quinta-feira, 30 de maio de 2013

MARIA É A MÃE DA IGREJA











“Eis aí tua Mãe.”: a Igreja sempre acreditou que estas palavras-testamento de Jesus do alto da cruz ao apóstolo e evangelista João, são para todos os discípulos de Jesus, de todos os tempos. Assim, desde o começo, os cristãos amam, veneram e a invocam como Mãe. A mãe de Jesus, verdadeiramente, é mãe do povo de Deus, Mãe da Igreja! A concepção virginal de Maria é um sinal de caráter gratuito da redenção. Esta se deve não à vontade da carne, nem à vontade do homem, mas a gratuita e livre iniciativa de Deus. O que a Igreja Católica Apostólica Romana crê acerca de Maria funda-se no que ela acredita a respeito de Cristo, o que a fé ensina sobre Maria é iluminada por sua fé em Cristo. E não há dúvida: o povo de Deus ama Nossa Senhora! Foi o amor e a devoção a ela, que, durante séculos, sustentou a fé de nosso povo, também onde não existia quase nenhuma presença Pastoral. Ela foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição (Imaculada Conceição). Ela permaneceu sempre virgem (Virgindade Perpétua) durante o nascimento de Jesus e durante toda a sua vida terrena. “A Imaculada Mãe de Deus, sempre virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma...” (Assunção ao Céu).Ela não teve outros filhos, pois qual seria o significado de Jesus entregá-la à João, o discípulo mais amado, aos pés da cruz? Jesus estava indo para a casa do Pai e José já havia morrido, logo, Maria ficaria sozinha. Se tivesse outros filhos, Jesus não poderia fazer isso.Foi o carinho para com a Mãe de Deus, que fez com que o povo inventasse para ela uma porção de nomes e imagens correspondentes. Cada nome é uma prova da certeza do povo de que Maria está presente em todos os momentos de sua vida; ou é uma lembrança dos lugares de maior devoção Mariana: N.sra. de Lourdes, de Fátima, de Guadalupe, etc. No Brasil, o povo escolheu como forma predileta de venerá-la, o nome de N.sra. Aparecida. A profecia da moça de Nazaré (“todas as gerações hão de me chamar de bem-aventurada”) tornou-se realidade! Como os apóstolos que nos dias, que antecederam ao dia de Pentecostes, reuniram-se com Maria. Queremos que Maria esteja junto da gente. Precisamos dela: como mãe e companheira de Caminhada

