sexta-feira, 29 de junho de 2012

FÉ RACIONAL



O papa João Paulo II, na "Fides et Ratio" ( = Fé e Razão) acaba de insistir contra uma Fé que dispense a razão.
A verdadeira Fé não pode reduzir-se a um sentimento subjetivo, isso é irracional, infantil, inumano. 
A Fé tem que apoiar-se em bases racionais, corroboradas pela Ciência humanas ( que também pode-se aplicar a palavra Parapsicologia.


É repetir o que já havia sido afirmado muitas vezes, e proclamado principalmente pelo Concilio Ecumênico ( = universal) de Trento (1535-1563, em três etapas),concretamente contra Lutero: sem base racional a Fé é vã.

Esclarecemos os conceitos: Religião, do latim religare, atar bem, amarrar. 
Religião é a aspiração à comunhão com Deus e o gênero de vida decorrente dessa aspiração (por isso, o Budismo primitivo..., e o Espiritismo, que não cultuam a Deus senão à razão..., e aos espíritos, respetivamente, não são religiões, senão essencialmente anti-religiões).

Com a decorrente religião, Fé é acreditar numa doutrina inobservável, sobrenatural, pela autoridade daquele que a revelou.

Ora, como razoavelmente acreditar na revelação sem provar antes que foi revelação por Deus?

E como razoavelmente praticar a religião revelada sem provar antes que não foi invenção humana, sem haver provado antes cientificamente que tal revelação foi assinada por Deus com verdadeiros milagres em vez de apoiada em fenômenos naturais? Como acaba de manifestar o Concilio Vaticano II pertence à Parapsicologia (ciências humanas na publicação) demonstrar o fato da revelação e os fatos dos milagres que a fundamentam.

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA


São Pedro e São Paulo
Apóstolos
+ século I

                                                 







Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.

Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» 



Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. Não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos. (1Co 9,22; 10,33)

Os actos dos homens misericordiosos não caem no esquecimento; os bens que deixaram para a sua posteridade permanecerão para sempre» (liturgia latina; Si 44,10-11). Celebramos, bem-amados, o dia do nascimento dos apóstolos Pedro e Paulo; e é conveniente [...] que semelhante morte seja chamada nascimento, uma vez que gera a vida. [...] Eis onde chegam os santos: por essa morte que dá a vida, deixam esta vida que conduz à morte, para chegarem à vida vivificante que está na mão d'Aquele que «tem a vida em Si mesmo», o Pai, como disse Cristo (Jo 5,26). [...]


Há três tipos de homens misericordiosos. Os primeiros dão os seus bens [...] para complementar, com o que lhes é supérfluo, a penúria dos outros. [...] Os segundos distribuem todos os seus bens e, para eles, daí por diante, [...] tudo fica em comum com os outros. [...] Quanto aos terceiros, não somente dão tudo, como também «se dão a si mesmos totalmente» (cf. 2Co 12,15) e entregam-se pessoalmente aos perigos da prisão, do exílio e da morte, para tirar os outros do perigo em que estão a suas almas. São pródigos de si mesmos, porque são ávidos dos outros. Receberão a recompensa desse amor: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). [...] Tais são esses príncipes gloriosos da terra e servidores do céu de quem hoje ─ depois de longas privações «da fome, da sede, do frio e da nudez», de muito duras penas e perigos pelos «seus compatriotas, pagãos e falsos irmãos» (cf 2Co 11,26-27) ─ celebramos a morte magnificamente vitoriosa. A tais homens aplica-se bem esta frase: «Os seus feitos não serão esquecidos», porque eles não se esqueceram da misericórdia. [...] Sim, aos misericordiosos «na partilha foram destinados lugares aprazíveis e é preciosa a herança que lhes coube» (cf Sl 15,6).

terça-feira, 26 de junho de 2012

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA


Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.

Naquele tempo, disse Jesus  aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.» 

Pelos seus frutos os conhecereis

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...] Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que vêem a sua conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas acções feitas com uma intenção recta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas. [...]


O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).


É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

LEMBRANÇAS APAGADAS



TODAS AS LEMBRANÇAS SERÃO APAGADAS QUANDO ESTIVERMOS NA ETERNIDADE?

Essa interrogação, primeiro de tudo, denota uma íntima fé na vida eterna, no paraíso. De fato, nós fomos ensinados que depois da morte nos espera a vida eterna, junto com Deus, no paraíso, se quisermos.

