

domingo, 13 de outubro de 2013

SEITAS - A Sucessão Batista e o "Rastro de Sangue"


SEITAS


Algumas igrejas batistas dizem que elas são descendentes diretas de certos grupos heréticos do passado. Por isso seriam as "verdadeiras igrejas de Cristo". Pretendem, inclusive, traçar sua origem até João, o batista. Seu principal fundamento é um livreto de 56 páginas chamado "O Rastro de Sangue", de autoria de J.M. Carrol, de 1931.
O autor tenta provar que grupos heréticos do passado, como os Montanistas, Novacionistas, Donatistas, Paulicianos, Albigenses, Cátaros, Valdenses e Anabatistas eram os batistas do passado, e que foram perseguidos pelos católicos e desapareceram. Pelo fato de não existirem qualquer evidências destas alegações, alegam que a Igreja Católica tratou de apagar do mapa as evidências.

O curioso é que os teólogos batistas rejeitam esta idéia como absurda e infundada. Apesar disso alguns batistas continuam a difundir tal idéia (são chamados de "batistas lendários"), para o embaraço da maioria dos protestantes batistas.

Mas vamos rapidamente examinar cada um destes grupos:

Montanistas: rejeitavam os segundos casamentos, mesmo após a morte do primeiro cônjuge. Negavam o perdão dos pecados, tornando-se um movimento sem esperança.

Novacianistas: diziam que nenhum pecado deveria ser perdoado após o batismo. Também proibiam os segundos casamentos. Novaciano proclamou a si mesmo bispo e foi excomungado.

Donatistas: a verdadeira igreja deveria ser composta apenas por eleitos e que os batismos somente eram válidos se feitos por um donatista.

Paulicianos: criam na pluralidade de deuses, dizendo que toda matéria era má, rejeitavam o Antigo Testamento e a encarnação, e ainda diziam que Jesus era um anjo. Não honravam a cruz por acharem que Jesus não foi crucificado.

Albigenses: criam em dois deuses, um bom e um mal. Rejeitavam todos os sacramentos, declaravam ser pecado casar. Eram sexualmente permissivos. A gravidez deveria ser evitada e o aborto era encorajado.

 Cátaros: seguiam todas as heresias dos albigenses.

 Valdenses: diziam que a Igreja não deveria possuir bem algum e proibiam o dízimo. Curiosamente, acreditavam na Sagrada Eucaristia e no Corpo de Cristo.

Anabatistas: praticavam a poligamia e o comunismo. Condenavam as promessas como pecaminosas. Foram fundados por Thomas Munser em 1521. Somente este fato desbanca a alegação batista de antiguidade.

 Observando as "peculiaridades" destes grupos, porque será que alguém ainda vai querer reclamar ser um ancestral de qualquer um deles?

 Jesus prometeu que sua Igreja iria permanecer para sempre (Mt 16,18). O que você acha, então, que Ele esteve fazendo com Sua Igreja ao longo de todos esses séculos? Por acaso Ele estaria brincando com Sua criação, levando-a de heresia em heresia, ora para os montanistas, ora para os valdenses, e assim por diante? Tal pensamento é ridículo, não é mesmo? Pois bem, Ele fez exatamente o que prometeu. Edificou sua Igreja e a sustentará até o final dos tempos, e esta é a Santa Igreja Católica.

 Onde estão as evidências dos protestantes? Se existissem desde o tempo de João Batista, os livros de história especializados estariam cheios de referências, ou pelo menos algo afim. Os escritores da época dos pais da Igreja, os historiadores de sua época, não fazem referência alguma, mínima, sobre esse assunto. O mais interessante, e repudiante para os protestantes, é que estes mesmos escritos falam o nome da Igreja Católica amplamente, dezenas, centenas de vezes. Nos escritos de Santo Agostinho, por exemplo, em quem muitos protestantes acham que extraem suas doutrinas, a Igreja Católica é citada pelo nome cerca de 300 vezes.

Talvez a mais famosa referência seja a da carta de Santo Inácio de Antioquia ao povo de Esmirna, no longínquo ano de 106 d.C. Vale lembrar que Inácio era um padre apostólico, o que significa dizer que em sua vida ele conheceu alguns apóstolos de Cristo.

 Deves seguir a palavra do bispo, assim como Jesus Cristo seguiu a palavra do Pai; siga o presbítero como a um apóstolo, respeite os diáconos como aos mandamentos de Deus. Que nada façam à Igreja sem o conhecimento do bispo. Que a celebração da Eucaristia seja válida quando celebrada pelo bispo ou por quem este designar. Onde estiver o bispo, esteja o povo, assim como onde está Jesus Cristo, está a Igreja Católica. Não é permitido casar-se ou batizar sem a autorização do bispo; mas tudo o que ele aprovar agrada a Deus. Com isso tudo que fizeres será valioso e uma prova contra o mal.