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PAPAS DA IGREJA





OS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA


2013              Papa Francisco ( 13/03/2013) O cardeal argentino Jorge Mari Bergoglio, 76 anos é nomeado novo papa da Igreja Católica.                                    
2005 - 2013  Bento XVI (19/04/2005)
1978 - 2005: João Paulo II (Karol Woityl78: João Paulo I (Albino Luciani)
1978 - 1978: João Paulo I (Albino Luciani)
1963 - 1978: Paulo VI (Giovanni Battista Montini)
1958 - 1963: João XXIII (Angelo Giuseppe  Roncalli)
1939 - 1958: Pio XII (Eugenio Pacelli)
1922 - 1939: Pio XI (Achille Ratti)
1914 - 1922: Bento XV (Giacomo Marchese della Chiesa)
1903 - 1914: Pio X (Giuseppe Sarto)
1878 - 1903: Leão XIII (Giocchino Vincenzo de Pecci)
1846 - 1878: Pio IX (Giovanni Conte Mastai-Ferretti)
1831 - 1846: Gregório XVI (Bartolomeo Cappellari)
1829 - 1830: Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni)
1823 - 1829: Leão XII (Annibale della Genga)
1800 - 1823: Pio VII (Luigi Barnaba Chiaramonti)
1775 - 1799: Pio VI (Giovanni Angelo Conte Braschi)
1769 - 1774: Clemente XIV (Lorenzo Ganganelli)
1758 - 1769: Clemente XIII (Carlo Rezzonico)
1740 - 1758: Bento XIV (Prospero Lambertini)
1730 - 1740: Clemente XII (Lorenzo Corsini)
1724 - 1730: Bento XIII (Pietro Francesco Orsini)
1721 - 1724: Inocêncio XIII (Michelangelo Conti)
1700 - 1721: Clemente XI (Giovanni Francesco Albani)
1691 - 1700: Inocêncio XII (Antonio Pignatelli)
1689 - 1691: Alexandre VIII (Pietro Ottoboni)
1676 - 1689: Inocêncio XI (Benedetto Odescalchi)
1670 - 1676: Clemente X (Emilio Altieri)
1667 - 1669: Clemente IX (Giulio Rospigliosi)
1655 - 1667: Alexandre VII (Fabio Chigi)
1644 - 1655: Inocêncio X (Giambattista Pamphili)
1623 - 1644: Urbano VIII (Maffeo Barberini)
1621 - 1623: Gregório XV (Alessandro Ludovisi)
1605 - 1621: Paulo V (Camillo Borghesi)
1605: Leão XI (Alessandro Ottaviano de Medici)
1592 - 1605: Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini)
1591: Inocêncio IX (Giovanni Antonio Facchinetti)
1590 - 1591: Gregório XIV (Niccolo Sfondrati)
1590: Urbano VII (Giambattista Castagna)
1585 - 1590: Sisto V (Felici Peretti)
1572 - 1585: Gregório XIII (Ugo Boncompagni)
1566 - 1572: Pio V (Michele Ghislieri)
1559 - 1565: Pio IV (Giovanni Angelo de Medici)
1555 - 1559: Paulo IV (Gianpetro Caraffa)
1555: Marcelo II (Marcelo Cervini)
1550 - 1555: Júlio III (Giovanni Maria del Monte)
1534 - 1549: Paulo III (Alessandro Farnese)
1523 - 1534: Clemente VII (Giulio de Medici)
1522 - 1523: Adriano VI (Adriano de Utrecht)
1513 - 1521: Leão X (Giovani de Medici)
1503 - 1513: Júlio II (Giuliano della Rovere)
1503: Pio III (Francesco Todeschini-Piccolomini)
1492 - 1503: Alexandre VI (Rodrigo de Bórgia)
1484 - 1492: Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo)
1471 - 1484: Sisto IV (Francesco della Rovere)
1464 - 1471: Paulo II (Pietro Barbo)
1458 - 1464: Pio II (Enea Silvio de Piccolomini)
1455 - 1458: Calisto III (Alfonso de Bórgia)
1447 - 1455: Nicolau V (Tomaso Parentucelli)
1431 - 1447: Eugênio IV (Gabriel Condulmer)
1417 - 1431: Martinho V (Odo Colonna)
1410 - 1415: João XXIII (Baldassare Cossa>
1409 - 1410: Alexandre V (Pedro Philargi de Candia)
1406 - 1415: Gregório XII (Angelo Correr)
1404 - 1406: Inocêncio VII (Cosma de Migliorati)
1389 - 1404: Bonifácio IX (Pietro Tomacelli)
1378 - 1389: Urbano VI (Bartolomeo Prignano)
1370 - 1378: Gregório XI (Pedro Rogerii)
1362 - 1370: Urbano V (Guillaume de Grimoard)
1352 - 1362: Inocêncio VI (Etienne Aubert)
1342 - 1352: Clemente VI (Pierre Roger de Beaufort)
1334 - 1342: Bento XII (Jacques Fournier)
1316 - 1334: João XXII (Jacques Duèse)
1305 - 1314: Clemente V (Bertrand de Got)
1303 - 1304: Bento XI (Nicolau Boccasini)
1294 - 1303: Bonifácio VIII (Bento Gaetani)
1294: Celestino V (Pietro del Murrone)
1288 - 1292: Nicolau IV (Girolamo Masei de Ascoli)
1285 - 1287: Honório IV (Giacomo Savelli)
1281 - 1285: Martinho IV (Simão de Brion)
1277 - 1280: Nicolau III (Giovanni Gaetano Orsini)
1276 - 1277: João XXI (Pedro Juliani)
1276: Adriano V (Ottobono Fieschi)
1276: Inocêncio V (Pedro de Tarantasia)
1271 - 1276: Gregório X (Teobaldo Visconti)
1265 - 1268: Clemente IV (Guido Fulcodi)
1261 - 1264: Urbano IV (Jacques Pantaleon de Troyes)
1254 - 1261: Alexandre IV (Reinaldo, conde de Segni)
1243 - 1254: Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi)
1241: Celestino IV (Gaufredo Castiglione)
1227 - 1241: Gregório IX (Hugo, conde de Segni)
1216 - 1227: Honório III (Censio Savelli)
1198 - 1216: Inocêncio III (Lotário, conde de Segni)
1191 - 1198: Celestino III (Jacinto Borboni-Orsini)
1187 - 1191: Clemente III (Paulo Scolari)
1187: Gregório VIII (Alberto de Morra)
1185 - 1187: Urbano III (Humberto Crivelli)
1181 - 1185: Lúcio III (Ubaldo Allucingoli)
1159 - 1180: Alexandre III (Rolando Bandinelli de Siena)
1154 - 1159: Adriano IV (Nicolau Breakspeare)
1153 - 1154: Anastácio IV (Conrado, bispo de Sabina)
1145 - 1153: Eugênio III (Bernardo Paganelli de Montemagno)
1144 - 1145: Lúcio II (Gherardo de Caccianemici)
1143 - 1144: Celestino II (Guido di Castello)
1130 - 1143: Inocêncio II (Gregorio de Papareschi)
1124 - 1130: Honório II (Lamberto dei Fagnani)
1119 - 1124: Calisto II (Guido de Borgonha, arcebispo de Viena)
1118 - 1119: Gelásio II (João de Gaeta)
1099 - 1118: Pascoal II (Rainério, monge de Cluny)
088 - 1099: Urbano II (Odo, cardeal-bispo de Óstia)
1086 - 1087: Vítor III (Desidério, abade de Monte Cassino)
1073 - 1085: Gregório VII (Hildebrando, monge)
1061 - 1073: Alexandre II (Anselmo de Baggio)
1058 - 1061: Nicolau II (Geraldo de Borgonha, bispo de Florença)
1058 - 1059: Bento X (João de Velletri)
1057 - 1058: Estevão IX (Frederico, abade de Monte Cassino)
1055 - 1057: Vítor II (Geraldo de Hirschberg)
1049 - 1054: Leão IX (Bruno, conde de Egisheim-Dagsburg)
1048: Dâmaso II (Poppo, conde de Brixen)
1046 - 1047: Clemente II (Suidgero de Morsleben)
1045 - 1046: Gregório VI (João Graciano Pierleone)
1033 - 1046: Bento IX (Teofilato de Túsculo)
1024 - 1032: João XIX (conde de Túsculo)
1012 - 1024: Bento VIII (conde de Túsculo)
1009 - 1012: Sérgio IV (Pietro Buccaporci)
1003 - 1009: João XVIII (João Fasano de Roma)
1003: João XVII (Giovanni Sicco)
999 - 1003: Silvestre II (Gerberto de Aurillac)
996 - 999: Gregório V (Bruno de Carínthia)
985 - 996: João XV (?)
983 - 984: João XIV (Pedro Canipanova)
974 - 983: Bento VII
972 - 974: Bento VI
965 - 972: João XIII (João de Nardi) 964: Bento V
963 - 965: Leão VIII
955 - 964: João XII
946 - 955: Agapito II
942 - 946: Marino II (ou Martinho III)
939 - 942: Estevão VIII
936 - 939: Leão VII
931 - 935: João XI
928 - 931: Estevão VII 9
28: Leão VI
914 - 928: João X (João de Tossignano, arcebispo de Ravena)
913 - 914: Lando
911 - 913: Anastácio III
904 - 911: Sérgio III
903 - 904: Cristovão
903: Leão V
900 - 903: Bento IV
898 - 900: João IX
897: Teodoro II
897: Romano
896 - 897: Estevão VI
896: Bonifácio VI
891 - 896: Formoso
885 - 891: Estevão V
884 - 885: Adriano III
882 - 884: Marino I (ou Martinho II)
872 - 882: João VIII
867 - 872: Adriano II
858 - 867: Nicolau I
855 - 858: Bento III
847 - 855: Leão IV
844 - 847: Sérgio II
827 - 844: Gregório IV
827: Valentim
824 - 827: Eugênio II
817 - 824: Pascoal I
816 - 817: Estevão IV
795 - 816: Leão III
772 - 795: Adriano I
768 - 772: Estevão III
757 - 767: Paulo I
752 - 757: Estevão II
752: Estevão [II] (pontificado de apenas 4 dias)
741 - 752: Zacarias
731 - 741: Gregório III
715 - 731: Gregório II
708 - 715: Constantino
708: Sisínio
705 - 707: João VII
701 - 705: João VI
687 - 701: Sérgio I
686 - 687: Cônon
685 - 686: João V
683 - 685: Bento II
682 - 683: Leão II
678 - 681: Agatão
676 - 678: Dono
672 - 676: Adeodato II (ou Deusdedite II)
657 - 672: Vitaliano
654 - 657: Eugênio I
649 - 655: Martinho I
642 - 649: Teodoro I
640 - 642: João IV
638 - 640: Severino
625 - 638: Honório I
619 - 625: Bonifácio V
615 - 618: Adeodato I (ou Deusdedite I)
608 - 615: Bonifácio IV
606 - 607: Bonifácio III
604 - 606: Sabiniano
590 - 604: Gregório I Magno
579 - 590: Pelágio II
575 - 579: Bento I
561 - 574: João III
556 - 561: Pelágio I
537 - 555: Vigílio
536 - 537: Silvério
535 - 536: Agapito (ou Agapeto)
533 - 535: João II
530 - 532: Bonifácio II
526 - 530: Félix III
523 - 526: João I
514 - 523: Hormisdas
498 - 514: Símaco
496 - 498: Anastácio II
492 - 496: Gelásio I
483 - 492: Félix II
468 - 483: Simplício
461 - 468: Hilário (ou Hilaro)
440 - 461: Leão I Magno
432 - 440: Sisto III
422 - 432: Celestino
418 - 422: Bonifácio I
417 - 418: Zózimo
402 - 417: Inocêncio I
399 - 402: Anastácio I
384 - 399: Sirício
366 - 384: Dâmaso I
352 - 366: Libério
337 - 352: Júlio I
336: Marcos
314 - 335: Silvestre I
310 - 314: Melcíades
308 - 310: Eusébio
307 - 309: Marcelo I
296 - 304: Marcelino
282 - 296: Caio
274 - 282: Eutiquiano
268 - 274: Félix I
260 - 268: Dionísio
257 - 258: Sisto II
254 - 257: Estevão I
253 - 254: Lúcio I
251 - 253: Cornélio
236 - 250: Fabiano
235 - 236: Antero
230 - 235: Ponciano
222 - 230: Urbano I
217 - 222: Calisto I
199 - 217: Zeferino
189 - 199: Vítor I
174 - 189: Eleutério
166 - 174: Sotero
154 - 165: Aniceto
143 - 154: Pio I
138 - 142: Higino
125 - 138: Telésforo
116 - 125: Sisto I
107 - 116: Alexandre I
101 - 107: Evaristo
90 - 101: Clemente I
79 - 90: Anacleto (ou Cleto)
64 - 79: Lino
33 - 64: Pedro Apóstolo