Isso já nos foi transmitido a partir do Antigo Testamento, através do livro da Sabedoria (presente somente na versão católica da Bíblia).
Ali lemos:

 Os justos vivem para sempre, recebem do Senhor sua recompensa, cuida deles o Altíssimo (Sabedoria 5,15).

Com o Novo Testamento e a pregação de Cristo se sublinha a fé na ressurreição dos mortos. E neste caso os textos são vários:

* Mateus 22,31-32: Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos declarou:
Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas
sim de vivos;
* João 11,25-26: Jesus disse: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá”;
* Romanos 8,11: E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida também a vossos corpos mortais, mediante o seu Espírito que habita em vós.
* 1Tessalonicences 4,13-14: Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que morreram em Jesus, Deus há de levá-los em sua companhia.

Quanto à morada jundo de Deus, foi o próprio Cristo que disse que nos preparia um lugar:
Na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou prepar-vos um lugar... (João 14,2).
No último livro da Bíblia se especifica como é essa morada: Eis a tenda de Deus com os homens.

Ele habitará com eles; eles serão o seu povo, e ele, Deu-com-eles, será o seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais (Apocalipse 21,3-4).

Esses textos dão uma breve síntese da teologia bíblica sobre a Vita Eterna, sobre a ressurreição. Contudo tenho certeza que você não ficou satisfeito com a resposta.
Talvez não existe uma resposta.
De fato é um mistério da nossa fé e se o mistério pudesse ser explicado não existiria mais.
O filósofo Pascal dizia que normalmente, no ambiente humano, precisamos conhecer as coisas para amá-las, mas, na esfera divina, precisamos, invés, amar para conhecê-las.
É nesse sentido que devemos ler quanto diz João na sua primeira carta:
Amados, desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manisfestou.
Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

Fonte: Luis Rosa; Bacharelado em Filosofia (1990 - Instituto Filosófico Franciscano) e teologia em Jerusalém (1994 - Istituto teologico Ierosolumitano). Mestrado em Ciências Bíblicas no Pontífico Instituto Bíblico de Roma (2000) e candidado ao doutorado pelo mesmo instituto (2002). Professor no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (1995 e 2001). Desde 2009, professor de Information Technology na Pontifícia Universidade Antonianum.

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA


Margarida Ebner
Bem-aventurada
1291-1351




Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» 



Quando orares, entra no quarto mais secreto

A alma pergunta ao Esposo: «Aonde Te escondeste?» [...] Respondamos a essa pergunta indicando o lugar mais certo onde está escondido, o lugar onde a encontrará mais seguramente, e com tanta perfeição e gosto que se pode ter nesta vida. A partir daí, não começará a vaguear em vão atrás das pegadas de seus consortes (cf. Ct 3,2).


Para tal é necessário advertir que o Verbo, o Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, está escondido, essencial e presencialmente, no ser mais íntimo da alma. Portanto, para O encontrar há-de abandonar tudo, quer no afecto, quer na vontade, e recolher-se ao máximo dentro de si mesma, vivendo como se as coisas não existissem. Santo Agostinho, falando nos Solilóquios com Deus, dizia: Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim vos procurava. Portanto, Deus está escondido na alma. É ali que o bom contemplativo O há-de procurar com amor, dizendo: Aonde Te escondeste?


Portanto, ó alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas saber onde está o teu Amado para te encontrares e unires a Ele, já te foi dito que tu mesma és o aposento onde Ele mora, o refúgio e o esconderijo onde Se oculta. Oxalá seja motivo de grande consolação e alegria para ti reconhecer que todo o teu bem se encontra tão perto de ti, melhor dizendo, tão dentro de ti, que já não podes existir sem Ele. Sabei, diz o Esposo, que o reino de Deus está dentro de vós (Lc 17,21). E o apóstolo São Paulo, Seu servo, diz: Vós sois o templo de Deus (2Co 6,16).

segunda-feira, 18 de junho de 2012

DONS DO ESPÍRITO SANTO

DONS DO ESPÍRITO SANTO

No Antigo Testamento podemos ler em Isaías:

- Brotará uma vara do tronco de Jessé e um rebento das suas raízes:
- Espírito de Sabedoria e de Entendimento.
- Espírito de Conselho e de Fortaleza.
- Espírito de Ciência e de Temor de Deus.
- E pronunciará os seus decretos no Temor do Senhor. (Is. 11/1-3).