 Inácio de Antioquia, Carta aos Esmirnenses, 8, 106 d.C.

Para finalizar, somente a título de curiosidade, citaremos alguns escritos clássicos onde a Igreja Católica é citada nominalmente, notando que todas as datas são anteriores ao século 7.

Inácio, Carta aos Esmirnenses 8:1-2. J65 106 DC
O Martírio de São Policarpo 16:2. J77, 79, 80a, 81a, 155 DC
Clemente de Alexandria, Stromateis 7:17:107:3. J435 202 DC
Cipriano, A Unidade da Igreja Católica 4-6. J555-557 251 DC
Cipriano, Carta a Florêncio 66:69:8. J587 254 DC
Lactâncio, Instituições Divinas 4:30:1. *J637 304 DC
Alexandre de Alexandria, Cartas 12. J680 324 DC
Atanásio, Carta sobre o Concílio de Nicéia 27. J757 350 DC
Atanásio, Carta a Serapião 1:28. J782 359 DC
Atanásio, Carta ao Concílio de Rimini 5. J785 361 DC
Cirilo de Jerusalém, Leituras Catequéticas 18:1. J836-*839
Dâmaso, Decreto de Dâmaso 3. J910u 382 DC
Agostinho, Carta a Vincente o Rogatista 93:7:23. J1422
Agostinho, Carta a Vitalis 217:5:16. J1456 427AD
Agostinho, Com. Salmos 88:2:14, 90:2:1. J1478-1479 418 DC
Agostinho, Sermões 2, 267:4. *J1492, *J1523 430 DC
Agostinho, Sermão aos Catecúmenos sobre o Credo 6:14. J1535
Agostinho, A Verdadeira Religião 7:12+. *J1548, *J1562, J1564
Agostinho, Contra a carta de Mani 4:5. *J1580-1581
Agostinho, Instrução Cristã 2:8:12+. *J1584, J1617
Agostinho, Batismo 4:21:28+. J1629, J1714, J1860a, J1882
Agostinho, Contra os Pelagianos 2:3:5+. *J1892, *J1898

Como bem ensinou John Henry Newman, "aprofundar-se na história é renunciar ao protestantismo".

Traduzido para o Veritatis Splendor por Rondinelly Ribeiro Rosa.

sábado, 12 de outubro de 2013

CÍRIO DE NAZARÉ



Francisco: "Círio de Nazaré, testemunho dos genuínos valores paraenses"


Dom Giovanni D'Aniello, Núncio Apostólico no Brasil, enviou a Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, a mensagem do Santo Padre, por ocasião do Círio de Nazaré 2013.

“Sua Santidade o Papa Francisco saúda com particular afeto os romeiros que, neste ano de 2013, comemoraram a festa do Círio de Nazaré em Belém do Pará, e os encoraja a serem sempre testemunhas dos genuínos valores evangélicos na sociedade paraense, como discípulos-missionários de Jesus, pois, a exemplo de quanto afirmou na sua recente visita apostólica ao Brasil, por ocasião da XXVII Jornada Mundial da Juventude, "não podemos ficar fechados na paróquia, nas comunidades, na nossa instituição paroquial ou na instituição diocesana, quando há tanta gente esperando o Evangelho!”.

“Mas sair... enviado. Não se trata simplesmente de abrir porta para que venham, para acolher mas de sair porta afora para procurar e encontrar (Papa Francisco, homilia, 27.07.2013). Com estes votos, e sob o olhar misericordioso da Santíssima Virgem, o Santo Padre concede a todos que tomamos parte das celebrações do Círio de Nazaré, como penhor de constante assistência divina, a imploração da benção apostólica”.

A mensagem é assinada pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado.

Círio

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias.

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é experiência de fé, mas é também fonte de solidariedade. Boa parte da arrecadação da Festa é investida nas Obras Sociais da Paróquia de Nazaré (Ospan), desenvolvidas nas sete comunidades que compõem a sua área territorial. Milhares de pessoas são beneficiadas anualmente em seus projetos de atendimento laboratorial, distribuição de sopa e creches infantis.

Cuidando também dos pequenos, as Obras atendem a mais de 500 crianças por meio das creches Sorena, Casulo (Santo Antônio Maria Zaccaria) e Cantinho São Rafael (Casa de Nazaré).
(CM)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

IGREJA NÃO É UM GRUPO DE ELITE.