terça-feira, 28 de maio de 2013

EUCARISTIA


A Eucaristia centro da Vida cristã

A celebração da Eucaristia é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja universal como para as comunidades locais da mesma Igreja.
Com efeito, «os outros sacramentos, como todos os ministérios eclesiásticos e as obras de apostolado, estão ligados à santíssima Eucaristia e a ela se ordenam. Efetivamente, na santíssima Eucaristia está contido todo o bem espiritual da Igreja, que é o próprio Cristo, nossa Páscoa e pão vivo, que, pela sua carne vivificada e vivificadora sob a ação do Espírito Santo, dá a vida aos homens, os quais são assim convidados e levados a oferecerem-se juntamente com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e toda a criação».1

Além disso, «a celebração da Eucaristia no sacrifício da Missa é verdadeiramente a origem e o fim do culto que à mesma Eucaristia se presta fora da Missa».2
 De fato, Cristo nosso Senhor, que «é imolado no sacrifício da Missa quando começa a estar presente sacramentalmente como alimento espiritual dos fiéis sob as espécies do pão e do vinho», também, «depois de oferecido o sacrifício, enquanto se conserva a Eucaristia nas igrejas ou oratórios, é verdadeiro Emanuel, isto é, «Deus connosco». Com efeito, de dia e de noite Ele está no meio de nós e habita em nós «cheio de graça e de verdade».3

A ninguém, portanto, é permitido duvidar «que todos os cristãos devem prestar com veneração a este santíssimo Sacramento o culto de latria que é devido ao verdadeiro Deus, segundo o costume desde
sempre recebido na Igreja Católica. pois não deve ser menos adorado pelo fato de o Senhor Jesus Cristo o ter instituído com o fim de ser comido».4

Para orientar e alimentar corretamente a piedade para com o santíssimo Sacramento da Eucaristia, deve considerar-se o mistério eucarístico em toda a sua plenitude, tanto na celebração da Missa como no culto das sagradas espécies, que se conservam depois da Missa para prolongar a graça do sacrifício.5

sábado, 25 de maio de 2013

SIGNIFICADO E RAÍZES BÍBLICA DA MISERICÓRDIA



O que significa misericórdia? Quais são as raízes bíblicas dessa prática tão falada no dia a dia da Igreja?


Podemos adentrar no significado de misericórdia por diferentes caminhos.

A etimologia da palavra, oriunda do latim, já nos aponta o seu significado: miser + cor; miser = miséria; cor = coração; interpretando esta definição de forma espiritual, misericórdia é o Coração de Deus que vem ao encontro da miséria humana.

Quando praticamos a misericórdia, significa que estamos imitando a Deus, ou seja, unindo o nosso coração ao Dele e, por amor a Ele, derramando-nos sobre quem precisa de oração, de alimento, de uma palavra amiga, etc.

