segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS



OS DEZ MANDAMENTOS - EXPLICAÇÃO DETALHADA


1. Amar a Deus sobre todas as coisas e não tomar Seu Santo Nome em vão: 

Amar a Deus sobre todas as coisas: O primeiro mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nEle e a amá-Lo acima de tudo. Por isso mesmo, a superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de idolatria.

Alguns cristãos dizem que o culto que prestamos a imagens é uma idolatria que contraria este mandamento, mas isso não é verdade. Deus proíbe ídolos, ou seja, imagens que são adoradas como se elas fizessem milagres.
As nossas imagens são como fotografias: nos lembram a pessoa amada. Além disso, no livro do Êxodo, capítulo 25, vemos que o próprio Deus mandou que se fizesse imagens de dois querubins paraque fossem colocadas sobre a Arca da Aliança. Também no Evangelho de João, capítulo 3, versículo 14 vemos a passagem do Antigo Testamento onde, por ordem de Deus, Moisés fez uma serpente de cobre e colocou-a sobre um poste. Essa imagem era prefiguração do Cristo, e todos os que para ela olhavam ficavam curados.

Há também, nas catacumbas de Priscila, em Roma, local onde os primeiros cristãos se escondiam dos perseguidores, a pintura da Virgem Maria com o menino Jesus em seus braços. Essa pintura é do sécuo III. Não é possível que os cristãos do ano 200 fossem idólatras.

Um outro aspecto é o fato de este mandamento proibir o culto a deuses estrangeiros. Jesus Cristo é Deus verdadeiro, portanto a veneração de Sua imagem não traz malefício algum.

2. Não tomar Seu Santo Nome em vão:

Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus, de Maria e dos Santos.

As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade, a veracidade e a autoridade divinas. Devem, pois, em justiça, ser respeitadas.

A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar mal de Deus. É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, orpimir os povos, torutar ou matar.

3. Guardar domingos e festas de guarda e honrar pai e mãe:

Guardar domingos e festas de guarda: No Antigo Testamento, o mandamento prescrevia que se guardasse o sábado. No entanto, esse dia foi substituído pelo domingo através da Ressurreição de Cristo que, dessa forma, deu início a uma Nova e Eterna aliança com a humanidade.

O domingo deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa de preceito por excelência (Código de Direito Canônico, cânon 1246, 1). No domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa (Código de Direito Canônico, cânon 1247), para isso os fiéis devem se afastar das atividades e/ou negócios que os impeçam o culto a ser prestado a Deus nesses dias.

Nenhum fiel pode tentar impedir sem necessidade que outro cumpra este preceito.

4. Honrar pai e mãe:

De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois Dele, honrássemos nossos pais e os que Ele, para nosso bem, investiu de autoridade.

"A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar."

Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência, e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar.

Os pais devem ser responsáveis por educar os filhos na Igreja e têm o dever de atender, na medida de suas condições, às necessidades físicas e espirituais dos filhos.
Os pais também devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos. Lembrem e ensinem que a primeira vocação do cristão é seguir a Jesus.

5. Não matar e não pecar contra a castidade: 

Não matar: Este mandamento, na verdade, é muito amplo. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outros itens:

a) A intenção em se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga;

b) Abrange também pessoas que em seus negócios provocam a morte ou a fome a outras pessoas e também àqueles que instituem leis ou estruturas sociais visando à degradação dos costumes e à corrupção da vida religiosa;

c) O aborto em qualquer situação, exceto quando um tratamento médico para uma outra enfermidade, por exemplo o câncer, acarreta em um aborto contra a vontade da mãe;

d) A eutanásia voluntária (prática segundo a qual se abrevia o sofrimento de um doente portador de enfermidade incurável tirando-lhe a vida de maneira indolor);

e) O suicídio;

f) O escândalo (quando, por ação ou omissão, se permite deliberadamente que o outro peque gravemente;

g) Quando se omite ajuda a alguém;

h) Provocar guerra;

i) A corrida armamentista (investimento em armas ao invés de condições melhores aos menos favorecidos).

Este mandamento não engloba a defesa armada de uma nação em caso de ataque, pois se trataria de uma legítima defesa.
A legítima defesa consiste em impedir que alguém tire nossa vida, uma vez que esta é o bem mais precioso que possuímos na terra. Não é pecado, mesmo que acarrete na morte do agressor, se esta for a única forma de defesa.

O Catecismo da Igreja Católica menciona como pecado contra o quinto mandamento até mesmo um professor que se ira contra os seus alunos.

6. Não pecar contra a castidade: 

Ao criar o ser humano o Senhor dá, ao homem e à mulher, de maneira igual, a dignidade pessoal. Cada um deve reconhecer e aceitar sua identidade sexual, de acordo com o sexo que o indivíduo possua.

Jesus, Maria e José são modelos perfeitos de castidade e devem ser imitados. Ser casto consiste em integrar a sexualidade na pessoa. Inclui também a aprendizagem do domínio pessoal.

O uso de roupas provocantes com a intenção de se chamar a atenção de alguém do sexo oposto leva a pessoa a cometer este pecado. Em Fátima, Maria fala que ela deve ser modelo de como as mulheres devem vestir-se. Você mulher analise a si própria e veja se está se vestindo de acordo.

Há ainda, dentro deste mesmo pecado, coisas como a masturbação, a fornicação (sexo antes do casamento religioso), a pornografia (exibição pública dos atos sexuais), a prostituição, o estupro e a homossexualidade.

No caso da homossexualidade, especificamente, o Catecismo reconhece que muitas pessoas no mundo sofrem uma inclinação desordenada por pessoas do mesmo sexo, no entanto, convida a esses que aceitem isso como uma provação e não se entreguem ao seus instintos.

Diz também que devemos acolher os homossexuais com respeito, compaixão e delicadeza e evitar todo sinal de discriminação injusta.

Os irmãos e irmãs com tendências homossexuais são convidados, se forem cristãos, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que possam encontrar por causa da sua condição. Devem, gradual e resolutamente, se aproximar da perfeição cristã, através da oração e da graça sacramental, do autodomínio, da castidade e do apoio de uma amizade desinteressada.

7. Não furtar, não roubar e não levantar falso testemunho: 

Não furtar ou roubar: Este mandamento proíbe a retenção indevida dos bens alheios ou a lesão do próximo com relação a eles, seja como for.

Vale a pena lembrar que a ajuda aos pobres é uma grande virtude. Portanto, uma pessoa avarenta "não entrará no Reino de Deus", diz o Apóstolo com todas as letras em 1Cor 6,10. O nosso trabalho também é para que possamos partilhar nossos lucros com aqueles que não têm condições.

O Catecismo nos lembra que o pecado contra este mandamento exige reparação.

É necessário que o fiel arrependido restitua o valor ou a mercadoria roubada.

Este mandamento também inclui a escravidão.

8. Não levantar falso testemunho: 

A verdade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.