Audiência: "A Igreja não é um grupo de elite, mas a casa de toda a humanidade"

Milhares de fiéis e peregrinos, mais de 80 mil, lotaram a Praça S. Pedro desde as primeiras horas da manhã para participar da Audiência Geral com o Papa Francisco – a 20ª de seu pontificado.

Antes das 10h, o Pontífice já estava na Praça, com o seu jipe, para receber e retribuir o carinho dos fiéis, apesar da chuva que caiu naquele momento. De fato, ao tomar a palavra, o Papa parabenizou a “coragem” dos presentes frente a este mau tempo. Na catequese sobre o Credo neste Ano da Fé, o Papa discorreu sobre uma das características da Igreja, a catolicidade.

Confessamos que a Igreja é católica, primeiro porque a todos oferece a fé por completo. A Igreja nos faz encontrar a misericórdia de Deus, que nos transforma. Nela está presente Jesus Cristo, que lhe dá a verdadeira confissão de fé, a plenitude da vida sacramental, a autenticidade do ministério ordenado. Na Igreja, como acontece numa família, encontramos tudo o que nos permite crescer, amadurecer e viver como cristãos. Não se pode caminhar e crescer sozinhos, mas sim em comunidade.

Ir à Igreja, disse o Santo Padre, não é como ir ao estádio para ver um jogo de futebol ou ir ao cinema. É preciso nos interrogar sobre como acolhemos os dons que a Igreja oferece: “Participo da vida da comunidade ou me fecho nos meus problemas, isolando-me? Nesse sentido a Igreja é católica porque é a casa de todos. Todos são filhos da Igreja.

Em segundo lugar, a Igreja é católica, porque é universal, espalhada em todas as partes do mundo.

A Igreja não é um grupo de elite, não diz respeito somente a algumas pessoas, a Igreja não faz restrições. Ela é enviada à totalidade do gênero humano e está presente em todo o lado mesmo na menor das paróquias, porque também ela é parte da Igreja universal, tem a plenitude dos dons de Cristo, vive em comunhão com o Bispo, com o Papa e está aberta a todos sem distinção. A igreja não está somente na sombra do nosso campanário, mas abraça uma vastidão de pessoas, de povos que professam a mesma fé. Todos estamos em missão, temos que abrir as nossas portas e sair para anunciar o Evangelho.

Por fim, a Igreja é católica, porque é a casa da harmonia. Nela, se conjugam numa grande riqueza unidade e diversidade; como numa orquestra, onde a variedade dos instrumentos não se contrapõe, assim na Igreja, há uma variedade que se deixa harmoniosamente fundir na unidade pelo Espírito Santo.

Esta é uma bela imagem. Não somos todos iguais e não devemos sê-lo. Todos somos diferentes, cada um com as próprias qualidades. E esta é a beleza da Igreja. Cada um contribui com aquilo que Jesus deu para enriquecer um ao outro. É uma diversidade que não entra em conflito, não se contrapõe. Onde há intriga, não há harmonia. É luta. Jamais devemos falar mal uns dos outros. Aceitemos o outro, aceitemos que exista uma justa variedade. A uniformidade mata a vida, os dons do Espírito Santo. Peçamos a ele que nos torne sempre mais católicos, ou seja, universais.

Ao cumprimentar os peregrinos de língua portuguesa, o Pontífice saudou de modo especial os fiéis de duas paróquias do Rio de Janeiro e de São José dos Campos e os religiosos brasileiros em Roma.

A seguir, recordou que após a visita, um ano atrás, de Bento XVI ao Líbano, a língua árabe foi inserida na Audiência Geral, para expressar a todos os cristãos do Oriente Médio a proximidade da Igreja. E pediu, novamente, que rezemos pela paz no Oriente Médio: na Síria, no Iraque, no Egito, no Líbano e na Terra Santa, “onde nasceu o Príncipe da Paz, Jesus Cristo”.

Dirigindo-se aos bispos da Conferência Episcopal regional do norte da África, Francisco os encorajou a "consolidarem as relações fraternas com os irmãos muçulmanos".

Ao saudar os Bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia, o Pontífice mais uma vez expressou sua solidariedade na oração e na dor pelos muitos filhos dessas terras que perderam a vida na tragédia de Lampedusa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"FUGIR DE DEUS"



"Fugir de Deus é uma tentação cotidiana. Às vezes, os afastados o escutam melhor"

“Deixemos que Deus escreva a nossa vida”: foi esta a exortação feita pelo Papa esta manhã na Missa na Casa Santa Marta. Francisco centrou sua reflexão nas figuras de Jonas e do Bom Samaritano.