Nestas palavras o profeta, Isaías indicou os Dons que devia possuir o Messias.
Do mesmo modo estas palavras nos ensinam quais as qualidades especiais que hão de receber os que seguem a Jesus, segundo a Economia Divina, quando eles recebem os Dons do Espírito Santo.
Quando nós recebemos os Dons do Espírito Santo, recebemos os mesmos Dons que possuía o Messias, Jesus Cristo.

O que é que estes Dons significam para nós?

- Os Dons o Espírito Santo são qualidades especiais que nós recebemos principalmente no Sacramento da Confirmação (ou Crisma).
Por isso se diz que a Confirmação é o Sacramento do Espírito Santo.
Por ele nós recebemos um crescimento e aprofundamento da graça batismal, como nos diz oCatecismo da Igreja Católica, ao tratar dos efeitos da Confirmação:

1302. - Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é a infusão do Espírito Santo em plenitude, tal como outrora aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.
1303. - Daqui que a Confirmação venha trazer crescimento e aprofundamento da graça batismal:

- Enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos permite dizer Abba! Pai!(Rom.8:15).
- Une-nos mais intimamente a Cristo.
- Aumentam em nós os Dons do Espírito Santo.
- Torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja.
- Dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagar e defender a fé, pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, e para nunca nos envergonharmos daCruz.

Na mesma ordem apresentada por Isaías, nós temos ainda hoje os mesmos Dons do Espírito Santo e a Tradição acrescentaram mais o Dom da Piedade.

Sobre os Dons do Espírito Santo diz-nos o Catecismo da Igreja Católica que os enumera assim :

1831. - Os sete Dons do Espírito Santo são : a sabedoria, o entendimento, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o temor de Deus. Pertence em plenitude, a Cristo, filho de David. Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam dóceis os fiéis na obediência às inspirações divinas.
Eis o que se deve entender por cada um deles :

Sabedoria É o oposto à Estreiteza de espírito.
A pessoa sábia não olha as coisas apenas de um ponto de vista, mas sim de maneira integral.
Sabedoria : significa ver as coisas de todos os ângulos.
É esta larga visão que faz as pessoas sábias e é neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Sabedoria.


Entendimento : Significa a Ciência do coração.
Entender significa ver a partir do coração das outras pessoas, sentir e conhecer os sentimentos e as atitudes do coração das outras pessoas.
É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Entendimento..

Conselho Significa tomar boas decisões.
Para se poderem tomar boas decisões é necessário um trabalho preparatório; ver as alternativas e prever as consequências.
Então, quando a pessoa julga, o seu julgamento será correto.
É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Conselho.


Fortaleza : Significa que é preciso viver as decisões tomadas, sejam quais forem as dificuldades.
Significa coragem para viver as próprias convicções, a qualquer preço.
É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Fortaleza.

Ciência : Significa um conhecimento claro do mundo tal como ele é para cada um, conforme a época da vida em que se vive.
O mundo vai mudando e é preciso interpretá-lo a seu tempo.
É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Ciência.

Piedade Significa ter na devida conta e apreço o valor da vida e tudo o que a mantém e suporta.
Dom da Piedade é para se enfrentar a realidade e responsabilidade de cada um, como por exemplo, os pais dedicarem-se aos seus filhos com todo o cuidado e ternura.
Cada um deve assumir as suas responsabilidades.
É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Piedade.

Temor de Deus : Significa que se deve reconhecer com profundos sentimentos de respeito e amor, que se está sempre na presença de Deus.
Assim mais facilmente se reconhece o perigo do erro e do pecado bem como a vantagem do bem e do cumprimento do dever.
É nesse sentido que nos pode ajudar o Dom do Temor de Deus.

Porque dá Deus os Seus Dons ao Seu Povo ?