Este mandamento proíbe coisas como:

a) Falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades);

b) Respeito à reputação das pessoas (não revelar coisas que causem o prejuízo dos outros) - Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo. Também aquele que, sem razão, revela a pessoas que não sabem os defeitos dos outros;

c) Calúnia (invenção e propagação de inverdades a respeito de uma pessoa ao ponto que sua reputação fique prejudicada e outras pessoas passem também a ter falsos juízos a respeito dela) - Para isso é necessário que saibamos interpretar as palavras das pessoas quando comentam sobre as outras e a conhecer as "duas faces" da "história";

d) Maledicência (destruir por vontade própria a reputação do próximo);

e) Fanfarronice (faltar com a verdade) e ironia (modo de exprimir-se em que se diz o contrário do que se pensa ou sente);

f) Mentira (dizer o que é falso com a intenção de enganar);

O Catecismo menciona como pecado contra o oitavo mandamento a quebra de sigilos profissionais.

9. Não desejar a mulher do próximo e não cobiçar as coisas alheias: 

Não desejar a mulher do próximo: Este pecado pode ser evitado ou corrigido através da purificação do coração e a prática da temperança (moderação dos instintos). Isso se faz com a oração, a prática da castidade e da pureza da intenção e do olhar.

Da mesma forma, não sejam as mulheres casadas ou solteiras causa de desejo aos homens. Vistam-se e comportem-se de maneira apropriada pois o pudor preserva a intimidade da pessoa. Não se deve mostrar aquilo que deve ficar escondido.

Este mandamento menciona qualquer desejo por outra mulher, principalmente a do próximo, ainda que seja apenas com um olhar.

Aos homens solteiros pede-se que busquem nas mulheres solteiras a pessoa com quem gostariam de se casar, para que possam admirá-las com respeito e retidão e ter relacionamentos puros, baseados no espírito cristão.

10. Não cobiçar as coisas alheias: 

Este mandamento exige banir a inveja do coração humano. Designa o desejo pelas coisas dos outros. Não é pecado desejar obter as coisas que pertencem aos outros através de uma maneira justa.

A inveja é um vício capital (gera outros vícios) e é, segundo Santo Agostinho, "o pecado diabólico por excelência." Dela vêm o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria à desgraça alheia, e o desprazer com a prosperidade dos outros.

O cristão deve combater este pecado através da benevolência, humildade e do abandono nas mãos da Providência divina.

O desapego aos bens materiais é necessário para entrar no Reino dos Céus.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FIDELIDADE AO SENHOR



Papa na Santa Marta: "A fidelidade ao Senhor não se negocia"


O Papa Francisco na missa desta segunda-feira, na Casa de Santa Marta, denunciou o espírito mundano que tudo negocia e reafirmou que só o Senhor nos pode salvar do pensamento único globalizado.

Partindo da Leitura do Livro dos Macabeus, o Santo Padre refletiu sobre a raiz perversa do mundano.

Os chefes do povo - explicou - não queriam que Israel fosse isolada das outras nações e, assim, abandonaram as suas próprias tradições para negociarem com o rei. Ou seja, não negociam os seus valores, mas acabam por negociar aquilo que é ainda mais importante, que é a sua fidelidade ao Senhor:

Esta é uma contradição: não negociamos os valores, mas a fidelidade. E este é mesmo o fruto do demônio, do príncipe deste mundo, que nos faz avançar com o espírito do mundano. E depois temos as consequências. Tomaram os hábitos dos pagãos e, mais à frente, o rei prescreveu que em todo o seu reino todos fossem um só povo e cada um abandonasse as suas tradições. Não é a bela globalização da unidade de todas as nações, em que estão unidas e cada uma tem as suas tradições, mas é a globalização da uniformidade hegemônica, é precisamente o pensamento único. E este pensamento único é fruto do mundano.

E foi assim que o povo – continuou o Santo Padre – adequou-se às ordens do rei, aceitou o seu culto e profanou o sábado. Negociaram a sua fidelidade... Mas o Senhor é fiel ao seu povo e salva-nos deste espírito:

Esta gente negociou a fidelidade ao seu Senhor; esta gente movida pelo espírito do mundo, negociou a própria identidade, negociou a pertença a um povo que Deus ama tanto, que Deus quer como seu povo.

Mas aquilo que nos consola é que perante este caminho que faz o espírito do mundo, o caminho de infidelidade... está sempre o Senhor, que não pode renegar a si mesmo, o Fiel: Ele sempre nos espera e nos perdoa quando nós, arrependidos por qualquer passo, O procuramos. Com o espírito de filhos da Igreja, rezemos ao Senhor para que com a Sua bondade, com a sua fidelidade nos salve deste espírito mundano que negocia tudo; que nos proteja e nos faça andar para a frente, como fez caminhar o Seu povo no deserto, levando-o pela mão, como um pai leva o seu menino. Na mão do Senhor estamos seguros.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PAPA FALA SOBRE AS PROPINAS



As propinas nos tiram a dignidade, disse Papa Francisco em homília na casa de Santa Marta.


Papa Francisco celebrou Missa, na manhã desta sexta-feira, na Capela da Casa Marta, onde reside no Vaticano, durante a qual pronunciou uma breve homilia aos presentes.

Em sua meditação, o Santo Padre comentou a parábola do administrador desonesto, falando do espírito do mundo, do mundanismo, de como este mundanismo age e de como é perigoso. De fato, Jesus rezou ao Pai para que seus discípulos não caíssem no mundanismo, nas mãos do inimigo.

Quando pensamos em inimigo, pensamos logo no demônio, porque é precisamente ele a causa do mal. A atmosfera do mundanismo agrada muito ao demônio. E o administrador desonesto da parábola é um verdadeiro exemplo de mundanismo. Mas, o patrão elogia a sua esperteza, disse o Papa:

“È bem assim: este é um louvor à propina. Este é um costume de propina, um costume mundano e altamente pecador. Porém, se trata de um costume que não vem de Deus. Deus nos pede para levar o pão para casa com o suor do nosso trabalho honesto”.

Este homem administrador da Liturgia de hoje levava o pão para casa. Mas, como? Ele dava de comer “pão sujo” aos seus filhos. Ele havia perdido a sua dignidade; cometeu um grave pecado. Desta forma, afirmou o Bispo de Roma, o costume de propinas torna-se uma dependência, uma esperteza mundana. E concluiu com uma exortação:

“Hoje, seria bom que todos nós pudéssemos rezar pelas inúmeras crianças e jovens que recebem “pão sujo” de seus pais. Eles são famintos de dignidade! Rezemos para que o Senhor mude os corações de tais devotos da deusa propina e percebam que a dignidade vem do trabalho digno e honesto”.

Papa Francisco terminou sua meditação dizendo: “Esta pobre gente, que perdeu a dignidade com a prática das propinas, leva consigo, não apenas o dinheiro ganho, mas a falta de dignidade. Rezemos por eles! (MT)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FINADOS



Finados é dia de reflexão, de saudade e esperança


“Nada mais horrível que um eterno-retorno” (Sto Agostinho). 