“Jonas serviu o Senhor, rezou muito e fez o bem, mas quando o Senhor o chamou, ele fugiu. Ele tinha a sua história já escrita e não queria ser incomodado. O Senhor o enviou a Nínive e ele “tomou um navio para a Espanha, fugindo do Senhor”. Assim começou o Papa em sua homilia:

“Todos podemos fugir de Deus! Não escutar Deus, não sentir no coração a sua proposta, o seu convite, é uma tentação cotidiana. Pode-se fugir diretamente ou de outras maneiras, um pouco mais educadas, mais sofisticadas...”

O Papa citou o episódio do sacerdote que passava pela rua - um sacerdote bem vestido, digno - e viu um homem moribundo, jogado no chão. Ele olhou e pensou “vou chegar tarde para a missa” e continuou seu caminho. "Não ouviu a voz de Deus, ali".

Em seguida, foi a vez do levita passar e ignorar, temendo que o homem fosse morto e ele fosse obrigado a testemunhar diante do juiz. “Ele também fugiu da voz de Deus”, disse o Papa, acrescentando que “somente teve a capacidade de entender a voz de Deus aquele que fugia constantemente dele: o pecador, o samaritano, que mesmo afastado de Deus, ouviu a sua voz e se aproximou”.

O samaritano, observou, “não era acostumado a práticas religiosas, à vida moral, mas todavia, ele entendeu que Deus o chamava e não fugiu. Se aproximou, curou suas feridas com óleo e vinho, colocou o homem em seu cavalo, o levou a seu albergue e cuidou dele. Perdeu toda a sua noite”.

“O sacerdote chegou a tempo para a Santa Missa; o levita teve um dia tranquilo e não teve que ir ao juiz... e por que Jonas fugiu de Deus? Por que o sacerdote fugiu de Deus? Por que o levita fugiu de Deus? Porque seus corações estavam fechados, não podiam ouvir a voz de Deus. Ao contrário, um samaritano que passava ‘viu e teve compaixão’: tinha o coração aberto, era humano”.

“Jonas – frisou o Papa – tinha um projeto em sua vida: queria escrever a sua história, assim como o sacerdote e o levita. O pecador, por sua vez, “deixou que Deus a escrevesse: mudou tudo aquela noite, porque o Senhor lhe levou aquele pobre homem, ferido e jogado na rua”.

“Agora eu me pergunto e pergunto a vocês: nós deixamos que nossa vida seja escrita por Deus ou queremos nós escrevê-la? Somos dóceis à Palavra de Deus? Temos capacidade para encontrar a Palavra de Deus na história todos os dias, ou deixamos que a surpresa do Senhor nos fale?”

Francisco concluiu pedindo que possamos ouvir a voz do Senhor, a Sua voz, que nos diz “Vá e faça assim!”.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO



Sob o signo de Francisco


Foi muito movimentada a semana. Os oito cardeais, membros do agora “conselho permanente” do Papa, se reuniram com ele durante três dias. Em seguida, o Papa Francisco se sentiu na obrigação de visitar Assis, a terra do primeiro Francisco. E precedendo a estes episódios todos, saiu a nova entrevista, desta vez concedida a um ateu professo, diretor do jornal italiano La Repubblica.

Diante deste contexto, parece clara a advertência do Evangelho sobre os “sinais dos tempos”. Se somos capazes de pressentir a chuva, como não perceber que em Roma está se armando um tempo, sujeito a relâmpagos e trovoadas, prometendo bem mais que uma chuva passageira.

Pelos sinais emitidos, aos poucos o Papa Francisco, com firmeza e convicção, vai direcionando suas propostas de mudanças, que prometem ser urgentes e amplas.

A começar pela decisão de dar perenidade ao “conselho de consultores”. Antes de sua primeira reunião, este “Conselho” foi elevado à categoria de órgão permanente, com a finalidade de assessorar o Papa no governo da Igreja.

Para entender o alcance desta medida, é bom relacioná-la com o tempo de Paulo VI, logo após o Concílio. Eram insistentes as recomendações, no sentido de que o Papa criasse um “conselho de cardeais”, para ajudá-lo a implementar as orientações do Concílio. Mas Paulo VI, por sua natural timidez, não criou este “conselho”. Agora o Papa Francisco, por clara decisão tomada e publicada nestes dias, criou esta nova instância do governo eclesial, dando-lhe caráter definitivo, com possibilidade de agregar outras incumbências, e com o número dos seus componentes podendo ser adaptado de acordo com as circunstâncias.