Santa Faustina, a “secretária da Misericórdia Divina” (título que lhe foi dado pelo próprio Jesus), vai nos dizer várias vezes que a misericórdia é o “maior atributo de Deus”, ou seja, Deus se destaca em Sua ação para conosco pela Misericórdia. Vejamos suas palavras:

“O terceiro atributo é o Amor e a Misericórdia. E compreendi que o Amor e a Misericórdia é o maior atributo.
É ele que une a criatura ao Criador. E reconhece-se este imenso amor e o abismo da misericórdia na Encarnação do Verbo, na Sua Redenção; e foi aqui que reconheci que este é o maior atributo em Deus” (Diário, n. 180).

Por fim, a Palavra de Deus não poderia se furtar a nos falar da Misericórdia. E ela o faz em diversos momentos, levando o Povo de Deus a exclamar: “eterna é a sua misericórdia” (Sl 117).

Nosso saudoso Papa, o Bem-aventurado João Paulo II, em sua Encíclica dedicada à Misericórdia Divina (Dives in Misericórdia – Deus é rico em Misericórdia), vai citar vários textos bíblicos que falam deste atributo de Deus: Ef 2,4; II Cor 1,3; Lc 15, 11ss; Ex 34,6; Is 49,15 etc).
Vale a pena ler esta maravilhosa Encíclica!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

DEVOÇÃO DA DIVINA MISERICÓRDIA





Elementos da Devoção da Divina Misericórdia - Formas de Devoção


Ao longo dos séculos, o Espírito Santo tem suscitado na vida da Igreja diversos modos de responder à vocação comum da santidade (cf. LG 40).

Diversas vezes, homens e mulheres inspirados pelo Senhor se tornaram autênticos modelos de vida, e puseram em destaque um ou outro aspecto da vida e verdade cristãs, dando início a diversas escolas de espiritualidade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2683ss).

Em outras ocasiões, o povo de Deus de uma determinada região se sentiu impelido a expressar a sua fé através de gestos, palavras e símbolos que, com o passar do tempo, se tornaram uma marca registrada de sua história religiosa, alimentando o seu amor a Deus e aos irmãos. Isto sem falar no fato de que a Sagrada Liturgia, cujo centro é a Celebração Eucarística, desde os primórdios do cristianismo também foi assumindo contornos particulares nesta ou naquela região do mundo (rito bizantino, sírio, ambrosiano etc.), mantendo um núcleo comum, mas com elementos rituais bem diversificados.

Liturgia, espiritualidade e piedade popular pretendem ser, na vida da Igreja, expressão de uma mesma fé, esperança e caridade, e, ao mesmo tempo, fomentá-las no coração das pessoas, dos grupos, das comunidades, na diversidade de formas autenticadas posteriormente pela autoridade da Igreja. Como dons do Espírito, não devem estar em conflito, mas confluir para a edificação do Corpo de Cristo, para a encarnação do Reino de Deus no “aqui e agora” (hic et nunc) da história. Abusos e desvios hão de ser discernidos e corrigidos, na certeza de que pelos frutos se conhece a árvore, e igualmente na certeza de que o Senhor deseja dos batizados muito fruto, e frutos que permaneçam.

Neste contexto é preciso resgatar o exato valor das devoções, que deverão sempre estar em processo de purificação e renovação, como de resto toda a vida eclesial, sujeita às vicissitudes dos tempos e às fraquezas humanas.
O recente Diretório sobre piedade popular e liturgia – Princípios e orientações, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (17/11/2001), sublinhou o “primado da liturgia” na vida cristã (n. 11), que se insere no âmbito daquilo que é “necessário” para nossa santificação.
Ao mesmo tempo, porém, observa (nn. 7-10) que na vida eclesial há espaço para os “pios exercícios” (expressões públicas ou privadas de piedade cristã calcadas no espírito e na estrutura da Liturgia), para a “piedade popular” (manifestações cultuais derivadas da índole de um povo que tem fé), bem como para as “devoções”. Como entender o conceito de “devoção”? O Diretório assim se expressa:

“No nosso âmbito, o termo vem usado para designar as diversas práticas exteriores (por exemplo: textos de oração e canto; observância de tempos e visita a lugares particulares, insígnias, medalhas, hábitos e costumes), que, animadas por uma atitude interior de fé, manifestam um acento particular da relação do fiel com as Pessoas Divinas, ou com a Beata Virgem (...), ou com os Santos (...)” (n. 8 – destaques nossos). O documento faz referência a outros textos: Concílio de Trento (DS 1821-1825); Pio XII, Encíclica Mediator Dei; SC 104; LG 50.

Vê-se que a Igreja admite a possibilidade de expressões devocionais dirigidas ao Senhor Deus (Pai, Filho e Espírito), focalizando um aspecto particular do Seu inesgotável mistério (ad intra e ad extra); assim, p. ex., temos a devoção ao Pai eterno, à Divina Providência, ao Sangue de Cristo, ao Senhor Bom Jesus, ao “Divino” (Espírito) etc. Se autênticas, brotam de um coração filial e eclesial, uma alma repleta de amor e gratidão, na simplicidade de quem confia não na força de suas palavras, ou na sofisticação das expressões, mas na graça divina.
É por isso que o citado Diretório admite que haja uma “devoção à divina misericórdia” (n. 154), que, como outras devoções, deve caminhar estreitamente unida às celebrações litúrgicas da Igreja, sobretudo a Páscoa do Senhor – e que há de nos conduzir a uma profunda atitude de adoração, louvor e ação de graças, súplica e reparação ao Deus Uno e Trino, rico em misericórdia, particularmente ao Coração Divino-Humano do Verbo Encarnado, fonte inesgotável da misericórdia, e a um empenho efetivo em prol dos irmãos e irmãs, particularmente os sofredores, pecadores e agonizantes, através de obras de misericórdia.

Entre os anos 1931-1938 o Senhor se dignou revelar à Santa Faustina algumas novas formas devocionais que pretendem auxiliar o cristão a se aproximar mais e mais do mistério da Divina Misericórdia – o terço, a novena, a hora, a imagem da Divina Misericórdia (esta, uma vez abençoada, torna-se um sacramental), e uma nova celebração litúrgica, a Festa da Divina Misericórdia (aprovada no ano 2000 e enriquecida com especiais indulgências). Podemos falar de “devoção” em relação ao mistério da Divina Misericórdia – que nasce do “culto” e frutifica no “apostolado”.