Os Dons do Espírito Santo não são concedidos às pessoas apenas para sua felicidade pessoal no contexto da Economia Divina.
Eles são concedidos para o bem da sua comunidade, para o bem de toda a Igreja e para o bem do mundo inteiro.
Os Dons do Espírito Santo são concedidos para ajudar a construir o Corpo Místico de Cristo e para o tornar santo.
Os Dons do Espírito Santo tornam o Povo de Deus capaz de viver como Jesus viveu.
Os Dons do Espírito Santo concedem às pessoas tudo o que elas necessitam para se tornarem membros ativos e plenamente participantes da vida cristã, elementos vivos da Igreja Católica.
Embora todos nós sejamos membros da Igreja Católica desde o dia do nosso Batismo, todavia, todos nós, mais ou menos, temos dificuldade em cumprir tudo o que a Igreja Católica nos ensina.
No dia de Pentecostes, quando Pedro teve que falar para uma enorme multidão, ele resumiu o que é a fé da

Igreja Católica nestes termos :

- "Homens de Israel, escutai estas palavras : Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós, por Seu intermédio, como vós próprios sabeis, a Este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, matastes, cravando-O na cruz, pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, libertando-O dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o seu domínio (... ). Foi a esse Jesus que Deus ressuscitou, do que nós somos testemunhas. Tendo sido elevado pela direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vedes e ouvis.. (... ). Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu, como Senhor e Messias, a esse Jesus por vós crucificado". (At.2,22-36)
Mais tarde, no ano 325, os chefes da Igreja reuniram-se no Concílio Ecumênico de Nicéia para estudarem e decretarem sobre as verdades da fé Católica e formularam o chamado Credo de Nicéia que ainda hoje é recitado na Missa, e o qual inclui 14 decretos de Fé.
Os Dons do Espírito Santo são dons necessários para o plano da História da Salvação

JHS SIGNIFICADO

Qual o significado das letras JHS inscrita nas hóstias?

JHS: Monograma de Cristo que significa "Iesus* Hominun Salvator" (Jesus Salvador dos Homens), e não Jesus Homem Salvador como alguns erroneamente traduzem.

Este monograma de Cristo corresponde as tres primeras letras de "Ihsus" que é como se escreve Jesus em grego (também aparece escrito como Ihcus).
Grego esse no qual foram escritos os evangelhos de Marcos e Lucas.

"J" em paleografia corresponde ao pronúncia do"I" na antiguidade, da mesma forma que o "V" era empregado como "U"

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA

                                                         
 
                                                                                São Gregório João Barbarigo
                                                                         1625-1697
Fundou a Congregação
dos Oblatos dos Santos
Prosdócimo e Antonio


Evangelho segundo S. Mateus 5,38-42.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.» 

                      Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau

Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...]


Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Cristo [...], que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da Sua paciente doçura.


Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17), nem conceber o ódio.

domingo, 17 de junho de 2012

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA


São Ranieri de Pisa
1118-1161





Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular. 



Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto

Irmãos, ouvistes que o Reino dos céus, em toda a sua grandeza, é parecido a um grão de mostarda. [...] É apenas isto que os crentes esperam? É isto que os fiéis aguardam? [...] É isto «o que o olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais veio ao coração do homem»? É isto que o apóstolo Paulo promete, e que está reservado no mistério inexprimível da salvação àqueles que amam? (1Cor 2,9) Não nos deixemos desconcertar pelas palavras do Senhor. Se, de facto, «a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem, e a loucura de Deus é mais sábia do que o homem» (1 Cor 1,25), essa pequena coisa que é o bem de Deus é mais esplêndida do que a imensidão do mundo.


Possamos nós semear no nosso coração esta semente de mostarda, de modo que ela venha a ser a grande árvore do conhecimento (Gn 2,9), elevando-se em toda a sua altura para elevar os nossos pensamentos para o céu, e desenvolvendo todos os ramos da inteligência. [...]


Cristo é o Reino. Como se fosse um grão de mostarda, ele foi lançado num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre a terra inteira. Depois de ter sido esmagado pela Paixão, o Seu fruto produziu sabor suficiente para dar o Seu bom gosto e o Seu aroma a todos os seres vivos que n'Ele tocam. Pois, enquanto a semente de mostarda está intacta, as suas virtudes permanecem ocultas, mas desenvolvem toda a sua pujança quando a semente é esmagada. Da mesma forma, Cristo quis que o Seu corpo fosse esmagado para que a sua força não ficasse oculta. [...] Cristo é Rei, porque é a fonte de toda a autoridade. Cristo é o Reino, pois n'Ele está toda a glória do Seu reino.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

APARIÇÕES E REVELAÇÕES

Igreja explica como discernir aparições e revelações


Arquivo

As aparições de Nossa Senhora, em Fátima, são consideradas como sendo a mais profética aparição dos últimos tempo

A Congregação para a Doutrina da Fé publicou as normas que orientam a Igreja Católica presente em todo o mundo para o discernimento dos casos nos quais se fala de aparições e revelações privadas.