Vemos assim que a morte não se opõe à vida, mas ao nascimento. 
A vida humana será sempre uma “vida mortal”, só na eternidade teremos uma “vida vital”.O dia de finados, é dia de reflexão, de saudade e de esperança.
E então, a morte é um bem, uma manifestação da sabedoria do Criador. 
A morte é ainda assunto-tabu, recalcado, silenciado. Preferimos viver como se a morte não existisse. Mas, na sociedade atual a morte é também trivializada com as guerras, calamidades, eutanásia, aborto, acidentes com auxílio da mídia. 
Há os que preferem fazer da morte uma experiência soft, é a “morte-soft”, relegada aos hospitais, funerárias e religiões. 
Aí a morte é maquiada, relativizada pelas instituições, chamada também de “morte digna”. Muitos de nós vivemos uma “vida inautêntica”, uma existência falsa porque não nos permitimos refletir e aceitar a morte.

A dura realidade é que a morte faz parte da vida, é o fim do curso vital, é uma invenção da própria vida em sua evolução. Morrer é uma experiência profundamente humana. Aliás, é a morte que confere um certo gosto e encanto à vida, pois se tudo fosse indefinidamente repetível, a vida se tornaria indiferente, insossa e até desesperadora. 

Para os que crêem na eternidade, a morte é porta de entrada da vida, o acesso a uma realidade superior, a posse da plenitude. Assim a morte é um ganho, verdadeira libertação, uma bênção que livra a vida do tédio. Porém, do ponto de vista racional ou filosófico, a morte repugna. Budha escreveu: 
“O homem comum pensa com indiferença na morte de um estranho, com tristeza na morte de um parente e com horror na própria morte”. Outro pensador, Epiteto, disse: “Quando morre o filho ou a mulher do próximo, todos dizem: é a lei da humanidade. Mas, quando morre o próprio filho ou a própria mulher, o que se ouve são gemidos, gritos e lágrimas”.

A ressurreição de Jesus trouxe uma revolução em relação à morte, transformou o “poente em nascente”, Cristo “matou a morte”. Bem escreveu o poeta Turoldo: “morrer é sentir quanto é forte o abraço de Deus”. O fim transforma-se em começo e acontece um segundo nascimento, a ressurreição. 
“Então, descansaremos e veremos. Veremos e amaremos. Amaremos e louvaremos. Eis o que haverá no Fim que não terá fim” (Sto Agostinho). A fé nos garante que a morte não é uma aniquilação da vida, mas uma transformação. O homem vive para além da morte. Não precisa reencarnar. 
Creio na ressurreição da carne e no mundo que há de vir. A morte será então a maior festa da vida porque com ela dá-se o início da plena realização da pessoa humana. Habitaremos com Deus com um corpo incorruptível, espiritual e glorioso.

Com Santa Terezinha, todo cristão pode dizer: “Não morro, entro na vida”.  
A morte não é apenas um fim, ela é também e principalmente um começo. É o início do dia sem ocaso, da eternidade, da plenitude da vida. A vida é imortal espiritualmente falando. 
Na morte chegamos a ser plenamente “ Teu rosto Senhor é nossa pátria definitiva”. 
No céu veremos, amaremos, louvaremos, diz Santo Agostinho. A participação na vida divina faz brotar em nossos corações, assombro e gratidão. Sem fé, porém a morte é absurdo, inimigo, derrota, ameaça, humilhação, tragédia, vazio, nada. Na fé, a morte é irmã, é condição para mais vida, é coroamento e consumação; é revelação e glória do bem.

Por fim, a morte tem um valor educativo: ensina o desapego da propriedade privada, iguala e nivela todas as classes sociais, relativiza a ambição e ganância, ensina a fraternidade universal na fragilidade da vida, convida à procriação para eternizar a vida biológica, rompe o apego a circuito fechado entre as pessoas mesmo no matrimônio, leva ao supremo conhecimento de si e oportuniza a decisão máxima e a opção fundamental da pessoa.

Para morrer bem, é preciso viver fazendo o bem: “levaremos a vida que levamos”.  
O bem é o passaporte para a eternidade feliz e o irmão que ajudamos será o avalista de nossa glória no céu: “Vinde benditos”.

Fonte: Dom Girônimo Zanandréa

terça-feira, 29 de outubro de 2013

JUVENTUDE



Dia Nacional da Juventude

Todos os anos, a Igreja Católica dedica um dia para lembrar o papel e a importância dos jovens na continuidade da missão religiosa: o Dia Nacional da Juventude (DNJ).

Com o tema “Juventude e missão” e o lema, “Jovem: levante-se, seja fermento!”, o DNJ e lembrado em muitas dioceses do país no último domingo de outubro, portanto foi comemorando em muitos lugares ontem, domingo; em outras dioceses será no próximo domingo, dia 3 de novembro.

De acordo com o Assessor da Comissão Episcopal de Pastoral para a Juventude, Padre Antônio Ramos do Prado, SDB, conhecido pelos jovens como Padre Toninho, o DNJ deste ano tem a intenção de fazer com que a juventude reflita sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2013 e a realidade em que vivem.

“A proposta do DNJ é celebrar a caminhada da vida e ações de evangelização que os jovens realizaram ao longo do ano. O segundo enfoque é que durante os meses de setembro, outubro e novembro os jovens se reúnam em torno do subsídio para aprofundar uma temática (a maioria das temáticas estão ligadas a Campanha da Fraternidade)”, afirmou.

O Assessor da Comissão Pastoral para Juventude acrescentou, ainda, que nesse ano a temática está mais ligada a dimensão missionária: “Os jovens são convidados a realizar missões populares nas paróquias, presídios, escolas, hospitais, etc.”.

No Rio de Janeiro, seu foi sede da JMJ no último mês de julho a DNJ será comemorado no próximo fim de semana. Na cidade maravilhosa o dia contará com momentos de oração, celebração eucarística presidida por Dom Orani Tempesta, muita música, Adoração Eucarística, pregação e testemunhos de jovens missionários. Este ano uma Feira Missionária será montada durante o evento, movimentos, novas comunidades e pastorais divulgarão seus trabalhos missionários para a juventude, para que cada jovem possa conhecer as distintas realidades. A juventude também encontrará espaços para aconselhamento e confissões.

Sobre as atividades que envolvem a juventude no Rio, após a JMJ, eis o que nos disse o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. (SP)

sábado, 19 de outubro de 2013

CATÓLICO É CATÓLICO




"Não Existe Católico Praticante....Existe Católico"


Até mesmo porque Católico que é Católico, Professa sua Fé à Defende se preciso for, Vive em comunhão com Deus e a Igreja, e principalmente nunca se volta contra Ela!
Católico que é Católico nunca compartilha posts protestantes, até mesmo porque conhece a história da Igreja e entende o quão má são as intenções protestantes, e que eles Visam apenas a destruição da Igreja de Cristo.
Portante não se engane com esses falsos sorrisos, com a aparente simpatia e atenção, porque no fundo, bem lá no fundo do "coração" a única coisa que os protestantes querem, é arranca-lo (a) da Igreja de Cristo, para arrastar sua Alma até o Inferno e desfilar ao seu lado, como se você fosse um troféu para eles, e de certa forma você acaba sendo, e isso é fato!!
Católico que é Católico vive verdadeiramente a sua FÉ e jamais a "fé" dos outros, não se vende por uma falsa liberdade e jamais se deixa seduzir com balelas protestantes, pois têm sua FÉ Cravada e Gravada na Igreja de Cristo, com Sucessão Apostólica e Tradição e nunca, jamais, baseada em um qualquer, tão pouco na leitura FUNDAMENTALISTA, do "eu acho"

"Não Existe Católico Praticante...Existe Católico."