A vida dos santos fala por si mesma – é uma teologia encarnada. Ora, Santa Faustina alimentava a sua vida cristã sobretudo da Sagrada Liturgia (vivia intensamente cada celebração do Ano Litúrgico), mas o Espírito não deixava de suscitar nela as mais variadas expressões devocionais relacionadas a Deus e aos Santos (ao Sagrado Coração de Jesus, à Paixão de Cristo, à sua Morte, a Maria, S. José, S. Miguel Arcanjo, S. Teresinha do Menino Jesus, as “Quarenta Horas” de Adoração – cf. Diário, nn. 40; 93; 150; 667; 914; 948; 1029; 1203; 1388; 1641; 1704; 1774), e de um modo especial ao mistério da Divina Misericórdia.

À guisa de conclusão: “devoção”, em seu genuíno sentido, nada tem que ver como “devocionalismo” vazio, supersticioso, desequilibrado, intimista, sectário. Há expressões exteriores de piedade que pretendem ser uma manifestação das virtudes da fé, esperança e caridade, ao mesmo tempo em que as confirmam e fortalecem. Redento M. Valabek, carmelita, ainda faz notar outra dimensão da autêntica “devoção” cristã: ela pretende indicar “o obséquio e o empenho devido em primeiro lugar a Deus”, ou seja, é uma “atitude habitual/permanente em uma pessoa que, com fervor, prontidão e constância, oferece a Deus o seu serviço expresso em várias formas”, chegando em algumas circunstâncias ao “sacrifício da própria vida” (Dizionario di Mistica, Libr. Editr. Vaticana, 1998, p. 408). Santo Tomás de Aquino, Doutor da Igreja, sublinha que um ato de devoção inclui particularmente a pronta oferta da própria vontade a Deus (cf. S. Th. II-II, q. 82).

Oxalá se multiplique, aqui na terra, o número de devotos da Divina Misericórdia, que, no céu, é a delícia e êxtase dos santos!

Fonte
Pe. Silvio R Roberto

quinta-feira, 23 de maio de 2013

SOMOS SAL DA FÉ?????????




Cidade do Vaticano (RV) – Os cristãos devem difundir o sal da fé, da esperança e da caridade: esta é a exortação do Papa Francisco na Missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta.

Concelebraram com o Papa dois cardeais (Angelo Sodano e Leonardo Sandri) e o Arcebispo boliviano de La Paz, Dom Edmundo Abastoflor Montero.

Na sua homilia, o Pontífice falou do sabor que os cristãos são chamados a dar à própria vida e a dos outros. O sal que nos dá o Senhor é o sal da fé, da esperança e da caridade. Mas devemos estar atentos, advertiu Francisco, para que este sal não se torne insípido e para que não perca a sua força:

“O sal tem sentido quando dá sabor às coisas. Também penso que o sal mantido num recipiente, com a umidade, perde força. O sal que recebemos é para doá-lo, para dar sabor, para oferecê-lo. Do contrário, se torna insípido e não serve. Devemos pedir ao Senhor para que não nos tornemos cristãos com o sal insípido, com o sal da garrafa. Mas o sal tem também outra particularidade: quando bem usado, não se sente o seu gosto, sente-se o sabor do alimento: o sal ajuda que o alimento seja mais saboroso. Esta é a originalidade cristã!”

Originalidade, todavia, que não significa uniformidade. Cada cristão tem o seu sabor, com os dons que o Senhor lhe deu, pois o sal que não deve ficar somente dentro de nós, mas deve ser usado de dois modos. O primeiro: dar o sal a serviço das refeições, a serviço das pessoas, a serviço dos outros. Segundo: a transcendência para o autor do sal, o Criador, através da oração e da adoração:

“Assim o sal se mantém, não perde o seu sabor. Com a adoração, eu transcendo de mim mesmo para o Senhor. E com o anúncio evangélico, eu saio de mim para dar a mensagem. Mas se não fizermos isso – essas duas transcendências – o sal permanecerá no recipiente e nós nos tornaremos cristãos de museu.”

PAPA VAI RECEBER DOM ORANI




 Cidade do Vaticano (RV) RealAudioMP3– O Papa Francisco vai receber em audiência na sexta-feira, 24 de maio, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e membros do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude.

Esta quinta, Dom Orani visitou a sede da Rádio Vaticano e falou dos últimos preparativos para a Jornada, que terá início exatamente daqui dois meses:

“Nós tínhamos já pensado em trazer para o Papa Francisco alguns símbolos da Jornada, por exemplo, o kit e a mochila, para colocá-lo dentro do clima da Jornada Mundial da Juventude. Conversar um pouco sobre aquilo que vai acontecer e como está a juventude do mundo, na expectativa do encontro com o Santo Padre no Rio de Janeiro. Também, trazer o abraço do Rio de Janeiro, do COL, das pessoas do Rio ao Santo Padre, dizendo o calor humano com o qual nós queremos recebê-lo e da alegria por presidir a JMJ – a primeira que ele preside – e a segunda na América Latina. Trouxemos também uma réplica da imagem do Cristo Redentor – que não podia deixar de trazer – para que o Papa possa estar cada vez mais próximo de nós, do Rio de Janeiro, do Brasil e dos jovens.”


CUIDADO COM OS CAMINHOS




Cuidado com os caminhos que você escolhe, não se deixe enganar - II Timóteo, capítulo 3


1. Saiba, porém, que nos últimos dias haverá momentos difíceis.
2. Os homens serão egoístas, gananciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais, ingratos, iníquos,
3. sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, cruéis, inimigos do bem,
4. traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus;
5. manterão aparências de piedade, mas negarão a sua força interior. Evite essas pessoas!
6. Entre esses encontram-se os que entram nas casas e cativam mulherzinhas cheias de pecados e possuídas por todo tipo de desejos,
7. que estão sempre aprendendo, mas não conseguem chegar ao conhecimento da verdade.
8. E assim como Janes e Jambres se opuseram a Moisés, também esses se opõem à verdade; são homens de espírito corrupto e fé inconsistente.
9. Mas eles não irão longe, pois sua loucura será desmascarada diante de todos, como aconteceu com aqueles dois.
10. Você, porém, me seguiu de perto no ensino e no comportamento, nos projetos, na fé, na paciência, no amor e na perseverança,
11. nas perseguições e sofrimentos que tive em Antioquia, em Icônio e Listra. Que perseguições sofri! Mas de todas elas o Senhor me livrou.
12. Ademais, todos os que querem viver com piedade em Jesus Cristo serão perseguidos.
13. Quanto aos maus e impostores, eles progredirão no mal, enganando e sendo enganados.
14. Quanto a você, permaneça firme naquilo que aprendeu e aceitou como certo; você sabe de quem o aprendeu.
15. Desde a infância você conhece as Sagradas Escrituras; elas têm o poder de lhe comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo.
16. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça,
17. a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