No prefácio da nova publicação, divulgado nessa terça-feira, 29, o Prefeito da Congregação, Cardeal William Levada, expressa sua “firme esperança” de que estas normas ajudem os líderes eclesiásticos “em sua difícil tarefa” de discernir sobre aparições, revelações e outros fenômenos extraordinários de possível origem sobrenatural.

No contexto se auspicia que o texto possa ser útil também aos teólogos e aos peritos neste âmbito da experiência viva da Igreja, que hoje tem certa importância e necessita de uma reflexão sempre mais aprofundada.

Estas normas foram criadas para uso interno em 1978 sob o pontificado de Paulo VI e, até agora, não haviam sido publicadas oficialmente nem traduzidas do latim. Embora haja numerosas versões não oficiais em circulação, o Cardeal assinala que “agora parece oportuno publicar estas normas, proporcionando traduções nos principais idiomas”.

A decisão de publicar estas orientações é o resultado do trabalho da Comissão instituída há três anos pela Congregação para a Doutrina da Fé para investigar as supostas aparições de Nossa Senhora na localidade de Medjugorje na Bósnia-Herzegovina.

Desde 1981, esse lugar se tornou um popular destino de peregrinos que ouvem falar de supostas aparições da Virgem (que ainda acontecem) a seis videntes. A Comissão de bispos, teólogos e outros peritos que reúne 20 pessoas iniciou seu trabalho em março de 2010 depois do pedido do Bispo em cuja diocese se encontra Medjugorje para investigar esses fatos. A Comissão é presidida pelo ex-Presidente da Conferência Episcopal Italiana e Vigário Emérito da Diocese de Roma, Cardeal Camillo Runi.

As normas estabelecem um processo de três fases que uma autoridade legítima da Igreja deve seguir para chegar a uma decisão sobre as alegações por escrito sobre aparições ou revelações privadas.

Em primeiro lugar, a provável existência de uma aparição ou revelação deve julgar-se “de acordo com critérios positivos e negativos”. Esta investigação pode incluir uma avaliação das “qualidades pessoais” dos possíveis videntes, assim como do seu “equilíbrio psicológico, honestidade e retidão na vida moral, sinceridade e docilidade habitual para com a autoridade eclesiástica, a capacidade de voltar a um regime normal de uma vida de fé, etc.”.

Qualquer possível revelação autêntica também tem que ser “de uma verdade teológica, conforme à doutrina espiritual e imune ao engano” e deve gerar “uma devoção saudável com constantes e abundantes frutos” como “o espírito de oração, conversão, testemunhos de caridade, etc.”.

Em segundo lugar, se as autoridades eclesiásticas locais chegarem a uma primeira conclusão favorável, podem permitir certa devoção pública enquanto prosseguem “observando a mesma com grande prudência”. Em terceiro lugar, se deve chegar a um juízo definitivo “à luz do tempo transcorrido e a experiência” considerando particularmente “a fecundidade do fruto espiritual gerado por esta nova devoção”.

O Cardeal Levada destaca ainda no prefácio das normas que, à diferença das revelações públicas, os fiéis não são obrigados a aceitar a veracidade ou o conteúdo das revelações privadas, nem sequer aquelas que foram aprovadas pela autoridade eclesiástica competente. A aprovação eclesiástica “essencialmente significa que sua mensagem não contém nada contrário à fé e a moral”.

Entretanto, acrescenta o documento, essas revelações privadas podem ter “certo caráter profético” e podem além disso, “introduzir novas ênfases, alentar novas formas de piedade ou aprofundar algumas já existentes”.

Fonte:  Redação, com Rádio Vaticano

EVANGELHO DO DIA ANO B

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade 




Evangelho segundo S. João 19,31-37.

Por ser  a Preparação da Páscoa, e para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente.
Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também.
É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso.
E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram. 


 
Um dos soldados trespassou-Lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água

Irmãos, sigamos o nosso chamamento: somos chamados pela Vida à fonte da vida; esta fonte não é apenas fonte  «de água viva» (Jo 4,10), mas da vida eterna, fonte de luz e de claridade. Com efeito, dela vêm todas as coisas: sabedoria, vida e luz eterna. [...] Senhor, és Tu mesmo esta fonte, sempre e para sempre desejável, e da qual nos é sempre permitido e sempre necessário aurir. «Dá-nos sempre, Senhor Jesus, desta água» para que, também em nós, ela se torne uma fonte de água «a jorrar para a vida eterna» (Jo 4,15.14). É verdade: peço-Te demasiado, como negá-lo? Mas Tu, Rei da glória, sabes dar grandes coisas e Tu mesmo as prometeste. Nada é maior do que Tu e é a Ti próprio que nos dás, foste Tu que Te deste por nós.