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A NOVA EVANGELIZAÇÃO




A nova evangelização se faz mais com gestos do que com palavras, afirma o Papa

O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã, no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. Entre inúmeras funções, este organismo é responsável por organizar os eventos neste Ano da Fé que a Igreja está vivendo.

O Pontífice resumiu seu discurso em três pontos: a primazia do testemunho; a urgência de ir ao encontro; e o projeto pastoral centralizado no essencial.

Nova evangelização, disse o papa, significa despertar no coração e na mente de nossos contemporâneos a vida da fé, num tempo em que esta é considerada irrelevante na vida do homem. “A fé é um dom de Deus, recordou o Papa, mas é importante que os cristãos demonstrem vivê-la concretamente, através do amor, da concórdia, da alegria e do sofrimento. O coração da evangelização é o testemunho da fé e da caridade.”

Muitas pessoas se afastaram da Igreja. É errado atribuir as culpas a um lado ou a outro, ou melhor, não é o caso de falar de culpas. Como filhos da Igreja, devemos continuar o caminho do Concílio Vaticano II, espoliar-nos de coisas inúteis e danosas, de falsas seguranças mundanas que sobrecarregam a Igreja e prejudicam sua verdadeira face.

A crise da humanidade contemporânea, disse ainda Francisco, não é superficial, mas profunda. Por isso, a nova evangelização, enquanto nos chama a ter a coragem de ir contracorrente, só pode usar a linguagem da misericórdia, feita de gestos e de atitudes antes mesmo do que de palavras.

Esses gestos e atitudes levam ao segundo ponto: o dinamismo de ir ao encontro dos outros. “A nova evangelização é um movimento renovado dirigido a quem perdeu a fé e o sentido profundo da vida. A Igreja e cada cristão é chamado a ir ao encontro dos outros, a dialogar com os que não pensam como nós. Podemos ir ao encontro de todos sem medo e sem renunciar à nossa pertença.”

De modo especial, ressaltou o Pontífice, a Igreja é enviada a despertar a esperança sobretudo onde existem condições existenciais difíceis, às vezes desumanas, onde a esperança não respira. A Igreja é a casa em que as casas estão sempre abertas.

Todavia, advertiu o Papa falando terceiro e último aspecto, todo este dinamismo não pode ser improvisado. Exige um compromisso comum para um projeto pastoral que evoque o essencial, ou seja, Jesus Cristo.

Não é preciso disperde-se em tantas coisas secundárias ou supérfluas, mas concentrar-se sobre as realidade fundamentais, que é o encontro com Cristo, com a sua misericórdia, com o seu amor e o amar os irmãos como Ele nos amou. Um projeto animado pela criatividade e pela fantasia do Espírito Santo, que nos leva a percorrer novos caminhos, sem nos fossilizar!

Devemos nos questionar como é a pastoral de nossas dioceses e paróquias, disse o Papa, destacando a importância da catequese como momento da evangelização para combater o analfabetismo dos nossos dias em matéria de fé.

Várias vezes lembrei de um fato que me impressionou no meu ministério: encontrar crianças que não sabiam nem mesmo fazer o sinal da Cruz! Os catequistas desempenham um serviço precioso para a nova evangelização, e é importante que os país sejam os primeiros catequistas, os primeiros educadores à fé na própria família com o testemunho e com a palavra.

domingo, 13 de outubro de 2013

SEITAS - A Sucessão Batista e o "Rastro de Sangue"


SEITAS


Algumas igrejas batistas dizem que elas são descendentes diretas de certos grupos heréticos do passado. Por isso seriam as "verdadeiras igrejas de Cristo". Pretendem, inclusive, traçar sua origem até João, o batista. Seu principal fundamento é um livreto de 56 páginas chamado "O Rastro de Sangue", de autoria de J.M. Carrol, de 1931.
O autor tenta provar que grupos heréticos do passado, como os Montanistas, Novacionistas, Donatistas, Paulicianos, Albigenses, Cátaros, Valdenses e Anabatistas eram os batistas do passado, e que foram perseguidos pelos católicos e desapareceram. Pelo fato de não existirem qualquer evidências destas alegações, alegam que a Igreja Católica tratou de apagar do mapa as evidências.

O curioso é que os teólogos batistas rejeitam esta idéia como absurda e infundada. Apesar disso alguns batistas continuam a difundir tal idéia (são chamados de "batistas lendários"), para o embaraço da maioria dos protestantes batistas.

Mas vamos rapidamente examinar cada um destes grupos:

Montanistas: rejeitavam os segundos casamentos, mesmo após a morte do primeiro cônjuge. Negavam o perdão dos pecados, tornando-se um movimento sem esperança.

Novacianistas: diziam que nenhum pecado deveria ser perdoado após o batismo. Também proibiam os segundos casamentos. Novaciano proclamou a si mesmo bispo e foi excomungado.

Donatistas: a verdadeira igreja deveria ser composta apenas por eleitos e que os batismos somente eram válidos se feitos por um donatista.

Paulicianos: criam na pluralidade de deuses, dizendo que toda matéria era má, rejeitavam o Antigo Testamento e a encarnação, e ainda diziam que Jesus era um anjo. Não honravam a cruz por acharem que Jesus não foi crucificado.

Albigenses: criam em dois deuses, um bom e um mal. Rejeitavam todos os sacramentos, declaravam ser pecado casar. Eram sexualmente permissivos. A gravidez deveria ser evitada e o aborto era encorajado.

 Cátaros: seguiam todas as heresias dos albigenses.

 Valdenses: diziam que a Igreja não deveria possuir bem algum e proibiam o dízimo. Curiosamente, acreditavam na Sagrada Eucaristia e no Corpo de Cristo.

Anabatistas: praticavam a poligamia e o comunismo. Condenavam as promessas como pecaminosas. Foram fundados por Thomas Munser em 1521. Somente este fato desbanca a alegação batista de antiguidade.

 Observando as "peculiaridades" destes grupos, porque será que alguém ainda vai querer reclamar ser um ancestral de qualquer um deles?

 Jesus prometeu que sua Igreja iria permanecer para sempre (Mt 16,18). O que você acha, então, que Ele esteve fazendo com Sua Igreja ao longo de todos esses séculos? Por acaso Ele estaria brincando com Sua criação, levando-a de heresia em heresia, ora para os montanistas, ora para os valdenses, e assim por diante? Tal pensamento é ridículo, não é mesmo? Pois bem, Ele fez exatamente o que prometeu. Edificou sua Igreja e a sustentará até o final dos tempos, e esta é a Santa Igreja Católica.

 Onde estão as evidências dos protestantes? Se existissem desde o tempo de João Batista, os livros de história especializados estariam cheios de referências, ou pelo menos algo afim. Os escritores da época dos pais da Igreja, os historiadores de sua época, não fazem referência alguma, mínima, sobre esse assunto. O mais interessante, e repudiante para os protestantes, é que estes mesmos escritos falam o nome da Igreja Católica amplamente, dezenas, centenas de vezes. Nos escritos de Santo Agostinho, por exemplo, em quem muitos protestantes acham que extraem suas doutrinas, a Igreja Católica é citada pelo nome cerca de 300 vezes.