AS QUINZE PROMESSAS DE NOSSA SENHORA




As Quinze Promessas de Nossa Senhora Aos Cristãos Que Recitam O Rosário

Quem me servir fielmente através da recitação do Rosário receberá sinais de graça divina.

Prometo a minha proteção especial e as graças mais grandes àqueles que recitarem o Rosário.

O Rosário será uma arma poderosa contra o inferno, destruirá o vício, diminuirá o pecado, e derrotará a heresia.

Causará que a virtude e os bons trabalhos floresçam; obterá a mercê abundante de Deus para as almas; retirará os corações do homem do amor ao mundo e às suas vanidades para os erguer ao desejo de coisas mais eternas. Oxalá que as almas se santifiquem assim.

A alma que se encomenda a mim através da recitação do Rosário não perecerá.

Quem recitar devotamente o Rosário, aplicando-se à consideração de seus mistérios sagrados, nunca será conquistado pelo infortúnio. Deus não o repreenderá em sua justícia, e não perecerá por uma morte desprovida; se fôr justo permanecerá na graça de Deus e tornar-se-á digno da vida eterna.

Quem tiver devoção vedadeira ao Rosário não morrerá sem os sacramentos da Igreja.

Aqueles que são fieis em recitar o Rosário terão na sua vida e na sua morte a luz de Deus e a plenitude de sua graça divina.

Livrarei do purgatório aqueles que foram devotos ao Rosário.

As crianças fieis do Rosário serão dignas de um alto nível de glória no Céu.

Tereis tudo o que pedires de mim com a recitação do Rosário.

Todos os que propagarem o sagrado Rosário serão ajudados por mim nas suas necessidades.

Consegui do Meu Filho Divino que todos os defensores do Rosário terão por intercessores toda a côrte celestial durante a sua vida e na hora da morte.

Todos os que recitam o Rosário são Meus filhos, e irmã os do meu único filho Jesus Cristo.

A devoção ao Rosário é um grande sinal de predestinação.

ESPÍRITO SANTO




O Espírito Santo é quem nos recorda as coisas de Deus


O Espírito Santo permite que o cristão tenha ‘memória’ da história e dos dons recebidos de Deus. Sem esta graça, há o risco de se cair na idolatria”. Foi, em síntese, o que disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda, 13, a Casa Santa Marta.

Francisco lembrou que o Espírito Santo “é quase sempre um desconhecido de nossa fé”:

Hoje, muitos cristãos não sabem quem é o Espírito Santo, como ele é. E algumas vezes, ouve-se dizer:

‘Mas eu me arranjo com o Pai e o Filho: rezo o Pai Nosso ao Pai, faço a comunhão com o Filho, mas com o Espírito Santo... não sei o que fazer’. Ou então se diz: ‘O Espírito Santo é a pomba, aquele que nos dá sete dons...’. Mas assim, o pobre Espírito Santo fica sempre no fim e não encontra um bom lugar em nossas vidas”.

Prosseguindo, Papa Francisco, ressaltou que o Espírito Santo é um “Deus ativo entre nós”, que nos faz lembrar, que desperta nossa memória. O próprio Jesus explicou aos Apóstolos, antes de Pentecostes, que o Espírito lhes recordaria tudo o que ele havia dito.

Ter memória – especificou - significa também recordar das próprias misérias, que nos escravizam, além da graça de Deus, que destas misérias nos redime.

Papa Francisco concluiu com um convite aos cristãos a pedirem a graça da memória, para serem pessoas que não esquecem do caminho percorrido, não esquecem as graças recebidas, não esquecem o perdão dos pecados e nem que foram escravos e que o Senhor lhes salvou.


Papa Francisco

segunda-feira, 6 de maio de 2013

SACRAMENTO DA PENITÊNCIA




O Valor Eclesial do Sacramento da Penitência

Todo e qualquer pecado é pecado contra Deus, contra si mesmo e contra o irmão. Contra Deus porque é uma rejeição ao seu amor, última razão pela qual fomos criados e chamados a participar de sua felicidade; rejeição, portanto de seu apelo gratuito, de seu plano salvífico para conosco, de sua vontade, de seus mandamentos; recusa de sermos filhos do Pai, irmãos de Cristo e templos do Espírito Santo.

O Concílio quer inculcar na alma dos fiéis, juntamente com as conseqüências sociais do pecado, a natureza própria da penitência que detesta o pecado como ofensa feita a Deus (SC 109). O motivo primeiro do arrependimento dos pecados é a ofensa feita a Deus, isto é, a resistência ao seu amor, à recusa ou pouca estima de sua amizade, a ingratidão para com seus benefícios, o desprezo ou pouco caso da vontade divina, expressa na lei.

Evidentemente, o pecado não pode prejudicar a Deus. Sempre, porém, o ofende. O pecado ofende sempre a Deus, mesmo quando, diretamente, só atinge o próximo, porque Deus ama todos os seus filhos, quer e protege o bem deles. Por isso, o pecado só pode ser perdoado por Deus; e deve ser detestado, acima de tudo, como ofensa à sua bondade infinita. Precisamos, porém, recordar que todo pecado comporta também conseqüências sociais mais ou menos graves, mais ou menos evidentes, segundo sua natureza.

Na Igreja dos primeiros séculos, havia um senso muito vivo, do aspecto social do pecado: aos pecadores públicos eram impostas penitências públicas, e só depois de expiarem suas culpas, eram readmitidos na comunidade. Mudada com o tempo esta disciplina não se mudou o espírito. Também hoje, quem pecou gravemente é excluído da Comunhão eucarística até que se reconcilie com Deus e com a Igreja, pelo sacramento da confissão.

Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência ensina o Concílio, obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, bom exemplo e orações (LG 11).

Embora seja a confissão um ato secreto e estritamente privado, o fato de chegar o perdão de Deus ao penitente através do sacerdote exprime não só a presença da Igreja, mas também a reconciliação com ela. Por isso, o sacramento da penitência, enquanto tem valor íntimo, pessoal, para quem o recebe, tem também valor eclesial. Restabelece ou aumenta as relações de amizade com a Igreja; purifica o indivíduo, e ao mesmo tempo cura a ferida que seus pecados produziram na Igreja.

Embora sejamos muitos. Diz S. Paulo: somos um só corpo em Cristo e cada um de nós, membros uns dos outros (Rm 12, 5). Por causa da solidariedade que une todos os fiéis em Cristo aponto de formarem, nele, um só corpo, tanto o bem como o mal de cada um é bem ou mal de todos. O pecado ofende a Cristo, cabeça do Corpo místico, enquanto é ofensa a Deus e fere os membros do mesmo Corpo, enquanto prejudica espiritual ou materialmente os irmãos. Qualquer pecado, mesmo o mais oculto e pessoal, tem conseqüências prejudiciais à comunidade, porque diminui nela o nível da graça, da virtude, da santidade e aumenta aquele peso de misérias que impede o caminho para Deus. Assim como um só ato de caridade aumenta o amor em toda a Igreja, assim também um só ato de desamor o diminui.

Muitas vezes o pecado prejudica o próximo, de modo mais direto, como acontece com as faltas contra a justiça, a sinceridade, a caridade, o respeito pela pessoa e pelas coisas alheias. Assim exige justa reparação, e o sacramento da penitência a isto provê, seja porque o sacerdote, sendo, ao mesmo tempo, representante de Deus e da Igreja, perdoa os pecados em nome de Deus e da Igreja e, portanto, também em nome da comunidade, seja porque, impondo a penitência sacramental, indica ao penitente como reparar o prejuízo causado ao próximo.

Em todos os casos, deve o penitente aproximar-se desse sacramento com consciência eclesial, comunitária, ou seja, não unicamente em vista da conversão pessoal ou do progresso e salvação da própria alma, e sim também em vista do proveito dos irmãos. Há de desejar reparar o mal que fez aos irmãos com os próprios pecados; há de esforçar-se por levar à sociedade e à Igreja aquela contribuição de santidade a que é obrigado, por força do batismo.

A Igreja só resplandece no mundo e atrai os homens a Deus, na medida de sua própria santidade. E é ela mais ou menos santa conforme a santidade de seus filhos. Necessita de maior ou menor purificação conforme as culpas e deficiências deles. O que já existe de censurável na Igreja, cuidem muito os fiéis de não aumentar com os próprios pecados. Ao contrário. Para diminuir o mal na sua Mãe Igreja, não cesse de fazer penitência e de renovar-se (LG 8). Assim, quanto dele depende, será a Igreja, como a quer Cristo, sem mancha, nem ruga... Mas imaculada e santa (Ef 5,27).

sexta-feira, 3 de maio de 2013

DIVÓRCIO ENTRE CÔNJUGES CATÓLICOS




A separação dos esposos com a manutenção do vínculo matrimonial pode ser legítima em certos casos previstos pelo Direito canônico (cf. CIC, cânones 1151-1155).

Se o divórcio civil for a única maneira possível de garantir certos direitos legítimos, o cuidado dos filhos ou a defesa do patrimônio, pode ser tolerado sem constituir uma falta moral.

Conseqüências do divórcio entre cônjuges católicos

São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união.
A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo ("Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério":
Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido.

Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais.

A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.

A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade essenciais ao Matrimônio.
A poligamia é incompatível com unidade do matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal de seu mais excelente": a prole.

O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente:

Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra.

O caráter imoral do divórcio deriva também da desordem que introduz na célula familiar e na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles (cada um dos cônjuges querendo os filhos para si); e seu efeito de contágio, que faz dele urna verdadeira praga social.

O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente:

Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra.

Indissolubilidade do Matrimônio e divórcio

O Senhor Jesus insistiu na intenção original do Criador, que queria um casamento indissolúvel. Ab-roga as tolerâncias que se tinham introduzido na Lei antiga.

Entre batizados, o matrimonio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto a morte".

Inocência do cônjuge injustamente abandonado

Pode acontecer que um dos cônjuges seja a vítima inocente do divórcio decidido pela lei civil; neste caso, ele não viola o preceito moral. Existe uma diferença considerável entre o cônjuge que se esforçou sinceramente por ser fiel ao sacramento do Matrimônio e se vê injustamente abandonado e aquele que, por uma falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

Obra de caridade para com os divorciados

A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja:

Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

DEUS QUER NOS CURAR



CURA
O mundo acha que tudo o que se vive por aí é normal...

A cura, na verdade, é salvação, e salvação é cura. No grego, assim como no hebraico, línguas nas quais a Bíblia foi escrita, a palavra salvação também quer dizer cura, saúde.

Em algumas traduções das Bíblias, lemos assim: "Jesus disse: vai, a tua fé te curou". E em outras: "Vai, a tua fé te salvou". Na verdade, curar e salvar falam da mesma realidade, na Sagrada Escritura.

Jesus pagou o preço do nosso resgate. Podemos falar de salvação como pagamento de uma dívida somente se entendermos isso apenas como uma metáfora. Para entendermos a salvação, precisamos de várias metáforas, nenhuma delas é completa, pois são comparações que nos dizem o que é a salvação. Uma delas está neste conceito de cura: estamos doentes e precisamos ser curados, precisamos ser salvos. Este não é um conceito absoluto, mas bastante rico, cujo fruto espiritual é muito grande. Deus quer nos salvar, ou seja, Ele quer nos curar. Este conceito funciona bastante porque está enraizado na constatação de que não estamos totalmente conforme o sonho que Deus teve para nós. Este sonho foi realizado somente em Jesus Cristo, que é um Homem como Deus pensou.