É por isso que é a Ti que pedimos [...] porque não queremos receber senão a Ti mesmo. Tu és o nosso tudo: a nossa vida, a nossa luz e a nossa salvação, a nossa comida e a nossa bebida, o nosso Deus. Inspira os nossos corações, suplico-Te, ó Jesus nosso; pelo sopro do Teu Espírito, abençoa as nossas almas com o Teu amor, para que cada um de nós possa dizer com verdade: «Vistes Aquele que o meu coração ama?» (Ct 3,3), porque foi com o Teu amor que fui ferido.


Desejo que essas feridas estejam em mim Senhor. Feliz da alma a quem o amor assim fere ─ a alma que procura a fonte, a que bebe e que, no entanto, não cessa de ter sempre sede, mesmo bebendo, nem de ir sempre em busca dela pelo seu desejo, nem de sempre beber, na sua sede. É assim que ela sempre busca amando, pois encontra a cura na sua própria ferida.

terça-feira, 12 de junho de 2012

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA


São João de Sahagun
1430-1479




Evangelho segundo S. Mateus 5,13-16.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa.
Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.» 



Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo

O Senhor disse aos Seus apóstolos: «Vós sois a luz do mundo». Como são justas as comparações que o Senhor emprega para designar os nossos pais na fé! Chama-lhes «sal», a eles que nos ensinam a sabedoria de Deus, e «luz», a eles que afastam dos nossos corações a cegueira e as trevas da nossa incredulidade. Mas é justo que os apóstolos recebam o nome de luz: eles anunciam, na obscuridade do mundo, a claridade do céu e o esplendor da eternidade. Não se tornou Pedro uma luz para o mundo inteiro e para todos os fiéis quando disse ao Senhor: «Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo»? (Mt 16,16) Que maior claridade teria o género humano podido receber do que ficar a saber por Pedro que o Filho de Deus vivo era o criador da sua luz?


E São Paulo não é uma luz menor para o mundo: enquanto toda a terra estava cega pelas trevas da maldade, ele subiu ao céu (2Co 12,2) e, no seu regresso, revelou os mistérios do esplendor eterno. Foi por isso que não pôde, nem esconder-se, tal como uma cidade fundada no alto duma montanha, nem deixar que o escondessem, pois Cristo, pela luz da Sua majestade, tinha-o incendiado como uma candeia cheia do óleo do Espírito Santo. Por isso, bem-amados, se, renunciando às ilusões deste mundo, queremos procurar o sabor da sabedoria de Deus, provemos o sal dos apóstolos.

domingo, 10 de junho de 2012

ORAÇÃO

Oração: Experiência de fé


 Falar a Deus em colóquio amigável, descoberto e livre, em atitude de abertura no olhar, no escutar e no esperar, tem a ver com o ser de Deus e com a pergunta sobre Deus; e é a situação ideal para captar o mais possível a realidade de Deus, pois no rezar se exprime o constitutivo da experiência da fé, qualquer que ela seja. Mas também tem a ver com a essência do ser humano e com as suas relações constitutivas. 
Ao rezar, o orante não só pressupõe o ser de Deus, mas também exprime a idéia de si próprio: entende-se não como um ser fechado na imanência, dentro dos limites do humano, mas como aberto para uma dimensão transcendente.
O rezar a Deus é, para além de muitas outras coisas, uma forma de ser humano; é uma forma de o ser humano se experimentar, se perceber genuinamente e se exprimir linguísticamente.
Na Bíblia a oração, além de ser a forma mais densa de captar o ser de Deus, ao vê-lo revelado definitivamente na total comunhão com o ser humano, na pessoa de Jesus, foi a maneira excelente de o ser humano expressar a sua tendência a superar-se, na procura da transcendência.
Viu-se como um ser para o divino, um ser que se realiza na relação com Deus.
Porque a fé do povo bíblico acredita que Deus por própria iniciativa dirigiu aos humanos a sua palavra e lhes revelou o seu ser e a sua vontade, está convicta de que o ser humano pode falar com Deus.
Porque entendia que Deus interpelava o povo criticamente, amigavelmente, salvíficamente, aprofundou a certeza de que Deus é alguém que se pode ouvir e invocar.
No caminho da história dos homens com Deus, a oração bíblica constituiu, pois, um aspecto da captação e da correlativa revelação da imagem de Deus, mas também uma expressão da essência do ser humano.
Para a fé bíblica, a oração é uma realidade tão espontânia que nem se discutia o seu sentido e a sua motivação. Surge como algo óbvio, insistindo-se sem cessar em não relaxar essa naturalidade.
Esta naturalidade compreende-se bem se temos em conta que o povo de Israel vivia num ambiente cultural e religioso, o do antigo próximo oriente em que a oração era um ingridiente normal da vida humana.
Não se pensa que em Israel ela foi uma realidade inédita e original, As muitas formas de oração dos povos de onde Israel era originário e no cruzamento dos quais vivia, isto é, os sumérios, acádicos, babilônios, assírios. hititas, cananeus e egípcios, estão abundantemente documentados.
O que se pode dizer é que a oração do povo bíblico seguiu um percurso próprio que culminou na de Jesus, que estabeleceu o mais perfeito traço de união da humanidade com Deus.