Talvez a mais famosa referência seja a da carta de Santo Inácio de Antioquia ao povo de Esmirna, no longínquo ano de 106 d.C. Vale lembrar que Inácio era um padre apostólico, o que significa dizer que em sua vida ele conheceu alguns apóstolos de Cristo.

 Deves seguir a palavra do bispo, assim como Jesus Cristo seguiu a palavra do Pai; siga o presbítero como a um apóstolo, respeite os diáconos como aos mandamentos de Deus. Que nada façam à Igreja sem o conhecimento do bispo. Que a celebração da Eucaristia seja válida quando celebrada pelo bispo ou por quem este designar. Onde estiver o bispo, esteja o povo, assim como onde está Jesus Cristo, está a Igreja Católica. Não é permitido casar-se ou batizar sem a autorização do bispo; mas tudo o que ele aprovar agrada a Deus. Com isso tudo que fizeres será valioso e uma prova contra o mal.

 Inácio de Antioquia, Carta aos Esmirnenses, 8, 106 d.C.

Para finalizar, somente a título de curiosidade, citaremos alguns escritos clássicos onde a Igreja Católica é citada nominalmente, notando que todas as datas são anteriores ao século 7.

Inácio, Carta aos Esmirnenses 8:1-2. J65 106 DC
O Martírio de São Policarpo 16:2. J77, 79, 80a, 81a, 155 DC
Clemente de Alexandria, Stromateis 7:17:107:3. J435 202 DC
Cipriano, A Unidade da Igreja Católica 4-6. J555-557 251 DC
Cipriano, Carta a Florêncio 66:69:8. J587 254 DC
Lactâncio, Instituições Divinas 4:30:1. *J637 304 DC
Alexandre de Alexandria, Cartas 12. J680 324 DC
Atanásio, Carta sobre o Concílio de Nicéia 27. J757 350 DC
Atanásio, Carta a Serapião 1:28. J782 359 DC
Atanásio, Carta ao Concílio de Rimini 5. J785 361 DC
Cirilo de Jerusalém, Leituras Catequéticas 18:1. J836-*839
Dâmaso, Decreto de Dâmaso 3. J910u 382 DC
Agostinho, Carta a Vincente o Rogatista 93:7:23. J1422
Agostinho, Carta a Vitalis 217:5:16. J1456 427AD
Agostinho, Com. Salmos 88:2:14, 90:2:1. J1478-1479 418 DC
Agostinho, Sermões 2, 267:4. *J1492, *J1523 430 DC
Agostinho, Sermão aos Catecúmenos sobre o Credo 6:14. J1535
Agostinho, A Verdadeira Religião 7:12+. *J1548, *J1562, J1564
Agostinho, Contra a carta de Mani 4:5. *J1580-1581
Agostinho, Instrução Cristã 2:8:12+. *J1584, J1617
Agostinho, Batismo 4:21:28+. J1629, J1714, J1860a, J1882
Agostinho, Contra os Pelagianos 2:3:5+. *J1892, *J1898

Como bem ensinou John Henry Newman, "aprofundar-se na história é renunciar ao protestantismo".

Traduzido para o Veritatis Splendor por Rondinelly Ribeiro Rosa.

sábado, 12 de outubro de 2013

CÍRIO DE NAZARÉ



Francisco: "Círio de Nazaré, testemunho dos genuínos valores paraenses"


Dom Giovanni D'Aniello, Núncio Apostólico no Brasil, enviou a Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, a mensagem do Santo Padre, por ocasião do Círio de Nazaré 2013.

“Sua Santidade o Papa Francisco saúda com particular afeto os romeiros que, neste ano de 2013, comemoraram a festa do Círio de Nazaré em Belém do Pará, e os encoraja a serem sempre testemunhas dos genuínos valores evangélicos na sociedade paraense, como discípulos-missionários de Jesus, pois, a exemplo de quanto afirmou na sua recente visita apostólica ao Brasil, por ocasião da XXVII Jornada Mundial da Juventude, "não podemos ficar fechados na paróquia, nas comunidades, na nossa instituição paroquial ou na instituição diocesana, quando há tanta gente esperando o Evangelho!”.

“Mas sair... enviado. Não se trata simplesmente de abrir porta para que venham, para acolher mas de sair porta afora para procurar e encontrar (Papa Francisco, homilia, 27.07.2013). Com estes votos, e sob o olhar misericordioso da Santíssima Virgem, o Santo Padre concede a todos que tomamos parte das celebrações do Círio de Nazaré, como penhor de constante assistência divina, a imploração da benção apostólica”.

A mensagem é assinada pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado.

Círio

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias.

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é experiência de fé, mas é também fonte de solidariedade. Boa parte da arrecadação da Festa é investida nas Obras Sociais da Paróquia de Nazaré (Ospan), desenvolvidas nas sete comunidades que compõem a sua área territorial. Milhares de pessoas são beneficiadas anualmente em seus projetos de atendimento laboratorial, distribuição de sopa e creches infantis.

Cuidando também dos pequenos, as Obras atendem a mais de 500 crianças por meio das creches Sorena, Casulo (Santo Antônio Maria Zaccaria) e Cantinho São Rafael (Casa de Nazaré).
(CM)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

IGREJA NÃO É UM GRUPO DE ELITE.



Audiência: "A Igreja não é um grupo de elite, mas a casa de toda a humanidade"

Milhares de fiéis e peregrinos, mais de 80 mil, lotaram a Praça S. Pedro desde as primeiras horas da manhã para participar da Audiência Geral com o Papa Francisco – a 20ª de seu pontificado.

Antes das 10h, o Pontífice já estava na Praça, com o seu jipe, para receber e retribuir o carinho dos fiéis, apesar da chuva que caiu naquele momento. De fato, ao tomar a palavra, o Papa parabenizou a “coragem” dos presentes frente a este mau tempo. Na catequese sobre o Credo neste Ano da Fé, o Papa discorreu sobre uma das características da Igreja, a catolicidade.

Confessamos que a Igreja é católica, primeiro porque a todos oferece a fé por completo. A Igreja nos faz encontrar a misericórdia de Deus, que nos transforma. Nela está presente Jesus Cristo, que lhe dá a verdadeira confissão de fé, a plenitude da vida sacramental, a autenticidade do ministério ordenado. Na Igreja, como acontece numa família, encontramos tudo o que nos permite crescer, amadurecer e viver como cristãos. Não se pode caminhar e crescer sozinhos, mas sim em comunidade.

Ir à Igreja, disse o Santo Padre, não é como ir ao estádio para ver um jogo de futebol ou ir ao cinema. É preciso nos interrogar sobre como acolhemos os dons que a Igreja oferece: “Participo da vida da comunidade ou me fecho nos meus problemas, isolando-me? Nesse sentido a Igreja é católica porque é a casa de todos. Todos são filhos da Igreja.

Em segundo lugar, a Igreja é católica, porque é universal, espalhada em todas as partes do mundo.