Podemos dizer, com toda certeza, que nunca vimos uma pessoa inteira. Só temos experiência de "pedaços" de homens, pessoas "deformadas" que trazem em si a marca do pecado. A nossa condição é a de pessoas marcadas pelo pecado, pois somos doentes e precisamos tomar consciência disso, para que vivamos uma mudança de mentalidade.

O mundo acha que tudo o que se vive por aí é normal. É assim que a nossa sociedade decide o que está certo ou errado. Por exemplo, segunda ela a "masturbação é normal porque todo mundo faz". Primeiro, não é verdade que todo mundo a pratica, e depois, mesmo que seja a maioria, isso não constitui a normalidade. No século XIX, metade da população de Cuiabá (MT) morreu de varíola, depois da guerra do Paraguai. Mas isso não fez com que essa doença se tornasse normal, continua sendo uma doença. Todo mundo tem gripe ou alguma virose, mas nem por isso estas enfermidades são normais.

Somos pessoas marcadas pela "doença" do pecado original. Nossas reações não são todas normais. Se não nos dermos conta disso, não vamos nos converter. O primeiro passo que o doente tem de dar para se curar é o de se convencer de que está doente. Se ele achar que está muito bem, não vai mudar.

É muito mais fácil uma espiritualidade "otimista" que aplauda e canonize tudo aquilo que as pessoas fazem. "Todo mundo faz, é assim mesmo. Tudo o que Deus fez é bonito, precisamos aplaudir, apoiar e aceitar". Precisamos levar a sério as conseqüências do pecado original. Se sou obcecado pela felicidade que encontro na comida, na bebida, este tipo de pensamento diz que a fome é um instinto natural, criado por Deus, logo, é bom e não tem nenhum problema. Embora isso tenha sido criado por Deus, traz a marca do pecado original, pois nos afasta d'Ele.

Santo Agostinho faz a comparação: Imaginemos que um noivo dê um presente para sua noiva. E ela fica tão fascinada com o presente que esquece do noivo e vai para casa. Aquilo que o noivo deu como sinal de amor se torna um caminho de separação. Deus nos deu este mundo como um presente, mas a nossa tendência é transformá-lo em deus, colocar os presentes de Deus no lugar d'Ele. É aqui que está a nossa doença.

Dizer que uma pessoa é saudável é diferente de dizer que um alimento é saudável. Uma pessoa é saudável quando tem saúde e um alimento é saudável quando traz saúde. Da mesma forma, podemos falar de pecado original de formas diferentes:

Uma coisa é dizer "eu cometi um pecado", que é uma transgressão, algo que ofende a Deus e destrói a quem o pratica. Quando dizemos que Adão e Eva pecaram, posso chamar esta primeira transgressão de pecado original. E quando digo que tenho este pecado [original], isso tem outro sentido pois é algo recebido, hereditário. Podemos tentar explicar isso por meio da liberdade que Deus nos dá, como filhos. Ele está do nosso lado, nos protege, mas leva a sério a nossa liberdade. Se você fizer algo de mal, Ele vai respeitar sua liberdade, e vai sofrer por isso, já que nos ama.

Os pecados que cometemos afetam aos demais, às vezes, até de forma irreparável. Se você contrair AIDS, não tem como fazer de conta que isso não existe, pois pode morrer com esta doença ou contaminar outras pessoas. O pecado tem conseqüências, assim como a partir do pecado original surgiu em nós uma tendência para o mal.

Os mesmos instintos que os animais têm, nós também o temos. Assim como um macaco gosta de comer, beber, ter relações sexuais, nosso instinto é o mesmo. Porém existe uma grande diferença: nós temos alma. Nós não fomos feitos só para isso, temos uma sede maior. Não adianta apenas comer, beber, ter relações sexuais, porque dentro de você vai permanecer um vazio. Seu coração vai permanecer inquieto, como disse, com clareza, Santo Agostinho. Nós não nos satisfazemos com nada, nós queremos muitas coisas, mas nosso coração só vai se apaziguar em Deus.

Proponho, então, uma conscientização das "doenças" que estão dentro de nós. E uma vida espiritual que as combata numa tentativa de reverter as conseqüências do pecado original. É claro que a cura total não será neste mundo, mas em nossa ressurreição. Mas, por mais que seja assim, nós podemos e devemos viver uma vida ascética, de ascese – esforço para curar estas más tendências que existem dentro de nós.
Quando falo de ascese, falo de jejum, vigílias, sacrifícios, abstinências, esforços espirituais. Tudo isso não para "pagar os pecados", – pois eles já foram pagos por Jesus – mas para combater a tendência ao pecado que, dentro de nós, é como a lei da gravidade, puxando-nos para baixo. Precisamos fazer algo para não acabar nos "envenenando" espiritualmente, pois sabemos da nossa condição, de nossa "doença" espiritual. Não é só na Quaresma que precisamos fazer jejuns e oferecer sacrifícios. Se não combatermos estas "enfermidades", seremos vítimas delas.


AJUDA




Por que Deus não me ajuda?

É uma boa pergunta: "Mas por que Deus não me ajuda? Por que Deus não me socorre? Por que Ele não faz alguma coisa por mim? Por que não resolve a minha situação?"

Compreenda uma coisa: Deus está fazendo e vai fazer sempre tudo por você. Se existe alguma falha, esta está em nós. E qual é esta falha?
A falta de confiança plena nesse Deus que é pura misericórdia e está continuamente olhando por nós, para nossas necessidades.

Para sermos auxiliados por Deus, precisamos estar com o nosso coração voltado para Ele, colocar a nossa vida em Suas mãos e acreditar que Ele tudo pode fazer por nós.

Na hora em que eu me decido a dar a Deus a condução da minha vida, Sua Palavra se torna realidade em mim: "Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus"(Rm 8,28)

Tudo se revolve com a mudança do nosso coração. Quando eu me decido a deixar o meu egoísmo e parto para depender do Deus amor, doação, de mesma forma, se decido ter um coração generoso como o de Deus, se quero ser simples, humilde, mesmo não o sendo completamente, eu já estou dentro do plano de Deus, da vontade de Deus. É aí que tudo começa a concorrer para o meu bem.
Acredite: Deus é fiel!