Fonte: Eduardo Rocha Quintella Bacharel em Teologia 

CONVERSÃO

A Conversão


 A conversão tem que se tornar algo que faz descobrir que Deus é a cada dia uma novidade surpreendente e ainda que permita que as outras pessoas, com as quais me relaciono, sejam sempre mais Elas. Deus sempre nos pede a conversão. E esta se situa não em primeiro lugar no campo moral, mas no campo do pensamento e do ser.
A conversão exige uma reformulação do nosso esquema de pensar, de julgar e de viver.
Nunca se faz uma conversão uma vez para sempre, mas todos os dias.
O próprio João, que anunciou ao povo, teve necessidade de fazer uma conversão talvez mais profunda do que aquela que ele mesmo exigia dos outros.
Abrir para esta faceta, pessoas e realidades, é descobrir uma faceta nova do rosto de Deus. Porque Deus não muda, o que deve mudar é o nosso modo de ver a Deus. Abandonando preconceitos e suposições.
A conversão não pode ser um processo doloroso, mas uma experiência que liberta. Refletir sobre a conversão é sermos provocados a rever nossos conceitos sobre Deus, sobre as pessoas e sobre nós próprios.
A conversão de cada cristão é um processo lento de assimilação, aprendizado e amadurecimento.
E aqueles que hoje são considerados pastores dentro da Igreja correm o mesmo perigo.
Se não procurarem olhar sempre para os apelos de Deus que vem até nós nos fatos sempre novos, examinados à luz da palavra de Deus, chegará para eles o dia em que vão renegar a Igreja que hoje estão ajudando a crescer.



sábado, 9 de junho de 2012

SANTO DO DIA E EVANGELHO DO DIA





Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros;
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» 


Santo Efrém
306-373



Ela deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento

É muito significativo o episódio evangélico da viúva que, da sua pobreza, lança no tesouro do templo «tudo o que tinha para viver» (Mc 12,44). A sua pequena e insignificante moeda tornou-se um símbolo eloquente: esta viúva dá a Deus, não o supérfluo, não tanto o que tem, mas sobretudo aquilo que é; entrega-se totalmente a si mesma.


Este episódio comovedor está inserido na descrição dos dias que precedem imediatamente a paixão e morte de Jesus, o Qual, como observa São Paulo, Se fez pobre para nos enriquecer pela sua pobreza (cf. 2Cor 8,9); entregou-Se totalmente por nós. A Quaresma, nomeadamente através da prática da esmola, impele-nos a seguir o Seu exemplo. Na Sua escola, podemos aprender a fazer da nossa vida um dom total; imitando-O, conseguimos tornar-nos disponíveis para dar, não tanto algo do que possuímos, mas a nós próprios. Não se resume porventura todo o Evangelho no único mandamento da caridade? A prática quaresmal da esmola torna-se, portanto, um meio para aprofundar a nossa vocação cristã. Quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor. Deste modo, o que dá valor à esmola é o amor, que inspira formas diversas de doação, segundo as possibilidades e as condições de cada um.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

MISSA DE CORPUS CRISTHI

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
PRESIDIDA PELO NOSSO QUERIDO: 
PADRE EDMAR ANTONIO DE JESUS