A Igreja não é um grupo de elite, não diz respeito somente a algumas pessoas, a Igreja não faz restrições. Ela é enviada à totalidade do gênero humano e está presente em todo o lado mesmo na menor das paróquias, porque também ela é parte da Igreja universal, tem a plenitude dos dons de Cristo, vive em comunhão com o Bispo, com o Papa e está aberta a todos sem distinção. A igreja não está somente na sombra do nosso campanário, mas abraça uma vastidão de pessoas, de povos que professam a mesma fé. Todos estamos em missão, temos que abrir as nossas portas e sair para anunciar o Evangelho.

Por fim, a Igreja é católica, porque é a casa da harmonia. Nela, se conjugam numa grande riqueza unidade e diversidade; como numa orquestra, onde a variedade dos instrumentos não se contrapõe, assim na Igreja, há uma variedade que se deixa harmoniosamente fundir na unidade pelo Espírito Santo.

Esta é uma bela imagem. Não somos todos iguais e não devemos sê-lo. Todos somos diferentes, cada um com as próprias qualidades. E esta é a beleza da Igreja. Cada um contribui com aquilo que Jesus deu para enriquecer um ao outro. É uma diversidade que não entra em conflito, não se contrapõe. Onde há intriga, não há harmonia. É luta. Jamais devemos falar mal uns dos outros. Aceitemos o outro, aceitemos que exista uma justa variedade. A uniformidade mata a vida, os dons do Espírito Santo. Peçamos a ele que nos torne sempre mais católicos, ou seja, universais.

Ao cumprimentar os peregrinos de língua portuguesa, o Pontífice saudou de modo especial os fiéis de duas paróquias do Rio de Janeiro e de São José dos Campos e os religiosos brasileiros em Roma.

A seguir, recordou que após a visita, um ano atrás, de Bento XVI ao Líbano, a língua árabe foi inserida na Audiência Geral, para expressar a todos os cristãos do Oriente Médio a proximidade da Igreja. E pediu, novamente, que rezemos pela paz no Oriente Médio: na Síria, no Iraque, no Egito, no Líbano e na Terra Santa, “onde nasceu o Príncipe da Paz, Jesus Cristo”.

Dirigindo-se aos bispos da Conferência Episcopal regional do norte da África, Francisco os encorajou a "consolidarem as relações fraternas com os irmãos muçulmanos".

Ao saudar os Bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia, o Pontífice mais uma vez expressou sua solidariedade na oração e na dor pelos muitos filhos dessas terras que perderam a vida na tragédia de Lampedusa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"FUGIR DE DEUS"



"Fugir de Deus é uma tentação cotidiana. Às vezes, os afastados o escutam melhor"

“Deixemos que Deus escreva a nossa vida”: foi esta a exortação feita pelo Papa esta manhã na Missa na Casa Santa Marta. Francisco centrou sua reflexão nas figuras de Jonas e do Bom Samaritano.

“Jonas serviu o Senhor, rezou muito e fez o bem, mas quando o Senhor o chamou, ele fugiu. Ele tinha a sua história já escrita e não queria ser incomodado. O Senhor o enviou a Nínive e ele “tomou um navio para a Espanha, fugindo do Senhor”. Assim começou o Papa em sua homilia:

“Todos podemos fugir de Deus! Não escutar Deus, não sentir no coração a sua proposta, o seu convite, é uma tentação cotidiana. Pode-se fugir diretamente ou de outras maneiras, um pouco mais educadas, mais sofisticadas...”

O Papa citou o episódio do sacerdote que passava pela rua - um sacerdote bem vestido, digno - e viu um homem moribundo, jogado no chão. Ele olhou e pensou “vou chegar tarde para a missa” e continuou seu caminho. "Não ouviu a voz de Deus, ali".

Em seguida, foi a vez do levita passar e ignorar, temendo que o homem fosse morto e ele fosse obrigado a testemunhar diante do juiz. “Ele também fugiu da voz de Deus”, disse o Papa, acrescentando que “somente teve a capacidade de entender a voz de Deus aquele que fugia constantemente dele: o pecador, o samaritano, que mesmo afastado de Deus, ouviu a sua voz e se aproximou”.

O samaritano, observou, “não era acostumado a práticas religiosas, à vida moral, mas todavia, ele entendeu que Deus o chamava e não fugiu. Se aproximou, curou suas feridas com óleo e vinho, colocou o homem em seu cavalo, o levou a seu albergue e cuidou dele. Perdeu toda a sua noite”.

“O sacerdote chegou a tempo para a Santa Missa; o levita teve um dia tranquilo e não teve que ir ao juiz... e por que Jonas fugiu de Deus? Por que o sacerdote fugiu de Deus? Por que o levita fugiu de Deus? Porque seus corações estavam fechados, não podiam ouvir a voz de Deus. Ao contrário, um samaritano que passava ‘viu e teve compaixão’: tinha o coração aberto, era humano”.

“Jonas – frisou o Papa – tinha um projeto em sua vida: queria escrever a sua história, assim como o sacerdote e o levita. O pecador, por sua vez, “deixou que Deus a escrevesse: mudou tudo aquela noite, porque o Senhor lhe levou aquele pobre homem, ferido e jogado na rua”.

“Agora eu me pergunto e pergunto a vocês: nós deixamos que nossa vida seja escrita por Deus ou queremos nós escrevê-la? Somos dóceis à Palavra de Deus? Temos capacidade para encontrar a Palavra de Deus na história todos os dias, ou deixamos que a surpresa do Senhor nos fale?”

Francisco concluiu pedindo que possamos ouvir a voz do Senhor, a Sua voz, que nos diz “Vá e faça assim!”.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO



Sob o signo de Francisco


Foi muito movimentada a semana. Os oito cardeais, membros do agora “conselho permanente” do Papa, se reuniram com ele durante três dias. Em seguida, o Papa Francisco se sentiu na obrigação de visitar Assis, a terra do primeiro Francisco. E precedendo a estes episódios todos, saiu a nova entrevista, desta vez concedida a um ateu professo, diretor do jornal italiano La Repubblica.

Diante deste contexto, parece clara a advertência do Evangelho sobre os “sinais dos tempos”. Se somos capazes de pressentir a chuva, como não perceber que em Roma está se armando um tempo, sujeito a relâmpagos e trovoadas, prometendo bem mais que uma chuva passageira.

Pelos sinais emitidos, aos poucos o Papa Francisco, com firmeza e convicção, vai direcionando suas propostas de mudanças, que prometem ser urgentes e amplas.

A começar pela decisão de dar perenidade ao “conselho de consultores”. Antes de sua primeira reunião, este “Conselho” foi elevado à categoria de órgão permanente, com a finalidade de assessorar o Papa no governo da Igreja.

Para entender o alcance desta medida, é bom relacioná-la com o tempo de Paulo VI, logo após o Concílio. Eram insistentes as recomendações, no sentido de que o Papa criasse um “conselho de cardeais”, para ajudá-lo a implementar as orientações do Concílio. Mas Paulo VI, por sua natural timidez, não criou este “conselho”. Agora o Papa Francisco, por clara decisão tomada e publicada nestes dias, criou esta nova instância do governo eclesial, dando-lhe caráter definitivo, com possibilidade de agregar outras incumbências, e com o número dos seus componentes podendo ser adaptado de acordo com as circunstâncias.