Com isto, o Papa Francisco tem agora o instrumento para acionar as iniciativas que ele julgar oportunas.

Algumas delas, de certa maneira, já foram confidenciadas. Entre elas, sua disposição de abrir o diálogo com a modernidade. Era a grande intenção do Concílio Vaticano II. Cinquenta anos depois, esta disposição parece tomar forma concreta. Assim se expressa o Papa, de maneira clara e incisiva, diante de um interlocutor ateu:

“Os padres conciliares sabiam que abrir-se à cultura moderna significava ecumenismo religioso e diálogo com os não-crentes. Desde então foi feito muito pouco nesta direção. Tenho a humildade e a ambição de querer fazê-lo”.

Portanto, ele decidiu levar em frente o Concílio, que permanece referência indiscutível para a Igreja em nosso tempo.

Outra grande empreitada do Papa é abrir a Igreja para que ela perceba os problemas da humanidade, e os assuma de maneira solidária. Depois de comentar a situação em que vivem hoje os jovens, sem trabalho e sem futuro, e o abandono em que se encontram as pessoas idosas, ele afirma claramente que este problema precisa ser assumido pela Igreja: “Isto é o problema mais urgente que a Igreja tem pela frente.”

Portanto, o Papa quer uma Igreja aberta aos problemas que hoje a humanidade enfrenta. Esta decisão do Papa leva a outra, agora definida claramente. Diz respeito à Cúria Romana. Reconhecendo seus muitos valores, aponta o problema principal de que ela padece. No dizer do Papa, a Cúria Romana é muito “vaticano-cêntrica”... “vê e cuida dos interesses do Vaticano...e descuida do mundo que nos circunda”.

É uma análise pesada que o Papa faz da Cúria Romana. Diante disto, assume uma posição corajosa e firme, dizendo textualmente: “ Não compartilho com esta visão, e farei tudo para mudá-la”.

Assim, vão ficando claros os propósitos renovadores do Papa Francisco. Ele se mostra muito disposto a levá-los em frente, conforme revelou para o jornalista Eugênio Scalfari: “farei o que for possível para cumprir o mandato que me foi confiado”.

D. Demétrio Valentini

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MISSÃO DA IGREJA



As reflexões do Papa sobre a justiça no mundo e a missão da Igreja

Em seu diálogo com o jornalista e cofundador do jornal italiano La Reppublica, Eugenio Scalfari, publicado ontem, o Papa Francisco abordou o tema da justiça no mundo, e a missão da Igreja a respeito.

O Santo Padre destacou que "os males mais graves que afligem o mundo nestes anos sãoo desemprego dos jovens e a solidão dos idosos".

"Os idosos precisam de cuidado e companhia; os jovens precisam de trabalho e esperança, mas não tem um nem outro, e o problema é que eles sequer os buscam mais. Eles foram esmagados pelo presente".

"Você me diz: é possível viver esmagado sob o peso do presente? Sem uma memória do passado e sem o desejo de olhar adiante para o futuro para construir algo, um futuro, uma família? Você consegue ir adiante assim? Este, para mim, é o problema mais urgente que a Igreja enfrenta", disse Francisco.

Reconhecendo que este é um problema político e econômico, o Santo Padre assinalou que isso "também preocupa a Igreja, sobretudo a Igreja porque esta situação não fere somente os corpos, mas também as almas".

"A Igreja deve se sentir responsável tanto pelas almas como pelos corpos", remarcou.

O Santo Padre disse que "em geral, a consciência (da Igreja sobre este tema) existe, mas não basta. Quero que haja mais. Não é o único problema que enfrentamos, mas é o mais urgente e mais dramático".

Francisco recordou a seu interlocutor que o ágape "é o amor pelos outros, como Nosso Senhor pregou. Não é fazer proselitismo, é amar. Amar o próximo, aquele fermento que serve ao bem comum".

"O Filho de Deus se encarnou para infundir nas almas dos homens o sentimento de fraternidade.?Todos somos irmãos e todos somos filhos de Deus. Abba, como ele chamou o Pai. Mostrarei o caminho, ele disse. Siga-me e encontrará o Pai e será seu filho e ele se compadecerá de ti".

O Papa indicou que "o ágape, o amor de cada um de nós pelos outros, do mais próximo ao mais distante, é o modo que Jesus nos indicou para encontrar o caminho da salvação e das Bem-aventuranças".