Com isto, o Papa Francisco tem agora o instrumento para acionar as iniciativas que ele julgar oportunas.

Algumas delas, de certa maneira, já foram confidenciadas. Entre elas, sua disposição de abrir o diálogo com a modernidade. Era a grande intenção do Concílio Vaticano II. Cinquenta anos depois, esta disposição parece tomar forma concreta. Assim se expressa o Papa, de maneira clara e incisiva, diante de um interlocutor ateu:

“Os padres conciliares sabiam que abrir-se à cultura moderna significava ecumenismo religioso e diálogo com os não-crentes. Desde então foi feito muito pouco nesta direção. Tenho a humildade e a ambição de querer fazê-lo”.

Portanto, ele decidiu levar em frente o Concílio, que permanece referência indiscutível para a Igreja em nosso tempo.

Outra grande empreitada do Papa é abrir a Igreja para que ela perceba os problemas da humanidade, e os assuma de maneira solidária. Depois de comentar a situação em que vivem hoje os jovens, sem trabalho e sem futuro, e o abandono em que se encontram as pessoas idosas, ele afirma claramente que este problema precisa ser assumido pela Igreja: “Isto é o problema mais urgente que a Igreja tem pela frente.”

Portanto, o Papa quer uma Igreja aberta aos problemas que hoje a humanidade enfrenta. Esta decisão do Papa leva a outra, agora definida claramente. Diz respeito à Cúria Romana. Reconhecendo seus muitos valores, aponta o problema principal de que ela padece. No dizer do Papa, a Cúria Romana é muito “vaticano-cêntrica”... “vê e cuida dos interesses do Vaticano...e descuida do mundo que nos circunda”.

É uma análise pesada que o Papa faz da Cúria Romana. Diante disto, assume uma posição corajosa e firme, dizendo textualmente: “ Não compartilho com esta visão, e farei tudo para mudá-la”.

Assim, vão ficando claros os propósitos renovadores do Papa Francisco. Ele se mostra muito disposto a levá-los em frente, conforme revelou para o jornalista Eugênio Scalfari: “farei o que for possível para cumprir o mandato que me foi confiado”.

D. Demétrio Valentini

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MISSÃO DA IGREJA



As reflexões do Papa sobre a justiça no mundo e a missão da Igreja

Em seu diálogo com o jornalista e cofundador do jornal italiano La Reppublica, Eugenio Scalfari, publicado ontem, o Papa Francisco abordou o tema da justiça no mundo, e a missão da Igreja a respeito.

O Santo Padre destacou que "os males mais graves que afligem o mundo nestes anos sãoo desemprego dos jovens e a solidão dos idosos".

"Os idosos precisam de cuidado e companhia; os jovens precisam de trabalho e esperança, mas não tem um nem outro, e o problema é que eles sequer os buscam mais. Eles foram esmagados pelo presente".

"Você me diz: é possível viver esmagado sob o peso do presente? Sem uma memória do passado e sem o desejo de olhar adiante para o futuro para construir algo, um futuro, uma família? Você consegue ir adiante assim? Este, para mim, é o problema mais urgente que a Igreja enfrenta", disse Francisco.

Reconhecendo que este é um problema político e econômico, o Santo Padre assinalou que isso "também preocupa a Igreja, sobretudo a Igreja porque esta situação não fere somente os corpos, mas também as almas".

"A Igreja deve se sentir responsável tanto pelas almas como pelos corpos", remarcou.

O Santo Padre disse que "em geral, a consciência (da Igreja sobre este tema) existe, mas não basta. Quero que haja mais. Não é o único problema que enfrentamos, mas é o mais urgente e mais dramático".

Francisco recordou a seu interlocutor que o ágape "é o amor pelos outros, como Nosso Senhor pregou. Não é fazer proselitismo, é amar. Amar o próximo, aquele fermento que serve ao bem comum".

"O Filho de Deus se encarnou para infundir nas almas dos homens o sentimento de fraternidade.?Todos somos irmãos e todos somos filhos de Deus. Abba, como ele chamou o Pai. Mostrarei o caminho, ele disse. Siga-me e encontrará o Pai e será seu filho e ele se compadecerá de ti".

O Papa indicou que "o ágape, o amor de cada um de nós pelos outros, do mais próximo ao mais distante, é o modo que Jesus nos indicou para encontrar o caminho da salvação e das Bem-aventuranças".

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II, SANTOS EM 2014



João XXIII e João Paulo II serão santos em 27 de abril de 2014

Nesta segunda-feira, 30, Papa Francisco anunciou a data da canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII: 27 de abril de 2014, II Domingo de Páscoa, da Divina Misericordia.

A decisão foi tomada durante o consistório ordinário público convocado especialmente para aprovar as causas de canonização dos dois pontífices. 

A celebração teve início às 10h (horário de Roma), e contou com a presença dos cardeais presentes em Roma. Dentre eles, dois brasileiros: Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.

A decisão de unir no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores foi explicada pelo Papa Francisco, em julho passado, como uma mensagem para a Igreja, porque os "dois são bons, são dois bons".

Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978. Nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.

Em quase 27 anos de pontificado, João Paulo II escreveu 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas.

Em seu pontificado, fortaleceu a fé da Igreja promulgando o Catecismo da Igreja Católica. Promoveu um intenso itinerário de vida espiritual com o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia e o Jubileu do Ano 2000 e criou as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), aproximando a Igreja dos jovens. 

O primeiro milagre do Papa João Paulo II foi o da irmã francesa Marie Simon-Pierre, que ficou curada da doença de Parkinson. Com ele, teve início o processo de canonização de João Paulo II. O pontífice polonês foi proclamado beato pelo Papa emérito Bento XVI em 1º de maio de 2011, na Praça de São Pedro.

A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II no dia 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado do Papa em 1978.

Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa João XXIII, nasceu em 1881 na localidade de Sotto il Monte, Bergamo, onde foi pároco e professor no seminário, secretário do bispo e capelão do exército durante a I Guerra Mundial.

João XXIII iniciou a sua carreira diplomática como visitador apostólico na Bulgária, de 1925 a 1935; foi depois delegado apostólico na Grécia e Turquia, de 1935 a 1944, e Núncio Apostólico na França, de 1944 a 1953.

Em 1953, Angelo Roncalli foi nomeado Patriarca de Veneza e no dia 28 de outubro de 1958 foi eleito Papa, sucedendo a Pio XII. Aos 77 anos, em 1962, João XXIII, resolveu “arejar” a Igreja e inaugurou o Concílio Vaticano II. Morreu um ano depois. 

“O Papa bom” foi declarado beato por João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000. Seu processo de canonização tem uma particularidade considerada rara na história da Igreja: ficou isento do reconhecimento de um segundo milagre - condição necessária para que um beato seja elevado a santo. 

sábado, 28 de setembro de 2013

É para a liberdade que Cristo nos libertou CF-2014




Disponível material para a CF 2014

Os subsídios da Campanha da Fraternidade 2014 já estão disponíveis nas Edições CNBB. São diversos materiais como o manual, texto base, via sacra, celebrações ecumênicas, folhetos quaresmais, CD e DVD, banner, cartaz, entre outros. Com o objetivo de trabalhar os conteúdos da campanha nas escolas, foram produzidos também subsídios de formação voltados aos jovens do ensino fundamental e médio, além de encontros catequéticos para crianças e adolescentes.

O cartaz da CF 2014, que se encontra disponível para download, traz o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).

Entenda o significado do cartaz:

1- O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.

2- Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.

3- As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.

4- A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CAMINHO DA CATEQUESE




Qual é o caminho da catequese no Brasil?

O Congresso Internacional “O Catequista, testemunha da fé”, iniciado quinta-feira, 26, tem nesta sexta-feira uma de suas principais atividades, o encontro dos catequistas com o Papa Francisco, na Sala Paulo VI.

Neste Ano da Fé, convocado pelo Papa Emérito Bento XVI, o evento é ainda mais significativo porque “a peregrinação dos catequistas chama justamente a atenção para o fato que a catequese é a educação na fé”. Segundo o presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Jacinto Bergman, “a fé precisa ser educada e a catequese tem essa tarefa".

No Brasil, existem cerca de 800 mil catequistas, coordenados pela Comissão Nacional de Animação Bíblica Catequética, que anima o caminho alicerçada no Documento de Aparecida. Em entrevista, Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Uberaba, membro da Comissão, oferece à RV uma visão da Catequese no Brasil.

Com sua simplicidade e seu modo de ser e estar no meio do povo, Papa Francisco tem dado testemunho de conversão, de mudança do coração. Para Dom Paulo, esta nova realidade trará muitos benefícios para a caminhada de nossa Igreja no mundo. Ouça Dom Paulo clicando acima.
(CM)

CRISTÃO NÃO EVITAM A CRUZ




Papa: "Cristãos não evitam a Cruz, mas enfrentam humilhações com alegria e paciência"

Os cristãos dão uma boa prova de si quando “sabem enfrentar humilhações com alegria e paciência”. Papa Francisco ressaltou este aspecto da vida de fé na missa celebrada na manhã desta sexta, 27, na Casa Santa Marta. O Papa alertou novamente para a “tentação do bem-estar espiritual”, que pode nos impedir “de amar plenamente Jesus Cristo”.
Francisco desenvolveu seu pensamento a partir do Evangelho de Lucas, no trecho em que Jesus pergunta aos discípulos o que as pessoas falam Dele e o que eles próprios pensam, até a resposta de Pedro: “O Cristo de Deus”. “Esta pergunta é dirigida também a nós”, disse o Pontífice.

“Foi o Espírito Santo que tocou o coração de Pedro para dizer quem é Jesus. Se é o Cristo, o Filho de Deus vivo, é um mistério... Quem o pode explicar? Se cada um de nós, na oração, disser ao Senhor: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo”, Ele responderá “É verdade”.

"Jesus pede a Pedro que não revele sua resposta a ninguém e anuncia sua Paixão, morte e Ressurreição", disse o Papa, recordando a reação do chefe dos Apóstolos, descrita no Evangelho de São Mateus, que declara: “Isso não acontecerá jamais”. “Pedro – comentou ainda o Papa – se assusta, se escandaliza, como tantos cristãos que dizem: “Isto nunca vai acontecer!”. Este é o modo para “seguir Jesus, para conhecê-lo apenas até um certo ponto”:

“E esta é a tentação do bem-estar espiritual. Temos tudo: temos a Igreja, temos Jesus Cristo, os Sacramentos, a Virgem Maria, tudo, um bom trabalho para o Reino de Deus; somos bons, todos. Porque pelo menos temos que pensar isso, porque se pensar ao contrário é pecado! Mas não é o suficiente; com o bem-estar espiritual até um certo ponto. Como o jovem que era rico: ele queria ir com Jesus, mas até um certo ponto. Falta essa última unção do cristão, para ser um cristão realmente: a unção da cruz, a unção da humilhação. Ele se humilhou até à morte, morte de tudo. Esta é a pedra de comparação, a verificação da nossa realidade cristã: Eu sou um cristão de cultura do bem-estar? Eu sou um cristão que acompanha o Senhor até a cruz?

O sinal é a capacidade de suportar as humilhações”.
O escândalo da Cruz, no entanto, continua a bloquear muitos cristãos. Todos - constata Papa Francisco - querem ressurgir, mas “nem todos” pretendem fazê-lo pelo caminho da Cruz. E, ainda mais, se queixam das injustiças ou afrontas sofridas, comportando-se ao contrário do que Jesus fez e pede para imitar:

“A verificação se um cristão é um cristão realmente é a sua capacidade de suportar com alegria e paciência as humilhações, já que isso é algo que não gostamos... Há muitos cristãos que, olhando para o Senhor, pedem humilhações para se assemelhar a Ele. Esta é a escolha: o cristão do bem-estar - que vai para o Céu, certo de salvar-se! – ou o cristão próximo a Jesus, pela estrada de Jesus”.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ROSÁRIO DE SÃO MIGUEL ARCANJO




COMO REZAR O ROSÁRIO DE SÃO MIGUEL ARCANJO.

O rosário é constituído de nove contas, com três cada e quatro no final.

Método para rezar:

Junto á medalha, reza-se:

Deus vinde em nosso auxilio 
Senhor socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao PAI ...

Primeira Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos SERAFINS, para que o Senhor Jesus nos torne dignos de sermos abrasados de uma perfeita caridade. Amém. 
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao primeiro coro de Anjos

Segunda Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos QUEROBINS, para que o Senhor Jesus nos conceda a graça de fugirmos do pecado e procurarmos a perfeição cristã. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao segundo coro de Anjos

Terceira Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos TRONOS, para que Deus derrame em nossos corações o espírito de verdadeira e sincera humildade. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao terceiro coro de Anjos

Quarta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das DOMINAÇÕES, para que o Senhor nos conceda a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das nossas más paixões.
Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao quarto coro de Anjos

Quinta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das POTESTADES, para que o Senhor Jesus se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de Satanás e dos demônios. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao quinto coro de Anjos

Sexta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro admirável das VIRTUDES, para que o Senhor não nos deixe cair em tentação, mas que nos livre de todo o mal. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao sexto coro de Anjos

Sétima Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos PRINCIPADOS, para que o Senhor encha nossas almas do espírito de uma verdadeira e sincera obediência. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao sétimo coro de Anjos

Oitava Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos ARCANJOS, para que o Senhor nos conceda o dom da perseverança na fé e nas boas obras, a fim de que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao oitavo coro de Anjos

Nona Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os ANJOS, para que sejamos guardados por eles nesta vida mortal, para sermos conduzidos por eles à glória eterna do Céu. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao nono coro de Anjos

Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra de nosso Anjo da Guarda.
Um Pai Nosso em honra ao Anjo da Guarda das pessoas que nós ofendemos.


Antífona:
Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus. Amém.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.


Oração:
Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele, São Miguel, na presença da Vossa Poderosa e Augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém


Oração a São Miguel.

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas. Amém”.
CORAÇÃO SACRATÍSSIMO DE JESUS, TENDE PIEDADE DE NÓS (rezar 3 vezes)